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DATA DA PUBLICAÇÃO 07/04/2009 | Cidade
Consórcio aponta novo PS como solução para o Nardini
O desmembramento do pronto-socorro é a ideia principal de um plano que pretende melhorar as condições de atendimento do Hospital Doutor Radamés Nardini, em Mauá. A proposta foi discutida segunda-feira pelos prefeitos durante reunião do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC e deverá ser colocada em prática até abril de 2010. A entidade pretende ainda resgatar a discussão com o governo estadual sobre melhorias para a unidade.

Os prefeitos deixaram o encontro com o discurso fechado em torno da separação entre o pronto-socorro e o restante do hospital. O entendimento é de que a demanda atual ‘contamina'' os serviços, por isso a necessidade da divisão.

A solução será a construção do Pronto-Socorro Municipal, que deve ser concluído até abril de 2010. As verbas deverão chegar por emendas parlamentares e, o restante, será complementado com recursos próprios do município. "Já está autorizada licitação, que deve durar cerca de 45 dias", disse o prefeito de Mauá, Oswaldo Dias (PT).

A administração estuda duas áreas na região central de Mauá para a construção do novo Pronto-Socorro, uma delas na alça de acesso da Avenida Papa João 23, que ficaria próxima à ligação com o Trecho Sul do Rodoanel.

O prefeito de Mauá ressaltou que o caminho para obtenção de recursos federais também está livre. Ele fez críticas ainda à gestão anterior, que sabia dos problemas do hospital, mas não recorreu a Brasília em momento algum nos últimos anos. "A verdade é que não foi feita a lição de casa", afirmou.

A ‘lição de casa'' está agora nas mãos da atual administração, que deve entregar ao governo federal um relatório detalhado sobre as condições do hospital. A lista de pendências foi solicitada diretamente pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, na metade de março, mas até agora não foi remetida ao governo federal.

O presidente do Consórcio Intermunicipal e prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PTB), reafirmou o interesse de buscar uma resposta do governo estadual para a solução do problema. "Devemos marcar uma reunião entre os prefeitos e o secretário de Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata", disse.

Auricchio lembrou que, apesar de estar em Mauá, o hospital tem importância regional. "É uma situação grave e quem sofre são os moradores do Grande ABC."

Grupo técnico buscará soluções para a crise
O debate sobre o Hospital Doutor Radamés Nardini movimentou a reunião dos prefeitos, que tentam trazer novamente a discussão para o âmbito técnico, depois das negativas do governador José Serra (PSDB) em atuar diretamente na questão. Um grupo será formado para buscar soluções conjuntas, inclusive emergenciais.

Os prefeitos deixaram a sala de reunião do Consórcio Intermunicipal com discurso afinado sobre o que deverá ser feito, além da construção de um novo pronto-socorro em Mauá. O grupo técnico proposto pelos gestores será formado por secretários municipais, diretores de hospitais públicos e até mesmo técnicos da Secretaria de Estado da Saúde. "Será composto pelos principais atores do setor na região", explicou o prefeito de São Caetano e presidente do Consórcio, José Auricchio Júnior (PTB).

Em março os secretários municipais já haviam se reunido para discutir o problema. Agora, o grupo será ampliado e deve encontrar soluções até para acomodar o excesso de pacientes oriundos de Mauá.

Os prefeitos dos dois municípios mais atingidos com a crise no hospital mauaense, Aidan Ravin (PTB), de Santo André, e Clóvis Volpi (PV), de Ribeirão Pires, se manifestaram sobre o problema. A avaliação é de que a demanda em suas unidades de Saúde aumentou em cerca de 20% por conta dos problemas na cidade vizinha. "Em Ribeirão Pires, sofremos também com a busca de quem mora em Rio Grande da Serra, e não encontram mais auxílio no Nardini", disse Volpi.

Até mesmo o Trecho Sul do Rodoanel deve servir de argumento para os prefeitos obterem do governo estadual ajuda para a solução dos problemas do Nardini. A unidade mauaense serviria de referência para acidentes na via.

O caos no Hospital Nardini já foi alvo de inúmeras denúncias no Diário e conta inclusive com liminar da Justiça determinando a resolução imediata dos problemas. Vistoria do Cremesp (Conselho Regional de Medicina) realizada em novembro apontou precariedade na infraestrutura, mofo, infiltrações, sujeira e falta de profissionais na unidade hospitalar. Até o momento, nenhuma solução foi colocada em prática.

Por William Cardoso - Diário do Grande ABC
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