DATA DA PUBLICAÇÃO 29/05/2009 | Cidade
Compra de carros acirra ânimos
A compra de cinco novos carros para o Legislativo divulgada em matéria do Diário acirrou o já tumultuado clima na Câmara ontem.
Durante sessão extraordinária que determinou a doação de um terreno (veja mais em reportagem ao lado) para para a Cooperma (Cooperativa de Trabalho dos Profissionais de Reciclagem de Resíduos de Mauá), o vice-presidente da Câmara, Luiz Alfredo dos Santos Simão (PSB), assumiu a tribuna e criticou os vereadores.
Segundo o parlamentar, a oposição era a responsável pelo anúncio de que os carros seriam entregues para os membros da mesa diretora. "Precisamos de carros, mas não é para nosso uso pessoal, é para o gabinete, para trabalhar em prol da comunidade. Temos muito o que fazer, se outros vereadores não têm é outra coisa, mas eu tenho", cravou o parlamentar, apoiado pela maioria da bancada.
O vereador Ivanildo Gomes, o Batoré (PP), foi além. "Fofoca é coisa de mulher."
Sem dar importância às críticas, a oposição pediu a suspensão dos trabalhos por dez minutos para discutir o projeto em pauta. Como forma de repreensão pelo possível mau comportamento, todos os vereadores governistas presentes no plenário negaram o pedido.
A discussão sobre os novos carros se estendeu por mais de quinze minutos. "O que vemos são vereadores entrando em confronto. Não podemos nos criticar assim. Não discuto e não respondo fofoca", tachou o presidente, Rogério Santana (PT). Para acalmar os ânimos, o oposicionista Silvar Silva Silveira (PV) pediu que a mesa diretora marcasse um encontro entre todos os legisladores. "Faz tempo que precisamos sentar e aparar as arestas, trabalhamos pelo bem comum."
Apesar da tentativa, o clima hostil perdurou até o fim da sessão.
Carros - A Câmara abriu licitação para aquisição de cinco novos veículos 0 km, de cor branca, bicombustíveis e de modelo popular. Segundo o presidente, os carros substituirão aqueles que custariam muito para serem recuperados. "No último trimestre de 2008, gastamos R$ 54 mil em manutenção; neste ano, já gastamos R$ 34 mil. A ideia é que os novos carros devam economizar mais e a verba já estava prevista na dotação orçamentária. Não há nenhum problema."
Rogério não justificou, no entanto, quem deve ganhar os novos veículos. "O esquema de distribuição será feito depois. O critério sempre foi que cada vereador mantenha um carro mais velho e outro mais novo."
A licitação para compra de veículos está marcada para o dia 22 de junho.
Oposição entra com mandado contra votação de doação de área
A oposição formada pelos vereadores Atila Jacomussi (PV), Silvar Silva Silveira (PV), Manoel Lopes (DEM) e Alberto Betão Pereira Justino (PSB) declarou durante a sessão de ontem que entrou com mandado de segurança para anular as votações do projeto para a doação de área para a Cooperma (Cooperativa de Trabalho dos Profissionais da Reciclagem de Materiais de Mauá).
Com isso, a cooperativa corre o risco de perder R$ 609 mil, verba que seria repassada pelo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para implantação de um galpão de reciclagem na cidade.
Os vereadores alegam que o processo foi feito de maneira irregular e deve ser suspenso judicialmente. "O documento não foi aprovado pela comissão de Cultura e não teve parecer da comissão especial de avaliações. Além disso, não há nenhuma certidão do cadastro do imóvel. A votação foi totalmente irregular", alega Manoel Lopes.
Segundo Rogério Santana (PT), presidente da Câmara, o prefeito Oswaldo Dias, para "se precaver" e evitar imbróglios jurídicos, enviou os documentos que, segundo a oposição, deveriam constar do processo . "O artigo da nossa lei orgânica é dúbio, mas o prefeito, em um sinal de respeito ao Legislativo e de democracia, acatou o pedido e enviou os documentos, apenas para evitar problemas para a cooperativa", justificou.
Durante sessão extraordinária que determinou a doação de um terreno (veja mais em reportagem ao lado) para para a Cooperma (Cooperativa de Trabalho dos Profissionais de Reciclagem de Resíduos de Mauá), o vice-presidente da Câmara, Luiz Alfredo dos Santos Simão (PSB), assumiu a tribuna e criticou os vereadores.
Segundo o parlamentar, a oposição era a responsável pelo anúncio de que os carros seriam entregues para os membros da mesa diretora. "Precisamos de carros, mas não é para nosso uso pessoal, é para o gabinete, para trabalhar em prol da comunidade. Temos muito o que fazer, se outros vereadores não têm é outra coisa, mas eu tenho", cravou o parlamentar, apoiado pela maioria da bancada.
O vereador Ivanildo Gomes, o Batoré (PP), foi além. "Fofoca é coisa de mulher."
Sem dar importância às críticas, a oposição pediu a suspensão dos trabalhos por dez minutos para discutir o projeto em pauta. Como forma de repreensão pelo possível mau comportamento, todos os vereadores governistas presentes no plenário negaram o pedido.
A discussão sobre os novos carros se estendeu por mais de quinze minutos. "O que vemos são vereadores entrando em confronto. Não podemos nos criticar assim. Não discuto e não respondo fofoca", tachou o presidente, Rogério Santana (PT). Para acalmar os ânimos, o oposicionista Silvar Silva Silveira (PV) pediu que a mesa diretora marcasse um encontro entre todos os legisladores. "Faz tempo que precisamos sentar e aparar as arestas, trabalhamos pelo bem comum."
Apesar da tentativa, o clima hostil perdurou até o fim da sessão.
Carros - A Câmara abriu licitação para aquisição de cinco novos veículos 0 km, de cor branca, bicombustíveis e de modelo popular. Segundo o presidente, os carros substituirão aqueles que custariam muito para serem recuperados. "No último trimestre de 2008, gastamos R$ 54 mil em manutenção; neste ano, já gastamos R$ 34 mil. A ideia é que os novos carros devam economizar mais e a verba já estava prevista na dotação orçamentária. Não há nenhum problema."
Rogério não justificou, no entanto, quem deve ganhar os novos veículos. "O esquema de distribuição será feito depois. O critério sempre foi que cada vereador mantenha um carro mais velho e outro mais novo."
A licitação para compra de veículos está marcada para o dia 22 de junho.
Oposição entra com mandado contra votação de doação de área
A oposição formada pelos vereadores Atila Jacomussi (PV), Silvar Silva Silveira (PV), Manoel Lopes (DEM) e Alberto Betão Pereira Justino (PSB) declarou durante a sessão de ontem que entrou com mandado de segurança para anular as votações do projeto para a doação de área para a Cooperma (Cooperativa de Trabalho dos Profissionais da Reciclagem de Materiais de Mauá).
Com isso, a cooperativa corre o risco de perder R$ 609 mil, verba que seria repassada pelo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para implantação de um galpão de reciclagem na cidade.
Os vereadores alegam que o processo foi feito de maneira irregular e deve ser suspenso judicialmente. "O documento não foi aprovado pela comissão de Cultura e não teve parecer da comissão especial de avaliações. Além disso, não há nenhuma certidão do cadastro do imóvel. A votação foi totalmente irregular", alega Manoel Lopes.
Segundo Rogério Santana (PT), presidente da Câmara, o prefeito Oswaldo Dias, para "se precaver" e evitar imbróglios jurídicos, enviou os documentos que, segundo a oposição, deveriam constar do processo . "O artigo da nossa lei orgânica é dúbio, mas o prefeito, em um sinal de respeito ao Legislativo e de democracia, acatou o pedido e enviou os documentos, apenas para evitar problemas para a cooperativa", justificou.
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