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DATA DA PUBLICAÇÃO 05/11/2011 | Economia
Construção sustentável não atraem no ABCD
Construção sustentável não atraem no ABCD Técnicas sustentáveis podem ser usadas pelas construtoras desde o início da obra. Foto: Amanda Perobelli
Técnicas sustentáveis podem ser usadas pelas construtoras desde o início da obra. Foto: Amanda Perobelli
Os edifícios sustentáveis - construídos por métodos adotados antes, durante e após as obras com a finalidade de obter uma edificação que não agrida o meio ambiente -, ainda não atraem empresas do setor e consumidores na Região. Apesar do processo representar custo até 15% maior no início da obra, pode garantir economias consideráveis no futuro como na conta de luz, água e de até 40% no gasto com o condomínio. Porém, o cuidado com o meio ambiente não chama atenção de compradores. De acordo com especialistas, enquanto não houver incentivos que reflitam no bolso do consumidor ou do construtor de imediato, a técnica não irá se popularizar.

O sistema poderá ser adotado pela construtora durante a obra como reaproveitar água da chuva ou utilizar a iluminação natural, entre outros recursos. Para o consumidor, o reflexo virá depois com a economia em contas de luz, por exemplo, caso a empresa tenha usado durante a construção sensores de energia em áreas comuns ou aquecedores solares.

Roberta Bigucci, responsável da área de sustentabilidade da M.Bigucci afirmou que a empresa realiza diversas ações há alguns anos durante o período da obra e após o prédio estar concluído, mas não são consideradas atrativas para o consumidor. “A pessoa está interessada na localização, metragem, financiamento e não como aquele edifício foi erguido ou o que oferece de redução no bolso a longo prazo, explicou.”

A Caixa Econômica Federal oferece o Selo Casa Azul, um sistema de classificação da sustentabilidade de empreendimentos habitacionais, concedido desde 2010, mas nenhuma empresa da Região tem o selo, de acordo com o gerente regional da área da Construção Civil da Caixa, Luiz Carlos Heck. “Este programa voltado à sustentabilidade é bem exigente.”

Roberta afirmou que a Bigucci não se interessou em obter o selo por ser apenas um conceito, seria interessante ter uma contrapartida financeira. “Ninguém compara um edifício que tem captação de água de chuva e outro que não tem. As pessoas optam pelo que é prioridade no momento, a deencontrar um imóvel no bairro sonhado, e no qual a parcela caiba no bolso”.

O especialista em finanças, Eclerson Pio Mielo afirmou ser importante criar condições de incentivo a empreendimentos sustentáveis. “Os bancos têm margens para trabalhar um financiamento mais atrativo, disse.”

Fábio Vital, arquiteto e urbanista ambiental, explicou que outros órgãos também deveriam se unir para incentivar a compra de imóveis sustentáveis. “Em alguns países, a população com dispositivos para reduzir custo de energia e de água tem desconto na conta. Acredito que o governo poderia criar ações do tipo para tornar a sociedade mais evoluída e preocupada com o meio ambiente. Também seriam atrativas taxas de financiamento diferenciadas”, sugere.

Empresa usa recurso com iluminação natural - A construtora MBigucci adota um sistema de iluminação natural nos telhados feito com garrafas PET cheias d’água. A iluminação do ambiente se dá pela incidência dos raios solares na parte superior da garrafa e a refração dos raios na água.
Durante um dia ensolarado é possível substituir totalmente a iluminação elétrica.

Entretanto, os pontos de luz são mantidos para os dias sem sol. A ação resulta em economia média de até 45% de energia elétrica, conforme a empresa. Outras ações durante a obra também reduzem os custos. “A água utilizada nos lavatórios e chuveiro dos canteiros é coletada da chuva, passa por filtragem e é reutilizada nas descargas dos sanitários, o que gera uma economia média de 20%.” Após terminada a obra, a construtora instala sensores de presença nas áreas comuns, elevadores de alta performance para redução de energia, além de outros recursos.

Custos impedem uso de materiais ecologicamente corretos - O preço elevado de alguns materiais ecologicamente corretos ainda é um entrave na hora de construir. As empresas concordam com o método sustentável, mas optam pela construção tradicional por causa dos custos.

Mas o que os especialistas querem mostrar é que em longo prazo, a economia gerada compensa o investimento. Fábio Vital, arquiteto e urbanista ambiental explicou que a construção sustentável está mais acessível.

“O custo de uma obra ecologicamente correta ainda é maior e isso ocorre porque a execução dos projetos exige a contratação de profissionais especializados, e que faltam no mercado. Mas, o investimento é absorvido em dois ou três anos. E hoje temos grande variedade de produtos com preços mais acessíveis, o aquecedor solar é um desses e que está se popularizando”.

O arquiteto explicou que as ações adotadas durante o período da obra também refletem positivamente no custo da construção. “Uma obra que adote mecanismos sustentáveis gera cerca de 25% menos de resíduos de construção, onde o custo é elevado e não há muitos locais para dispor esse material. A água também. Se tiver reservatórios para captação da água de chuva, o custo da água poderá ser bem menor. Então, a sustentabilidade ocorre durante o período da obra e após ser concluída.”

Por Michellly Ciryllo - ABCD Maior
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