NOTÍCIA ANTERIOR
Comércio faz promoções para tentar atrair clientes
PRÓXIMA NOTÍCIA
Aquecedores somem das prateleiras na região
DATA DA PUBLICAÇÃO 14/06/2016 | Economia
Comércio da região perde R$ 273 milhões no 1º trimestre
Comércio da região perde R$ 273 milhões no 1º trimestre Foto: Nario Barbosa/DGABC
Foto: Nario Barbosa/DGABC
O comércio varejista do Grande ABC registrou queda real (descontada a inflação) de 3,5% no faturamento no primeiro trimestre de 2016 na comparação com o mesmo período do ano anterior. Os estabelecimentos localizados nas sete cidades somaram R$ 7,532 bilhões em vendas entre janeiro e março – cerca de R$ 273,2 milhões a menos do que o registrado nos três meses iniciais de 2015. Os dados são da FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) e foram divulgados nesta semana com exclusividade para o Diário.

Ou seja, as lojas do Grande ABC deixaram de receber pouco mais de R$ 3 milhões por dia durante o primeiro trimestre de 2016. A queda acentuada no faturamento foi puxada, principalmente, pelo segmento de vestuário, tecido e calçados, que sofreu retração real de 33,6%, o equivalente a R$ 253 milhões a menos. Uma das explicações é o fato de que, em momentos de crise, os consumidores optam por evitar gastos considerados supérfluos.

As farmácias e drogarias, por sua vez, faturaram 18,8% menos. Os estabelecimentos do tipo receberam R$ 510,6 milhões, R$ 118,2 milhões a menos do que entre janeiro e março de 2015. As concessionárias de veículos tiveram as vendas diminuídas em 3,9%.

A situação geral do comércio na região só não foi pior em razão do desempenho dos supermercados, cujo faturamento real subiu 8,2% no trimestre. Em números absolutos, o valor arrecadado nessas lojas foi R$ 214,4 milhões acima do que o registrado no mesmo período de 2016, já considerando a inflação.

O assessor econômico da FecomercioSP Guilherme Dietze destaca que, além de os supermercados comercializarem itens de primeira necessidade, diversos itens alimentícios tiveram altas acima da inflação no período, o que possibilita elevação no montante que entra em caixa.

Na avaliação de Dietze, o varejo deverá continuar com desempenho ruim pelos próximos meses. “Mesmo que haja efetivação da mudança de governo, os indicadores que influenciam a decisão de compra do consumidor tendem a permanecer ruins, como inflação e desemprego em alta e o crédito caro, provocado pelos juros elevados”, comenta.

O economista destaca, por outro lado, que os percentuais de queda começarão a cair gradativamente. “O que não é uma boa notícia. É uma ilusão estatística, já que estaremos considerando bases fracas de comparação”, explica.

Apenas no mês de março, a retração foi de 3,8% ante o terceiro mês de 2015 – o equivalente a R$ 103,1 milhões a menos. No acumulado de 12 meses, houve queda de 7,6% no faturamento.

ESTADO

Em São Paulo, o comércio varejista registrou redução de 1,7% nas vendas no acumulado do ano e de 2,6% na comparação de março de 2016 contra março do ano passado. Utilizando essa base de comparação, o Grande ABC teve o segundo pior desempenho do Estado, ficando à frente apenas de Osasco, cujo faturamento retraiu 18,8%. Das 16 regiões pesquisadas, seis tiveram queda, entre elas a Capital, com baixa de 3,3%.

Por Fábio Munhoz - Diário do Grande ABC
Assine nosso Feed RSS
Últimas Notícias Gerais - Clique Aqui
As últimas | Economia
25/09/2018 | Operação mira sonegação de R$ 100 mi de grupos cervejeiros e cerca Proibida
25/09/2018 | Greve na Argentina cancela voos no Brasil nesta terça-feira
25/09/2018 | Demanda por GNV aumenta até 350% após alta na gasolina
As mais lidas de Economia
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda
Mauá Virtual
O Guia Virtual da Cidade

Todos os direitos reservados - 2024 - Desde 2003 à 7717 dias no ar.