DATA DA PUBLICAÇÃO 06/07/2011 | Setecidades
Compensação ambiental do trecho Leste do Rodoanel é mistério
As obras do trecho Leste do Rodoanel estão agendadas para começar até setembro deste ano pelas divisas de Mauá e Ribeirão Pires, mas até o momento a SPMar - concessionária responsável pela administração e construção do Rodoanel - não discutiu com os seis municípios afetados pelas obras as ações de compensação ambiental. A desinformação é tamanha que os prefeitos do ABCD se uniram aos chefes dos executivos de Arujá, Poá, Suzano e Itaquaquecetuba para buscar informações diretamente com a SPMar e a Artesp, empresa reguladora das estradas paulistas. A primeira reunião do grupo ocorreu nesta terça-feira (05/07), em Ribeirão.
“As compensações ainda não estão definidas e é isso que queremos definir. Existem áreas escolhidas, como a Fazenda Bandeirantes, onde queremos fazer um parque municipal, mas ainda temos de discutir isso com a empresa”, destacou o prefeito de Ribeirão, Clóvis Volpi. O chefe do Executivo ainda explicou que a compensação ambiental será definida pelo total da área mitigada durante a inserção do Rodoanel. “Queremos o máximo que pudermos para não ficarmos no prejuízo”, destacou.
Durante o encontro desta terça, os prefeitos decidiram criar uma comissão técnica e jurídica, formada por dois representantes de cada uma das seis cidades afetadas pelas obras. A perspectiva é que dentro de uma semana a comissão esteja formada e pronta para atuar. “A parte técnica analisará os impactos e a viabilidade da obra, e a jurídica estudará os documentos”, esclareceu Volpi. Também ficou decidido um encontro periódico entre os prefeitos e o agendamento de uma reunião com a Artesp e a SPMar. “Já sabemos dos benefícios das obras. Agora queremos saber quais serão os transtornos e suas compensações”, revelou.
Desapropriações - Os prefeitos também afirmaram desconhecer o processo das mais de mil desapropriações, previstas no EIA/Rima (Estudo e Relatório de Impacto Ambiental) para dar lugar ao empreendimento. “Nenhuma prefeitura foi notificada sobre como se dará esse processo. Com a comissão, também tentaremos descobrir como serão as desapropriações, quanto tempo os munícipes terão para sair de suas casas e se o valor das indenizações será suficiente para novos imóveis”, afirmou Volpi.
No ABCD, o trecho Leste do Rodoanel desapropriará aproximadamente 200 imóveis na Vila Belmiro e Jardim Santa Inês, em Ribeirão, e 56 no Jardim Camargo, em Mauá. A primeira frente de obras do Trecho Leste será no entroncamento da avenida Papa João 23, de acordo com a SPMar.
Além das residências, o prefeito de Ribeirão se preocupa com a desapropriação dos equipamentos públicos, como do almoxarifado municipal (rua Manoel Monteiro, na Vila Belmiro), onde se faz a merenda escolar das unidades municipais. O espaço fica no trajeto do Rodoanel e terá de ser realocado. “Lá existem câmeras frigoríficas, antenas de comunicação, viveiro público e nosso herbário. Não sei em quanto tempo a SPMar construirá outro espaço para que possamos sair de lá, nem como será esse processo”, revelou.
Em relação à notificação de como as obras afetarão cada cidade, a assessoria de imprensa da SPMar divulgou a seguinte nota:
"No último dia 17/06 a SPMAR promoveu um café da manhã com todos os prefeitos das cidades que serão afetadas pela construção do trecho Leste do Rodoanel. O objetivo do evento foi realizar um primeiro contato com os prefeitos, apresentando a SPMAR e seus objetivos para a construção do trecho Leste, diminuindo, ao máximo, qualquer tipo de ruído na comunicação entre a concessionária e os municípios. No encontro ficou definido que nas próximas semanas o diretor executivo da concessionária começará uma série de passagens pelas cidades do trecho Leste. A cada visita ele se reunirá com um prefeito para ouvir as necessidades do município, estudar parcerias com as
prefeituras em programas sociais, definir locais nas cidades onde serão implantados pontos de informações para os munícipes, informar sobre o andamento da obra e reforçar canal direto de comunicação com a prefeitura e as comunidades. Ainda na cidade, ele visitará algumas redações de jornais para entrevistas exclusivas."
Ainda de acordo com a SPMar, nas próximas semanas a concessionária se reunirá com os prefeitos
para decidir como as famílias que precisarão ser removidas serão notificadas.
“As compensações ainda não estão definidas e é isso que queremos definir. Existem áreas escolhidas, como a Fazenda Bandeirantes, onde queremos fazer um parque municipal, mas ainda temos de discutir isso com a empresa”, destacou o prefeito de Ribeirão, Clóvis Volpi. O chefe do Executivo ainda explicou que a compensação ambiental será definida pelo total da área mitigada durante a inserção do Rodoanel. “Queremos o máximo que pudermos para não ficarmos no prejuízo”, destacou.
Durante o encontro desta terça, os prefeitos decidiram criar uma comissão técnica e jurídica, formada por dois representantes de cada uma das seis cidades afetadas pelas obras. A perspectiva é que dentro de uma semana a comissão esteja formada e pronta para atuar. “A parte técnica analisará os impactos e a viabilidade da obra, e a jurídica estudará os documentos”, esclareceu Volpi. Também ficou decidido um encontro periódico entre os prefeitos e o agendamento de uma reunião com a Artesp e a SPMar. “Já sabemos dos benefícios das obras. Agora queremos saber quais serão os transtornos e suas compensações”, revelou.
Desapropriações - Os prefeitos também afirmaram desconhecer o processo das mais de mil desapropriações, previstas no EIA/Rima (Estudo e Relatório de Impacto Ambiental) para dar lugar ao empreendimento. “Nenhuma prefeitura foi notificada sobre como se dará esse processo. Com a comissão, também tentaremos descobrir como serão as desapropriações, quanto tempo os munícipes terão para sair de suas casas e se o valor das indenizações será suficiente para novos imóveis”, afirmou Volpi.
No ABCD, o trecho Leste do Rodoanel desapropriará aproximadamente 200 imóveis na Vila Belmiro e Jardim Santa Inês, em Ribeirão, e 56 no Jardim Camargo, em Mauá. A primeira frente de obras do Trecho Leste será no entroncamento da avenida Papa João 23, de acordo com a SPMar.
Além das residências, o prefeito de Ribeirão se preocupa com a desapropriação dos equipamentos públicos, como do almoxarifado municipal (rua Manoel Monteiro, na Vila Belmiro), onde se faz a merenda escolar das unidades municipais. O espaço fica no trajeto do Rodoanel e terá de ser realocado. “Lá existem câmeras frigoríficas, antenas de comunicação, viveiro público e nosso herbário. Não sei em quanto tempo a SPMar construirá outro espaço para que possamos sair de lá, nem como será esse processo”, revelou.
Em relação à notificação de como as obras afetarão cada cidade, a assessoria de imprensa da SPMar divulgou a seguinte nota:
"No último dia 17/06 a SPMAR promoveu um café da manhã com todos os prefeitos das cidades que serão afetadas pela construção do trecho Leste do Rodoanel. O objetivo do evento foi realizar um primeiro contato com os prefeitos, apresentando a SPMAR e seus objetivos para a construção do trecho Leste, diminuindo, ao máximo, qualquer tipo de ruído na comunicação entre a concessionária e os municípios. No encontro ficou definido que nas próximas semanas o diretor executivo da concessionária começará uma série de passagens pelas cidades do trecho Leste. A cada visita ele se reunirá com um prefeito para ouvir as necessidades do município, estudar parcerias com as
prefeituras em programas sociais, definir locais nas cidades onde serão implantados pontos de informações para os munícipes, informar sobre o andamento da obra e reforçar canal direto de comunicação com a prefeitura e as comunidades. Ainda na cidade, ele visitará algumas redações de jornais para entrevistas exclusivas."
Ainda de acordo com a SPMar, nas próximas semanas a concessionária se reunirá com os prefeitos
para decidir como as famílias que precisarão ser removidas serão notificadas.
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