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DATA DA PUBLICAÇÃO 18/09/2009 | Política
Comissão aprova volta dos bingos
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou ontem a liberação dos bingos, máquinas de caça-níquel e videobingos. Foram 40 votos a favor, sete contra e três abstenções. O texto aprovado é substitutivo do relator Régis de Oliveira ao projeto de lei 225/07, que regulamenta as atividades de jogos em todo o país. A aprovação deixou de fora cassinos, jogo do bicho e outras modalidades. Agora, o projeto segue ao plenário da Câmara e depois para votação no Senado.

O principal argumento em defesa dos bingos, proibidos desde 2004, é a criação de empregos. A Força Sindical estima que a extinção da atividade fechou cerca de 320 mil postos de trabalho. “O bingo pode oferecer de 300 mil a 350 mil empregos diretos e indiretos. Existem outros tipos de jogos legais, com outras nomeações, que são verdadeiros bingos. Então, por que as casas de jogo não podem funcionar? Esses estabelecimentos oferecem alegria, entretenimento e lazer, ao contrário da bebida alcoólica, por exemplo”, disse o advogado de um dos bingos do ABC, que preferiu não se identificar.

A coordenadora do Ambulatório de Jogo Patológico, do Programa de Orientação e Atendimento (Proad), da Universidade Federal de Sâo Paulo (Unifesp), Maria Paula Magalhães Tavares de Oliveira, concorda que as pessoas começam a jogar por lazer, mas depois vira vício. “Quanto mais se ganha, mais se quer jogar. Quanto mais se joga, mais se perde. Quando perde quer recuperar o dinheiro. Vira um ciclo sem fim. Vende-se a ilusão de que o bingo é algo bom, que gera emprego, mas na verdade, é um ambiente totalmente propício para a pessoa perder a noção de tudo, inclusive do tempo e do dinheiro gasto. Qualquer um está sujeito a perder o controle”, explicou.

O texto do projeto também prevê que parte dos recursos da arrecadação dos bingos deverá ser destinada à Saúde, cultura, esporte e segurança pública. “O projeto se esquece dos jogadores viciados que precisam de tratamento. Já que querem a liberação dos bingos, que invistam em treinamento profissional, pesquisa e centros de tratamentos. Muitos psicólogos desconhecem o tratamento e não podem ajudar”, afirmou Maria Paula.

Nas ruas do ABC, a população é a favor do retorno das casas de jogos. Os que gostam de jogar querem a liberação por conveniência. “Sou a favor da volta porque gosto de jogar. Para mim, será uma boa. Acho que cada um sabe o que faz”, falou a diarista Celi Santos. Já os que não jogam não se incomodam. “O jogo é igual bebida: não é porque vejo um bar que vou beber. Liberar ou proibir não faz a menor diferença. Todos temos o direito de escolher”, disse o cabeleireiro Rogério Souza Lima.

Por Claudia Mayara - Diário Regional
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