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DATA DA PUBLICAÇÃO 13/02/2013 | Setecidades
Compensação do Rodoanel não sai do papel há dois anos
Compensação do Rodoanel não sai do papel há dois anos Dersa aterrou mais de 500 metros da represa para a construção da ponte. Foto: Andris Bovo
Dersa aterrou mais de 500 metros da represa para a construção da ponte. Foto: Andris Bovo
Junto da represa Billings, área de lazer do Jardim Canaã foi aterrada e até agora nada foi feito; local foi tomado pelo mato

Os moradores do Jardim Canaã, em São Bernardo, aguardam há dois anos que as compensações do trecho Sul do Rodoanel saiam do papel e possam trazer de volta as áreas de lazer retiradas da comunidade com a construção do viário. Além do dano ambiental causado no local onde a Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.) aterrou mais de 500 metros da represa Billings para construção de uma ponte do Rodoanel, no local também houve danos sociais. A obra varreu do mapa a Prainha e danificou o lago Caulim, que os moradores usavam para o lazer.

“Perdemos nosso único espaço de lazer e até agora nada foi feito sobre isso”, ressaltou Evaldo Pereira Carvalho, morador do bairro e presidente da Associação Desportiva Social e Cultural Los Angeles e Canaã. Abandonado, o local foi tomado pelo mato. E o lugar visto antes como sinônimo de diversão se transformou na preocupação do bairro. “Agora, ali é refúgio para usuários de drogas e moradores de rua”, comentou um morador que preferiu não se identificar.

Uma das possíveis explicações para a demora está no impasse entre Prefeitura de São Bernardo e Dersa sobre a escolha do projeto ambiental a ser realizado no local. A princípio, estava previsto que o espaço abrigaria o Parque Billings, orçado em R$ 40 milhões. Porém, em setembro de 2011, a Prefeitura recusou a proposta porque a iniciativa exigiria a ampliação do aterro, uma vez que a área alaga na cheia da represa. A Dersa não ficou satisfeita com a recusa municipal e optou por montar projeto paisagístico do arquiteto Ruy Ohtake para a área.

Desagrado - A iniciativa foi vista com desagrado pela Prefeitura, que disse não ter sido consultada sobre o projeto paisagístico. Primeiro, a Dersa garantiu que procurou a Prefeitura, mas que não obteve resposta sobre o assunto. Depois, revelou que fez alterações no projeto a pedido do município resolver a situação. Mas, na ocasião, São Bernardo negou que o caso tivesse sido solucionado. Em janeiro deste ano, Dersa e Prefeitura tiveram uma reunião. No entanto, nenhum dos órgãos informou o que foi decidido no encontro.

Os moradores acompanham de perto o impasse entre as partes. Tanto é que em novembro do ano passado estiveram no prédio da estatal para cobrar explicações. “A cada dia temos mais dúvidas se esse projeto sai ou não. Está complicado”, afirmou Carvalho.

Avaliação - Faz pelo menos nove meses que a Dersa protocolou na Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) o projeto paisagístico do Jardim Canaã. No entanto, até agora, o órgão ambiental ainda não finalizou a análise do documento. Procurada, a companhia ambiental não soube explicar por que o processo está demorando. Enquanto isso, a estatal não divulga os detalhes do projeto.

Até o momento, o que se sabe é que a iniciativa visa minimizar o impacto ambiental provocado pelo aterro na represa.

Desapropriações - O entrave das compensações ambientais do Jardim Canaã se estende ao Parque Riacho Grande, que segue parado. Neste caso, o problema não está nas mãos da Dersa ou da Prefeitura, mas da Justiça, que precisa desapropriar 26% dos imóveis da área do futuro parque.

Com 222 hectares, o parque fica na estrada Pedra Branca, entre os bairros Areião, Vila Sabesp e Vila Estudante, na região do Montanhão. No local está previsto investimento de R$ 23 milhões. Da área total, a maior parte (183,8 hectares) precisou ser desapropriada. A sede e as portarias do parque já estão prontas.

O plano de manejo, elaborado pela Universidade de São Paulo, prevê unidade de conservação de proteção integral, que permite realização de pesquisas científicas e desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental e de turismo ecológico. A Dersa não informou se o documento já foi concluído.

Entendimentos - A Dersa mantém entendimentos desde 2011 com a Prefeitura de São Bernardo para finalizar a entrega do parque, uma vez que a área só se tornará parque quando o município assumir o local. Mas a Prefeitura garante que só receberá a gestão do parque quando não houver pessoas morando na área.

Por Claudia Mayara - ABCD Maior
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