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DATA DA PUBLICAÇÃO 26/09/2012 | Setecidades
Começa remediação da área do antigo Lixão do Alvarenga
Começa remediação da área do antigo Lixão do Alvarenga Para recuperar a área do antigo lixão, São Bernardo irá encapsular os resíduos. Foto: Andris Bovo
Para recuperar a área do antigo lixão, São Bernardo irá encapsular os resíduos. Foto: Andris Bovo
Primeira fase, de estudos, deverá durar de três a seis meses de intervenções

O cheiro forte de gás metano misturado com o odor da decomposição do lixo jogado em meio ao entulho ou submerso sob as montanhas de terra revelam um cenário de guerra, onde a principal vítima é o meio ambiente. A área do antigo Lixão do Alvarenga, às margens da represa Billings, ainda carrega as marcas da degradação. Após anos de espera, São Bernardo anunciou nesta terça-feira (25/09) que iniciará, até o final de setembro, a primeira fase da remediação do terreno. O projeto está orçado em R$ 80 milhões e será realizado pelo consórcio Revita/Lara, empresa responsável pela gestão de lixo do município.

“Inicialmente vamos cercar toda a área e começar os estudos de confirmação da pesquisa realizada até agora sobre o lixão”, explicou o secretário de Planejamento Urbano Alfredo Buso, que vistoriou o terreno, nesta terça-feira, juntamente com o prefeito Luiz Marinho. A expectativa é que a fase de estudos demore de três a seis meses para ser finalizada. Esta primeira fase será realizada em conjunto com a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo).

Na segunda fase da remediação, prevista para ser iniciada no início de 2013, São Bernardo prevê a revitalização da área, coleta e tratamento do chorume, captação dos gases para aproveitamento energético e o envelopamento do lixo existente no terreno. “Não vamos retirar o lixo, mas sim encapsular. Colocaremos uma manta da parte inferior e recobriremos tudo com terra”, detalhou Buso. O projeto também realizará a recuperação das nascentes da área. “Até agora já identificamos duas nascentes”, disse.

Em cima do lixo encapsulado, São Bernardo construirá um parque reserva com quadras, pistas de caminhada, entre outras áreas de lazer numa área total de 250 mil metros quadrados. Em outra parte da área, o município construirá, a partir de 2014, a usina que transformará resíduos sólidos em energia elétrica.

Fiscalização – Para garantir o trabalho de remediação do terreno, as prefeituras de São Bernardo e Diadema estão realizando uma força tarefa naquela região. Guaritas e cancelas foram instaladas e a Polícia Ambiental realiza rondas 24 horas por dia com o apoio das duas GCMs (Guardas Civis Municipais) para impedir que os caminhões de terra e entulho continuem a realizar o descarte irregular na área. As duas entradas, uma por cada cidade, são monitoradas dia e noite.

Os veículos flagrados agindo de maneira irregular são apreendidos, multados e só saem após assinar um termo de compromisso para destinar a terra ou o entulho em local adequado. “Já realizamos duas apreensões por aqui”, revelou Buso.

O lixão do Alvarenga recebeu resíduos orgânicos, químicos e industriais por três décadas, sem nenhum controle ambiental. O antigo lixão foi desativado em 2002, por decisão da Justiça.

Desapropriações – Para transformar a área do antigo Lixão do Alvarenga em parque, São Bernardo irá desapropriar 99 moradias de pessoas que vivem sob o lixo. As famílias serão atendidas pelo programa Minha Casa, Minha Vida Manancial, que atenderá todas os munícipes que moram em área de restrição ambiental. “Até que o projeto fique pronto, as famílias serão atendidas pelo programa renda abrigo”, esclareceu o prefeito Luiz Marinho.

De acordo com o secretário adjunto de Habitação, Paulo Massoka, a expectativa é já conversar com as famílias e iniciar a remoção até o final deste ano. Apesar disso, o projeto Minha Casa, Minha Vida Manancial ainda não tem data para sair do papel. “O que podemos adiantar é que as áreas de interesse social são na região do Alvarenga e que há várias possibilidades de terrenos”, comentou Massoka. Em 2010, a Prefeitura já havia removido 141 famílias que moravam na área em situação de risco.

Na parte de Diadema, não haverá remoções definitivas. As famílias serão removidas apenas para que a Prefeitura construa as moradias e urbanize a área. As intervenções no município foram iniciadas também em setembro e devem ser finalizadas entre 18 e 24 meses. As obras contam com o investimento de R$ 22 milhões do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), do governo federal, e do município.

Por Claudia Mayara - ABCD Maior
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