DATA DA PUBLICAÇÃO 11/01/2008 | Economia
Compra de carro compromete renda
Com crescimento de 26,8% no volume de crédito disponível no ano passado ante 2006 – o equivalente a R$ 79,5 bilhões em novembro, segundo dados do Banco Central – o setor automotivo comemorou em 2007 o melhor ano de toda a sua história no País.
O responsável pelo recorde foi o consumidor, que com o dinheiro emprestado na mão, propiciou um aumento de 27,8% nas vendas do setor na comparação com 2006, um total de 2,3 milhões de veículos comercializados, de acordo com a Fenabrave (Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores).
De carro zero na garagem, a população passou a enfrentar uma situação bastante comum: dívida de cinco anos ou mais para pagar com praticamente toda a renda mensal comprometida.
Uma pesquisa feita pela consultoria MSantos revela que 98% dos consumidores que compraram carros novos sem entrada nos últimos meses de 2007 estão com toda a renda comprometida. Desses, 42% compraram carro pela primeira vez.
Das 2.300 pessoas entrevistadas, o pagamento financiado sem entrada foi escolha de 58%. Quem comprou à prazo, mas deu entrada, ficou com 65% da renda comprometida. Os 7% restantes pagaram à vista e tiveram 48% de comprometimento.
De acordo com o economista Sandro Maskio, professor de universidades do Grande ABC, o cenário é conseqüência do chamado “efeito riqueza”, que faz as pessoas terem a sensação de terem mais dinheiro do que na verdade possuem e, por isso, gastam mais do que o orçamento permite. Essa sensação é propiciada justamente pelo aumento da renda e do trabalho observados no ano passado, por causa do crescimento da economia.
“Por mais que estejam ganhando mais, os trabalhadores devem ter em mente que arcarão com a despesa durante quatro ou cinco anos”, disse. De acordo com Maskio, para pagar o carro as pessoas reprimem o orçamento e geram inadimplência
O consultor financeiro Cláudio Carvajal orienta que seja comprometido no máximo 20% da renda na compra do automóvel para consumidores que arcam com outros gastos, como escola para os filhos e moradia, e 40% da renda para quem não tem outros compromissos. “Também é preciso levar em conta custos com IPVA, combustível e manutenção.”
Gastos com o automóvel dividem espaço com estudos
O programador Allan Ciriaco Mollo, 25 anos, morador de São Bernardo, adquiriu um carro zero no final do ano passado, sem entrada e em 60 vezes. A compra demorou para acontecer. “Esperei entrar num emprego onde pudesse arcar com os gastos”, disse.
No entanto, ele precisa administrar bem as contas para não se atrapalhar. “Janeiro é mais complicado porque tenho de pagar o IPVA”, afirmou. Além dos custos com o carro, R$ 690 ao mês, ele também paga o seguro, o combustível, ajuda em casa e paga a mensalidade da faculdade.
Como o automóvel funciona tanto a álcool como a gasolina, uma forma de economizar é abastecer sempre com o derivado da cana-de-açúcar. “Só coloco gasolina para não desacostumar o carro.”
Assim como Mollo, Marcel Kenji Hashimoto, 26 anos, que também mora em São Bernardo, optou por financiar a compra do automóvel em 60 parcelas, só que deu uma pequena entrada. Os gastos com a faculdade de matemática, que irão começar esse ano, também serão por sua conta. “Sobra um pouquinho para passear, mas já não saio mais tanto como antigamente”, disse.
O responsável pelo recorde foi o consumidor, que com o dinheiro emprestado na mão, propiciou um aumento de 27,8% nas vendas do setor na comparação com 2006, um total de 2,3 milhões de veículos comercializados, de acordo com a Fenabrave (Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores).
De carro zero na garagem, a população passou a enfrentar uma situação bastante comum: dívida de cinco anos ou mais para pagar com praticamente toda a renda mensal comprometida.
Uma pesquisa feita pela consultoria MSantos revela que 98% dos consumidores que compraram carros novos sem entrada nos últimos meses de 2007 estão com toda a renda comprometida. Desses, 42% compraram carro pela primeira vez.
Das 2.300 pessoas entrevistadas, o pagamento financiado sem entrada foi escolha de 58%. Quem comprou à prazo, mas deu entrada, ficou com 65% da renda comprometida. Os 7% restantes pagaram à vista e tiveram 48% de comprometimento.
De acordo com o economista Sandro Maskio, professor de universidades do Grande ABC, o cenário é conseqüência do chamado “efeito riqueza”, que faz as pessoas terem a sensação de terem mais dinheiro do que na verdade possuem e, por isso, gastam mais do que o orçamento permite. Essa sensação é propiciada justamente pelo aumento da renda e do trabalho observados no ano passado, por causa do crescimento da economia.
“Por mais que estejam ganhando mais, os trabalhadores devem ter em mente que arcarão com a despesa durante quatro ou cinco anos”, disse. De acordo com Maskio, para pagar o carro as pessoas reprimem o orçamento e geram inadimplência
O consultor financeiro Cláudio Carvajal orienta que seja comprometido no máximo 20% da renda na compra do automóvel para consumidores que arcam com outros gastos, como escola para os filhos e moradia, e 40% da renda para quem não tem outros compromissos. “Também é preciso levar em conta custos com IPVA, combustível e manutenção.”
Gastos com o automóvel dividem espaço com estudos
O programador Allan Ciriaco Mollo, 25 anos, morador de São Bernardo, adquiriu um carro zero no final do ano passado, sem entrada e em 60 vezes. A compra demorou para acontecer. “Esperei entrar num emprego onde pudesse arcar com os gastos”, disse.
No entanto, ele precisa administrar bem as contas para não se atrapalhar. “Janeiro é mais complicado porque tenho de pagar o IPVA”, afirmou. Além dos custos com o carro, R$ 690 ao mês, ele também paga o seguro, o combustível, ajuda em casa e paga a mensalidade da faculdade.
Como o automóvel funciona tanto a álcool como a gasolina, uma forma de economizar é abastecer sempre com o derivado da cana-de-açúcar. “Só coloco gasolina para não desacostumar o carro.”
Assim como Mollo, Marcel Kenji Hashimoto, 26 anos, que também mora em São Bernardo, optou por financiar a compra do automóvel em 60 parcelas, só que deu uma pequena entrada. Os gastos com a faculdade de matemática, que irão começar esse ano, também serão por sua conta. “Sobra um pouquinho para passear, mas já não saio mais tanto como antigamente”, disse.
Assine nosso Feed RSS
Últimas Notícias Gerais - Clique Aqui
Últimas Notícias Gerais - Clique Aqui
As últimas | Economia
25/09/2018 | Operação mira sonegação de R$ 100 mi de grupos cervejeiros e cerca Proibida
25/09/2018 | Greve na Argentina cancela voos no Brasil nesta terça-feira
25/09/2018 | Demanda por GNV aumenta até 350% após alta na gasolina
As mais lidas de Economia
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda