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DATA DA PUBLICAÇÃO 12/12/2016 | Economia
Comércio deve voltar a crescer após dois anos
Comércio deve voltar a crescer após dois anos Foto: Celso Luiz/DGABC
Foto: Celso Luiz/DGABC
Após amargar dois anos de queda nas vendas, o comércio varejista do Grande ABC ensaia retomada. De acordo com projeção da FecomercioSP, cedida com exclusividade ao Diário, o faturamento deve aumentar, descontada a inflação do período, 0,7% em relação a 2015, somando R$ 32,8 bilhões.

A última vez em que as lojas da região comercializaram mais do que o ano anterior foi em 2013, quando houve acréscimo de 4,2% nas receitas de seus caixas. Em 2014, a queda foi de 2,83%. No ano passado, a retração chegou a 8%. Mesmo que o incremento previsto para 2016 seja considerado pequeno, da ordem de R$ 234 milhões – metade do faturamento mensal do setor moveleiro, por exemplo –, trata-se de um bom sinal.

“O ganho é irrisório, mas pelo menos o comércio da região parou de perder. Deu uma estagnada na crise. Acredito que o pessimismo maior ficou para trás”, avalia o assessor econômico da FecomercioSP, Guilherme Dietze.

No ranking das 16 regiões analisadas pela entidade, o Grande ABC ocupa o sétimo lugar, com 5,66% de participação no comércio estadual. À sua frente estão Capital, Campinas, Osasco, Jundiaí, Ribeirão Preto e Guarulhos.

O segmento que puxou o desempenho regional foi o supermercadista, que deve encerrar o ano com receita de R$ 12,1 bilhões, alta de 6,3% ante 2015. Embora em termos percentuais o ramo de autopeças e acessórios tenha obtido aumento mais expressivo, de 17,9%, o valor é significativamente menor, de R$ 626 milhões.

“Esse dado demonstra a mudança de perfil do consumidor da região, farta no setor automotivo, e portanto mais afetada pela crise. A opção pela manutenção do veículo antigo tem movimentado lojas do segmento”, explica Dietze.

RECUPERAÇÃO - O ramo de móveis e decoração foi o segundo com maior percentual, 13,5%, mas é o que menos fatura nas sete cidades, R$ 454,5 milhões. “O setor está iniciando processo de recuperação das perdas dos últimos anos, mas ainda não chega ao resultado de 2014. A base de comparação é fraca, por isso o crescimento. Em 2015, o tombo nas vendas foi de 29%”, justifica.

O segmento que ocupa a segunda colocação no volume de vendas, com R$ 2,7 bilhões, é o de eletrodomésticos e eletroeletrônicos, que deve terminar 2016 com expansão de 11,1%. Neste caso, não significa recuperação, mas também base fraca de comparação. “Em 2015, as perdas foram de 14,6%. Em 2014, de 20%. E, em 2013, 17,7%. As vendas não foram aquecidas nem com eventos esportivos da Copa do Mundo e da Olimpíada. Este é um setor que depende muito de crédito, e que ainda está escasso.”

AJUSTE - Por outro lado, dentre os ramos que não foram tão bem no ano destacam-se farmácias e perfumarias (queda de 17,6%, para R$ 2,1 bilhões) e vestuário e calçados (recuo de 14%, aos R$ 2,7 bilhões).

No caso das farmácias, o especialista explica que de 2009 até 2014 o segmento veio acumulando altas consecutivas na região, aumentando 51% em 2010. “O setor vivencia dois anos seguidos de quedas, em 2015 vendeu 11,2% menos. Isso se deve ao fato de ter apostado em forte expansão e ter acumulado estrutura muito grande, que foi pega de surpresa pela crise”.

Setor pode terminar o ano com demissão de 3.414 empregados

O emprego no setor, diferentemente do faturamento, ainda não apresenta sinais de retomada. Os dados da FecomercioSP mostram que o estoque de trabalhadores do comércio na região deve encerrar o ano 3% menor, o que significa a demissão de 3.414 pessoas, totalizando 110.306.

Os setores que mais contribuem ao resultado são vestuário, com a dispensa de 1.095 funcionários (-7,9%) e lojas de materiais de construção, com 707 cortes (-6,7%).

O segmento de autopeças, que ampliou vendas, deve somar 361 demissões (-5,2%). “Provavelmente esses estabelecimentos fizeram ajustes e mantiveram menos profissionais, mas mais qualificados, e com maior rendimento”, explica Guilherme Dietze. Na contramão, o ramo de farmácias perdeu receita, mas contratou 90 profissionais (1,1%). “Como investiu em estrutura, precisa de gente para trabalhar”.

Por Soraia Abreu Pedrozo - Diário do Grande ABC
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