DATA DA PUBLICAÇÃO 11/05/2016 | Cidade
Conheça projeto na várzea de Mauá que combate o preconceito
Márcio Araújo (ao centro e de branco) se aproximou da várzea por meio do Dínamo e tem dado ajuda fundamental no combate a todos os tipos de preconceito. Foto: Andrea Iseki
Idealizado por Márcio Araújo, ativista social e irmão do presidente do Dínamo, projeto é “abraçado” por times de futebol amador
A briga entre torcidas no futebol é violência física, mas o preconceito contra negros, mulheres, homossexuais ou até idosos, muitas vezes ignorado, também é violência e gera agressões da mesma forma. Para conscientizar e quebrar esses paradigmas enraizados dentro da sociedade, não só no futebol, um ativista conhecido e respeitado em Mauá difunde projeto social “abraçado” pela várzea local.
A iniciativa, batizada de “jogando o preconceito para escanteio, um gol de placar pela igualdade”, nasceu no fim de março, quando 32 times do futebol amador participaram do lançamento. Protagonistas dentro das quatro linhas, as equipes foram ouvintes e partes integrantes de um debate.
“Houve depoimento de mulheres que ficam na beira do campo e são chamadas de 'sapatão', o racismo também é gritante, não há preocupação com deficientes físicos. Perguntamos se eles se consideram exemplo para as crianças. A resposta unânime foi um 'não'. Esse foi o ponto principal”, lembrou Márcio Araújo, idealizador do projeto, ativista social e personagem de matéria do ABCD MAIOR em novembro, quando falou da relação com o irmão, Marcelo Araújo, o Topeira, presidente do Dínamo. Márcio é gay e uma referência na cidade no combate ao preconceito.
Araújo enfatiza que 60% do projeto foi feito naquela reunião com dirigentes e jogadores, embora se programe para fazer uma reunião por mês a partir de julho. Mas sabemos, as mudanças de comportamento devem partir dos donos do espetáculo. “Os clubes têm compartilhado as questões no facebook, levando faixas nos jogos e se comprometendo com a causa. Desde o começo da Divisão Especial deste ano, percebemos melhoras. Nenhuma briga foi mais falada até agora do que uma partida”, comemora o ex-presidente do Conselho Tutelar de Mauá.
Um grande aliado de Araújo nessa batalha é o Dragões Nova Mauá, do presidente Robson Roberto Soares, o Betinho. Na 2ª Divisão do carnaval mauaense, a equipe apresentou o tema “O amor supera qualquer diferença” e levou a causa para o campo. “As pessoas estão se conscientizando bastante, houve 70% de melhora nesse sentido. Está dando uma repercussão legal a iniciativa do Márcio, ele transmite algo legal. Não é porque você é homossexual que não pode frequentar a várzea”, desabafa o dirigente, sonhando em rebaixar o preconceito a nível zero no futebol amador local.
Além de se entregar ao tema, o Dragões promove pesquisas com os torcedores para avaliar o resultado das ações. “Colocamos nossos apoiadores nas arquibancadas e fazemos perguntas. Perguntamos o que é preconceito, como eles reagiriam e está havendo uma resposta positiva, as pessoas falam que isso é coisa do passado”, revela Betinho, chegando em um ponto importante da discussão. “A população não percebe que o machismo, a homofobia e o racismo, por exemplo, também são violência, as pessoas só enxergam a agressão física como violência”, compara Márcio Araújo.
Dentro do Dínamo, graças a tudo e todos que representa, o ativista social jogou o preconceito para escanteio e agora está expandindo seus horizontes, fazendo seus gols de placa pela igualdade.
A briga entre torcidas no futebol é violência física, mas o preconceito contra negros, mulheres, homossexuais ou até idosos, muitas vezes ignorado, também é violência e gera agressões da mesma forma. Para conscientizar e quebrar esses paradigmas enraizados dentro da sociedade, não só no futebol, um ativista conhecido e respeitado em Mauá difunde projeto social “abraçado” pela várzea local.
A iniciativa, batizada de “jogando o preconceito para escanteio, um gol de placar pela igualdade”, nasceu no fim de março, quando 32 times do futebol amador participaram do lançamento. Protagonistas dentro das quatro linhas, as equipes foram ouvintes e partes integrantes de um debate.
“Houve depoimento de mulheres que ficam na beira do campo e são chamadas de 'sapatão', o racismo também é gritante, não há preocupação com deficientes físicos. Perguntamos se eles se consideram exemplo para as crianças. A resposta unânime foi um 'não'. Esse foi o ponto principal”, lembrou Márcio Araújo, idealizador do projeto, ativista social e personagem de matéria do ABCD MAIOR em novembro, quando falou da relação com o irmão, Marcelo Araújo, o Topeira, presidente do Dínamo. Márcio é gay e uma referência na cidade no combate ao preconceito.
Araújo enfatiza que 60% do projeto foi feito naquela reunião com dirigentes e jogadores, embora se programe para fazer uma reunião por mês a partir de julho. Mas sabemos, as mudanças de comportamento devem partir dos donos do espetáculo. “Os clubes têm compartilhado as questões no facebook, levando faixas nos jogos e se comprometendo com a causa. Desde o começo da Divisão Especial deste ano, percebemos melhoras. Nenhuma briga foi mais falada até agora do que uma partida”, comemora o ex-presidente do Conselho Tutelar de Mauá.
Um grande aliado de Araújo nessa batalha é o Dragões Nova Mauá, do presidente Robson Roberto Soares, o Betinho. Na 2ª Divisão do carnaval mauaense, a equipe apresentou o tema “O amor supera qualquer diferença” e levou a causa para o campo. “As pessoas estão se conscientizando bastante, houve 70% de melhora nesse sentido. Está dando uma repercussão legal a iniciativa do Márcio, ele transmite algo legal. Não é porque você é homossexual que não pode frequentar a várzea”, desabafa o dirigente, sonhando em rebaixar o preconceito a nível zero no futebol amador local.
Além de se entregar ao tema, o Dragões promove pesquisas com os torcedores para avaliar o resultado das ações. “Colocamos nossos apoiadores nas arquibancadas e fazemos perguntas. Perguntamos o que é preconceito, como eles reagiriam e está havendo uma resposta positiva, as pessoas falam que isso é coisa do passado”, revela Betinho, chegando em um ponto importante da discussão. “A população não percebe que o machismo, a homofobia e o racismo, por exemplo, também são violência, as pessoas só enxergam a agressão física como violência”, compara Márcio Araújo.
Dentro do Dínamo, graças a tudo e todos que representa, o ativista social jogou o preconceito para escanteio e agora está expandindo seus horizontes, fazendo seus gols de placa pela igualdade.
Assine nosso Feed RSSAs últimas | Cidade
06/04/2020 | Atualização 06/04/2020 do avanço Coronavírus na região do ABC Paulista
03/02/2020 | Com um caso em Santo André, São Paulo monitora sete casos suspeitos de Coronavírus
25/09/2018 | TIM inaugura sua primeira loja em Mauá no modelo digital
As mais lidas de Cidade
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda