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DATA DA PUBLICAÇÃO 13/05/2013 | Economia
Confecções da região se unem e impulsionam resultados
Confecções da região se unem e impulsionam resultados Foto: Divulgação - Diário Online
Foto: Divulgação - Diário Online
A falta de profissionais qualificados em corte e costura aproximou 14 empresas de confecção do Grande ABC as quais, a partir dessa necessidade comum, se associaram e hoje começam a colher frutos como o impulso nos resultados e a melhoria da gestão.

A iniciativa de unir experiências comuns nessa área surgiu há dois anos na região, conta o empresário Luís Antonio de Almeida, que tem fábrica em São Caetano e preside o grupo desses industriais. "Começou em função da necessidade de contratação de mão de obra e qualificação profissional. Como eu conhecia outros confeccionistas, conversamos e resolvemos montar o grupo", afirma.

O primeiro passo dos participantes foi consultar o Senai (escola Jacob Lafer, de Santo André), em busca de cursos que pudessem aprimorar a capacitação dos trabalhadores desse setor. A partir desse contato, a escola fez programas de modelagem, controle de qualidade e de corte e costura. Almeida cita que, em sua empresa, já contratou cinco pessoas que passaram por essas aulas.

A carência de bons colaboradores também levou o grupo a estabelecer parcerias com prefeituras da região e com as centrais de trabalho e renda, que realizam a intermediação e qualificação de trabalhadores. "Sentimos dificuldade de encontrar profissionais prontas", relata Raquel Guerra, sócia e assistente administrativa de confecção em Santo André.

Isso apesar de essas pequenas companhias já empregarem bastante: são 840 vagas nas 14 empresas, ou média de 60 funcionários cada uma. O grupo também procura valorizar as costureiras: paga R$ 933 por mês, mais do que o piso de R$ 850, e há disposição de remunerar mais, assinala Almeida.

GESTÃO - Os empresários também perceberam a necessidade de melhoria na forma de gerir suas empresas. "O pessoal do Senai pediu para que o Sebrae nos ajudasse", lembra Almeida. "Fizemos, no início do ano, uma oficina para identificarmos ameaças e oportunidades e começamos a construir um plano de ação", assinala a analista do Sebrae Aieska Marinho Lacerda Silva.

Nesse trabalho, a entidade ofereceu ao grupo de confecções um programa gratuito de consultorias, chamado Gestão da Indústria, que abrange o suporte em quatro áreas (produção, marketing, finanças e Recursos Humanos), e que tem 12 meses de duração. A iniciativa consiste de visitas de consultores às empresas para fazer diagnóstico dos problemas e estabelecer metas para a melhoria de indicadores; e também palestras coletivas.

Já apareceram os primeiros resultados do projeto. "Um dos participantes ganhou licitação para fornecer uniformes para uma hamburgueria que está vindo ao Brasil e o pedido foi partilhado com outras confecções do grupo", conta Aieska. A superação da falta de controle de estoques também gerou negócios: uma das indústrias tinha linhas para bordar armazenadas que não iria utilizar, que atraíram o interesse de outra companhia.

Indústria de moda infantil de Sto.André elevou produtividade

O trabalho em conjunto, com o apoio de entidades como o Sebrae, está permitindo ao grupo de 14 empresas de confecções da região melhorarem seus resultados. Uma delas, a Keko Baby, de Santo André, por exemplo, conseguiu elevar em 22% a produtividade, assinala a assistente administrativa Raquel Guerra, sócia da empresa familiar, junto com as duas irmãs, Rebeca e Renata.

Fundada em 1988, a companhia, especializada em roupas para bebês e que produz 10 mil peças por mês, está em expansão. "Estamos em todo o Brasil, com mais 500 clientes (lojistas). Enxergamos oportunidades de crescer, o que atrapalha é a falta de costureiras", diz. Do total de 45 funcionários, 15 exercem essa função.

O sucesso da Keko também se explica pelo intercâmbio de experiência com as outras indústrias às quais se associou. São empresas de diversos segmentos do ramo: há desde moda infantil, feminina, lingeries, trajes a rigor masculina para festas, trajes corporativos, uniformes escolares até roupas fitness.

Por Leone Farias - Diário do Grande ABC
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