DATA DA PUBLICAÇÃO 24/03/2011 | Geral
Com proximidade da Copa e Olimpíada, motéis do Rio se adaptam para receber hóspedes comuns
O crescimento do turismo e da economia no Rio de Janeiro, com a previsão de investimentos recordes até a Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, está modificando o perfil dos motéis da cidade, que têm adaptado seus serviços para atender hóspedes até então pouco convencionais: aqueles que procuram esses estabelecimentos apenas para dormir.
Com preços muito mais atraentes se comparados aos hotéis convencionais e a praticidade de se hospedar por 12 ou seis horas, os motéis têm sido cada vez mais procurados pelos chamados “clientes corporativos”, aqueles que buscam apenas um local para passar a noite depois de um dia de trabalho.
A tendência vem sendo observada há pelo menos três anos, segundo o Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes do Rio, e se intensifica com a proximidade da Copa e dos Jogos de 2016. Hoje, um em cada quatro quartos de motéis da cidade já está adaptado para receber hóspedes comuns e a previsão é que essa proporção chegue a três em cada quatro unidades até 2016.
A falta de opções de hospedagem no centro, na região portuária e nos demais bairros da zona norte da cidade também ajuda a explicar a mudança no perfil dos motéis, além do aumento do turismo de negócios em uma cidade cuja rede hoteleira era até então predominantemente voltada para o turismo convencional.
Cerca de 90% dos hotéis cariocas estão localizados próximo à orla (Copacabana, Ipanema e Leblon, na zona sul) e a possibilidade de se hospedar perto de locais de reuniões e compromissos é um atrativo a mais para quem vem ao Rio a trabalho e não pode correr o risco de perder horas em engarrafamentos, como explica o vice-presidente do Sindrio, Antônio Cerqueira.
- Executivos e empresários que não vêm só para a zona sul costumam procurar locais mais próximos dos seus compromissos. Eles vão a negócios na zona norte e no centro, e levam muito tempo para chegar em Copacabana ou Ipanema, onde estão a maioria dos hotéis. Não dá para perder três horas no trânsito.
Além disso, enquanto o preço da hospedagem convencional subiu em janeiro, mês de alta temporada, os motéis ficaram um pouco mais baratos, segundo a inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). Houve uma queda de 2,29% no preço cobrado por esses estabelecimentos em relação a dezembro.
Rio é a segunda cidade brasileira que mais recebe eventos internacionais
Os novos empreendimentos hoteleiros previstos até 2016 serão construídos, em sua maioria, na Barra da Tijuca, na zona oeste, região que deve concentrar a maior parte dos investimentos e dos locais onde haverá competições olímpicas.
O governador do Rio, Sérgio Cabral, anunciou, durante o desfile das escolas de samba na Sapucaí, no último dia 8, que a rede Hyatt vai construir um hotel com 450 quartos na Barra e que a meta é chegar a 40 mil acomodações nos próximos cinco anos.
- Há casos de expansão e de novas áreas a serem construídas também no Centro e na zona portuária. Nosso desafio é chegar a 2016 com 40 mil leitos.
Para Cerqueira, do Sindrio, a adaptação dos motéis não será suficiente para atender a essa demanda, mas vai ajudar bastante.
- A cidade do Rio vem recebendo um grande número de eventos, inclusive congressos que também têm ocupado esses hotéis de bairro. A procura é cada vez maior e os hotéis estão sempre lotados.
A região portuária, que vai receber R$ 7,6 bilhões de investimento público em obras e intervenções urbanísticas apenas na segunda etapa do projeto Porto Maravilha, pode ganhar novos hotéis. Porém, a construção desses empreendimentos ainda está sob análise da Prefeitura do Rio.
O Rio de Janeiro é a segunda cidade brasileira que mais recebe eventos internacionais, perdendo apenas para São Paulo, segundo a Associação Internacional de Congressos e Convenções (ICCA, na sigla em inglês). Em 2009, a cidade subiu dez posições no ranking mundial, pulando do 36º lugar em 2008, para o 26º em 2009.
Em dezembro do ano passado, um a cada dois turistas que se hospedaram na cidade do Rio veio a trabalho ou para feiras e convenções, segundo levantamento da ABIH-RJ (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado do Rio de Janeiro).
Com preços muito mais atraentes se comparados aos hotéis convencionais e a praticidade de se hospedar por 12 ou seis horas, os motéis têm sido cada vez mais procurados pelos chamados “clientes corporativos”, aqueles que buscam apenas um local para passar a noite depois de um dia de trabalho.
A tendência vem sendo observada há pelo menos três anos, segundo o Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes do Rio, e se intensifica com a proximidade da Copa e dos Jogos de 2016. Hoje, um em cada quatro quartos de motéis da cidade já está adaptado para receber hóspedes comuns e a previsão é que essa proporção chegue a três em cada quatro unidades até 2016.
A falta de opções de hospedagem no centro, na região portuária e nos demais bairros da zona norte da cidade também ajuda a explicar a mudança no perfil dos motéis, além do aumento do turismo de negócios em uma cidade cuja rede hoteleira era até então predominantemente voltada para o turismo convencional.
Cerca de 90% dos hotéis cariocas estão localizados próximo à orla (Copacabana, Ipanema e Leblon, na zona sul) e a possibilidade de se hospedar perto de locais de reuniões e compromissos é um atrativo a mais para quem vem ao Rio a trabalho e não pode correr o risco de perder horas em engarrafamentos, como explica o vice-presidente do Sindrio, Antônio Cerqueira.
- Executivos e empresários que não vêm só para a zona sul costumam procurar locais mais próximos dos seus compromissos. Eles vão a negócios na zona norte e no centro, e levam muito tempo para chegar em Copacabana ou Ipanema, onde estão a maioria dos hotéis. Não dá para perder três horas no trânsito.
Além disso, enquanto o preço da hospedagem convencional subiu em janeiro, mês de alta temporada, os motéis ficaram um pouco mais baratos, segundo a inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). Houve uma queda de 2,29% no preço cobrado por esses estabelecimentos em relação a dezembro.
Rio é a segunda cidade brasileira que mais recebe eventos internacionais
Os novos empreendimentos hoteleiros previstos até 2016 serão construídos, em sua maioria, na Barra da Tijuca, na zona oeste, região que deve concentrar a maior parte dos investimentos e dos locais onde haverá competições olímpicas.
O governador do Rio, Sérgio Cabral, anunciou, durante o desfile das escolas de samba na Sapucaí, no último dia 8, que a rede Hyatt vai construir um hotel com 450 quartos na Barra e que a meta é chegar a 40 mil acomodações nos próximos cinco anos.
- Há casos de expansão e de novas áreas a serem construídas também no Centro e na zona portuária. Nosso desafio é chegar a 2016 com 40 mil leitos.
Para Cerqueira, do Sindrio, a adaptação dos motéis não será suficiente para atender a essa demanda, mas vai ajudar bastante.
- A cidade do Rio vem recebendo um grande número de eventos, inclusive congressos que também têm ocupado esses hotéis de bairro. A procura é cada vez maior e os hotéis estão sempre lotados.
A região portuária, que vai receber R$ 7,6 bilhões de investimento público em obras e intervenções urbanísticas apenas na segunda etapa do projeto Porto Maravilha, pode ganhar novos hotéis. Porém, a construção desses empreendimentos ainda está sob análise da Prefeitura do Rio.
O Rio de Janeiro é a segunda cidade brasileira que mais recebe eventos internacionais, perdendo apenas para São Paulo, segundo a Associação Internacional de Congressos e Convenções (ICCA, na sigla em inglês). Em 2009, a cidade subiu dez posições no ranking mundial, pulando do 36º lugar em 2008, para o 26º em 2009.
Em dezembro do ano passado, um a cada dois turistas que se hospedaram na cidade do Rio veio a trabalho ou para feiras e convenções, segundo levantamento da ABIH-RJ (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado do Rio de Janeiro).
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