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DATA DA PUBLICAÇÃO 16/04/2016 | Economia
Compras em hipermercado sobem 27,95% em um ano
Compras em hipermercado sobem 27,95% em um ano Foto: Denis Maciel/DGABC
Foto: Denis Maciel/DGABC
Em um ano muita coisa mudou não só no País, como também na região, com o aprofundamento da crise econômica. Uma delas é o peso das compras no orçamento familiar: em um ano, as despesas em hipermercados encareceram 27,95%. Isso significa que o consumidor deixou de pagar R$ 85,39 em produtos de primeira necessidade em abril de 2015 para, agora, desembolsar R$ 109,26, ou seja, R$ 23,87 a mais no gasto semanal.

Ao serem comparados com a evolução do IPCA (Índice de Preços do Consumidor Amplo) no período, acumulada em de 9,3%, os custos dos alimentos subiram três vezes mais que a inflação oficial.

Já os supermercados apresentaram alta de 15,94% em 12 meses, ou seja, quase o dobro da inflação. Agora, estão sendo desembolsados R$ 15,01 a mais por semana, já que o total passou de R$ 94,13 para R$ 109,14.

Essas informações são do levantamento feito pelo Diário durante um ano, no dia 15 de cada mês, que completou ontem um ano. A pesquisa é realizada com base em 17 alimentos básicos – suficientes para abastecer uma família de quatro pessoas durante uma semana – comprados em uma loja de maior e outra de menor porte no Grande ABC.

A diferença de preços entre a loja maior e a menor também chama a atenção. “Geralmente, por ter um poder de barganha maior, os hipermercados conseguem preços mais competitivos. Mas estamos notando que, com isso, os supermercados também têm lançado mão de algumas ofertas como estratégia para atrair o consumidor”, afirma o engenheiro agrônomo da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), Fábio Vezzá De Benedetto.

Outro fator que pesa são os custos fixos do hiper que, em momento em que o consumidor tenta colocar o pé no freio nos gastos até de alimentos, se mantêm mais elevados que o do super, já que as instalações são maiores, assim como as contas, como de luz e da folha de pagamento.

“A gente fica refém dos mercados. Já tentei economizar de várias maneiras, mudando de marca, procurando lojas mais populares e, ainda sim, não consigo muita diferença. Daqui a pouco teremos que diminuir a quantidade para ver se o preço cai”, comenta a professora aposentada Maria Aparecida Siprino, 47 anos, de Santo André.

MAIS CAROS

Os aumentos das prateleiras dos estabelecimentos, seja no hiper ou super, foram puxados por três alimentos: batata, alho e margarina.

O maior vilão foi a batata, cujo quilo subiu 215,26% e 209,49% nos estabelecimentos menor e maior, respectivamente. Em abril do ano passado, o custo em supermercado era de R$ 1,90. Hoje, quem for às compras deve arcar com R$ 5,99.

De acordo com Benedetto, durante o ano passado, a batata já teve aumento de preço bastante considerável, comparado a 2014, entretanto, em abril é natural que o custo recue. “Geralmente essa é uma época que fica mais barata. Mas, neste ano, não está sendo como nos outros, por isso essa diferença enorme. Tem muito mais a ver com os preços abusivos cobrados pelos estabelecimentos do que com a condição do produto na agricultura.”

A margarina subiu 96,92% no hiper e 68,1% no supermercado. Na loja maior o produto saiu de R$ 2,28 para R$ 4,49. O alho, por sua vez, ficou 78,26% mais caro na menor loja e 63,84% na maior. No ano passado 100 gramas do item saíam por R$ 1,84 e, hoje, custam R$ 3,28.

MENSAL

A boa notícia é que o total gasto neste mês diminuiu quando comparado a março. O valor desembolsado recuou de R$ 119,38 para R$ 109,14 no hipermercado. O arroz ajudou na deflação. No mês passado, o quilo estava R$ 13,19 e, agora, pode ser encontrado por R$ 9,97, queda de 24,41%. “Essa safra do arroz geralmente é mais barata por ser nova e ter boa quantidade”, analisa o engenheiro agrônomo.

A carne bovina também influenciou. O quilo do coxão mole foi de R$ 30,99 para R$ 24,99, caindo 19,36%.

Já no supermercado as compras ficaram 1,46% mais caras. O kit dos 17 itens, que antes custava R$ 107,56, passou a R$ 109,14.

Por Marina Teodoro - Especial para o Diário
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