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DATA DA PUBLICAÇÃO 15/07/2014 | Veículos
Concessionárias fazem promoções; saiba aproveitar e que cuidados tomar
Financiamentos com 'juro zero' têm taxas e imposto para financiamento.

É preciso atenção na hora de comprar modelos de linhas que já mudaram.


Com vendas em baixa, as marcas estão fazendo de tudo para atrair o consumidor de volta para as concessionárias. Na hora de desovar estoques, vale dar generosos descontos, facilitar a forma de pagamento e até dar IPVA quitado como forma de agradar ao comprador. Porém, é preciso ter algumas precauções quando a oferta parece tentadora demais.

O G1 consultou entre 10 e 14 de julho o site das seis marcas que mais comercializaram carros e comerciais leves no primeiro semestre de 2014. Em todos, com exceção da Renault, há promoções. Confira o que cada uma está ofertando e veja as possíveis “pegadinhas” que podem iludir quem está interessado em comprar um carro.

'Taxa zero' que não é zero
Algumas marcas alardeiam vender seus veículos com a famosa “taxa zero”. Mas é preciso cuidado na hora de financiar o carro, já que nem sempre o valor total do veículo financiado nessas condições é o mesmo anunciado pela marca. Isso porque mesmo que o juro seja zero, há impostos e outras taxas que incidem sobre o financiamento.

“Não existe taxa zero na prática. Sempre há um conjunto de taxas, que, somadas, resultam no chamado Custo Efetivo Total, ou CET. Ela é uma junção de todos os encargos, como Taxa de Cadastro (TC) e o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Assim, em qualquer parcelamento, há um custo, que varia de acordo com a marca e as condições que ela deseja vender um determinado modelo”, afirma Miguel Ribeiro de Oliveira, diretor executivo de estudos econômicos da Anefac, a associação dos executivos de finanças, administração e contabilidade.

De qualquer forma, a TC só pode ser cobrada uma vez, quando o cliente faz o primeiro cadastro com a instituição financeira. Se o financiamento seguinte for pelo mesmo banco, a tarifa não pode ser cobrada novamente.

Com a chamada “taxa zero”, Ford e Hyundai anunciam parte de suas linhas. A primeira vende Fiesta RoCam, hatch e sedã, New Fiesta hatch, EcoSport, Focus hatch e sedã, Fusion, Ranger e Edge desta forma. Mas a CET varia entre 0,13% e 0,63% de acordo com o modelo. O valor da entrada fica entre 50 e 60% do valor do carro e o parcelamento, entre 12 e 36 meses.

Já a Hyundai oferece o benefício para HB20 e HB20S, desde que o cliente pague 50% de entrada e parcele o restante em 12 meses. A oferta é válida para todas as versões – o CET, porém, varia entre 0,45 e 0,62%.

Pagamentos diferentes, preços diferentes
O consumidor também precisa prestar atenção nas ofertas de desconto para pagamento à vista, que às vezes aparecem junto com a oferta de "taxa zero": “Muitas vezes, se o cliente quer pagar o veículo à vista, o vendedor oferece um desconto. Essa vantagem que ele leva mascara os juros que o carro tem embutido em uma compra a prazo”, diz Oliveira.

Na prática, funciona assim: se um veículo de R$ 60 mil é vendido à vista por R$ 57.000, significa que havia R$ 3.000 de juros "escondidos" no valor do veículo. Nesse caso, o cliente iria pagar uma taxa de 5% se fosse pagar o carro a prazo.

Modelos de linhas passadas
Com estoques altos e a linha 2015 lançada na maioria das marcas, ainda restam unidades do modelo 2014 nos pátios. A solução, nesse caso, é vender mais barato para não ficar com carros mais antigos “encalhados nos estoques”. É o que algumas montadoras fazem. Porém, nem sempre vale comprar um modelo de uma linha que já não é mais produzida.

"Vale sempre pedir um desconto maior nesses casos. Se a diferença entre as linhas for muito grande, um abatimento de 2 ou 3% não será suficiente para compensar uma desvalorização maior", diz o consultor automotivo, Paulo Roberto Garbossa, da ADK Automotive.

A Fiat, por exemplo, está vendendo, para clientes de São Paulo, unidades do Punto Atractive 1.4 2014 com descontos de R$ 3.850. O carro, que custava R$ 43.840, é vendido por R$ 39.990.

O mesmo acontece com diversos modelos da GM. Parte da linha já está no modelo 2015, mas a montadora oferece desconto em modelos da linha passada, como Classic, Celta, Onix, Prisma, Cobalt e Spin. A Captiva, que ainda não tem linha 2015, também tem unidades do modelo 2013 sendo oferecidas. Isso pode confundir os clientes mais desatentos, que não sabem que um carro já tem uma opção mais moderna.

Carro a preço de concessionária
A Chevrolet colocou praticamente toda a linha em uma promoção na internet, chamada de “Chevrolet a preço de concessionária”. As ofertas, válidas até 15 de julho, oferecem descontos de até R$ 13 mil, sobretudo nos modelos mais caros.

Para Garbossa, a promoção significa redução drástica na margem de lucro. "Para vender mais, vale até zerar a lucratividade. Nesses casos, fabricante e revendedores entram em acordo para poder baixar os estoques e dividir as perdas".

Na queima de estoque da GM, é possível encontrar descontos de mais de R$ 13.000. É o caso de algumas unidades da Trailblazer, com preço sugerido de R$ 143.496, mas vendida por R$ 129.850. Já a Captiva e Cruze têm mais de R$ 9.000 de abatimento. Nesse caso, as unidades 2014 do SUV saem de R$ 104.096 para R$ 94.990 e do sedã, de R$ 86.346 por R$ 77.110.

Já o Cobalt é o modelo que tem a maior variedade de versões, preços e descontos, que chegam até a R$ 6.300 em uma unidade LTZ 1.8 2014, que custava R$ 50.290 e agora é vendida por R$ 43.990. Versões mais simples, LT com motor 1.4, também 2014, podem ser encontradas por pouco menos de R$ 40.000, quando antes, eram comercializadas por R$ 46.100.

IPVA grátis
Além dos descontos, a Fiat também está oferecendo para cliente de São Paulo, IPVA pago para os modelos em promoção. Porém, como o ano se aproxima do final, o benefício não parece tão generoso assim, já que o pagamento é proporcional.

Ainda utilizando São Paulo como exemplo, a alíquota no estado é de 4%. Se o consumidor adquirir o Palio Attractive 1.0 da promoção, por R$ 35.490, não terá que pagar o imposto cheio, de R$ 1.420. Porém, como faltam apenas cinco meses para o fim de 2014, a taxa proporcional seria de pouco menos de R$ 600. Ainda é uma vantagem, mas menor do que muitos consumidores pensam.

Por André Paixão - G1, em São Paulo
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