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DATA DA PUBLICAÇÃO 06/03/2014 | Economia
Combustíveis começam a ficar mais caros no ABC
Combustíveis começam a ficar mais caros no ABC Foto: Denis Maciel/DGABC
Foto: Denis Maciel/DGABC
Os postos de combustível da região iniciaram a corrida de aumento médio de R$ 0,10 no litro do etanol. Ontem, alguns estabelecimentos já cobravam R$ 2,19 pela quantidade do biocombustível. Muitos registravam R$ 2,09. E na maioria, a gasolina, considerando a equivalência calorífica (o rendimento do motor), oferecia o melhor custo-benefício para os veículos flex.

No sábado, o Regran (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do ABCDMRR) estimou que, ontem, a região já teria patamar de preços R$ 0,10 superior em relação à semana passada. Isso por influência de mudança na metodologia de cálculo da tributação das distribuidoras, que teriam um aumento e repassariam aos revendedores. Mas isso ainda não era verificado, de forma geral, pelos clientes. “Acredito que os empresários estão com medo de aumentar e perder clientes. Mas não acredito que eles segurem esses preços por mais alguns dias”, salientou o presidente da entidade, Wagner de Souza.

A equipe do Diário pesquisou preços de cerca de 40 postos das principais vias de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema e Mauá ontem. Em relação ao levantamento realizado no sábado, o preço médio do litro do álcool teve incremento de R$ 0,01, passando a R$ 2,02.

Considerando os valores cobrados pelo litro da gasolina, a variação foi positiva em R$ 0,02. O preço médio do combustível estava, ontem, em R$ 2,82.

“Não tem como segurar por muito tempo esses preços, mesmo com o aumento das distribuidoras. Os revendedores não aguentarão por muitos dias. É necessário vender muito mais combustível para equilibrar ao prejuízo de R$ 0,10 que o dono do posto teve”, disse Souza.

Segundo ele, com base nos valores que as distribuidoras cobram dos postos, os consumidores devem ficar atentos. “O etanol, hoje, deve custar em média R$ 2,09. E a gasolina, R$ 2,99. Abaixo disso, é para desconfiar”, orientou.

MAIS BARATO?

Na semana passada, a gasolina já se mostrou com o melhor custo-benefício do que o etanol para os motoristas do Grande ABC. Nesta semana essa qualidade se manteve.

Na teoria, um motor bicombustível, também conhecido como flex, tem a capacidade de gerar a mesma quantidade de energia para o veículo com 700 mililitros de gasolina ou um litro de etanol. Portanto, para saber, no posto, qual combustível vale mais a pena ao consumidor, é necessário multiplicar o preço da gasolina por 0,7. Caso o valor seja menor do que o de um litro de álcool, o derivado de petróleo é o mais interessante.

E é justamente isso que ocorre na região. Conforme o levantamento, 700 mililitros de gasolina, ontem, custava R$ 1,97. O litro de etanol dos, aproximadamente, 40 estabelecimentos pesquisados na região apresentou média de R$ 2,02. Em 35 postos, ontem, a gasolina tinha melhor custo-benefício.

Postos não tem como absorver altas

Como explicação de sua previsão de que os donos dos postos não conseguirão segurar por muito tempo o avanço dos preços das distribuidoras, o presidente do Regran, Wagner de Souza, apresentou um cálculo médio de sobrevivência de um desses estabelecimentos. Para absorver R$ 0,10 de alta nas distribuidoras, a revenda necessitaria aumentar as vendas mensais em 50 mil litros. “Se um posto vende 200 mil litros de todos os combustíveis por mês, ele tem um custo aproximado de R$ 70 mil neste período”, afirmou Souza.

“Para absorver uma alta média de R$ 0,10, ele teria que vender mais 50 mil litros por mês”, disse o dirigente sindical, afirmando que isso é quase impossível para um posto que já tem clientela formada.

Isso ocorre porque existe margem de preço de compra e de venda comum entre esses empresários de R$ 0,40. Em resumo, se o etanol é vendido pelas distribuidoras por R$ 1,70, hipoteticamente, os revendendores cobrariam R$ 2,10 do consumidor.

“Vamos pensar que ele absorveu o aumento de R$ 0,10. Sua margem passou de R$ 0,40 para R$ 0,30. Isso significa que seu faturamento, após o pagamento às distribuidoras, será de R$ 60 mil. Ainda faltam R$ 10 mil para custear o posto”, explicou Souza.

Ele finalizou explicando que com margem de R$ 0,40, considerando que o empresário repassou a alta das distribuidoras, o faturamento após pagar o combustível será de R$ 80 mil. “Assim, paga o custo mensal do posto e sobra lucro de R$ 10 mil”, calculou Souza.


Por Pedro Souza - Diário do Grande ABC
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