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DATA DA PUBLICAÇÃO 24/01/2008 | Tecnologia
Conheci meu namorado jogando Counter Strike, diz universitária
O que para o juiz Carlos Alberto Simões de Tomaz é uma carnificina virtual digna de proibição, para dois universitários de São Carlos (interior paulista) foi puro romance. Mariana Moga de Moura, 21, estudante de física, e Marcelo Montovani Thomaz, 21, que cursa ciência da computação, conheceram-se jogando o agora proibido Counter Strike.

Este e outro jogo, o EverQuest, tiveram sua distribuição e venda embargados em todo Brasil pela Justiça. Para o juiz, eles "trazem imanentes estímulos à subversão da ordem social, atentando contra o estado democrático e de direito e contra a segurança pública".

Mariana Moga de Moura e Marcelo Montovani Thomaz se conheceram jogando Counter Strike; já namoram a dois anos e meio
"Jogo há uns 6 anos, desde o Counter Strike 1.5", diz Mariana, que já conseguiu ficar 15 horas ininterruptas matando terroristas numa LAN house. "É mais legal nestes lugares, porque dá pra ir com turma", explica. Hella (seu apelido no jogo) já contou até com o pai como companheiro nas batalhas virtuais ("Ele também curte").

Mais experiente, Marcelo (ou "edyn") chegou a disputar campeonatos - seu time foi vice-campeão num deles e recebeu até prêmio em dinheiro.

"Você precisa de entrosamento para a coisa dar certo, sem nenhum erro", ensina, com a autoridade de quem pratica há nove anos. Toda a experiência, no entanto, não o impediu de perder para... Mariana.

"Ele falava que eu jogava melhor na época, porque eu destruía mesmo. Jogava melhor que muito marmanjo", gaba-se a universitária. Logo o casal se esgueirou para conversas via MSN e, após 4 meses de facadas e tiros, conheceram-se pessoalmente. "Não tinha xaveco explícito, sabe? A gente foi se dando bem", relata a universitária. Já namoram há dois anos e meio.

Hoje, ao lembrar das disputas, Mariana não se arrepende de ter "destruído" o futuro namorado. "Eu competia com ele, afinal, mulher sofre preconceito num jogo tão masculino, né?"

CS_rio

Um dos mais populares games da história, o Counter Strike funciona em equipes (terroristas X antiterroristas) e pode receber cenários feitos pelos próprios jogadores. Um deles é o do Rio de Janeiro (cs_rio), criticado pelo Procon na última semana.

Counter Strike e outro jogo, o EverQuest, tiveram sua distribuição e venda embargados em todo Brasil pela Justiça

"Eles deveriam se preocupar com o Rio, e não com o cs_rio", afirma Marcelo. Aos olhos do casal de "gamers", há poucos motivos para se levar as proibições a sério. Para ela, "é ridículo"; para ele "não muda absolutamente nada". O jogo, inclusive na adaptação "carioca", ainda pode ser baixado na internet, apesar de algumas lojas terem tirado das prateleiras.

Questionada sobre supostos efeitos nocivos do "CS" na mente de seus jogadores, a dupla defende restrição no acesso das crianças --até porque o jogo é indicado para maiores de 18 anos. "O cara só vai fazer besteira se for um 'joselito' [gíria para descompensado]", opina Mariana.

Por Diógenes Muniz - Folha Online
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