DATA DA PUBLICAÇÃO 14/04/2013 | Tecnologia
Com produto mais barato, HP busca segunda chance em tablets
Com um produto mais barato e usando a popular plataforma Android, a HP, maior fabricante mundial de PCs, busca uma segunda chance no mercado de tablets.
A investida ocorre menos de dois anos após uma incursão frustrada num produto cujo crescimento --de 78% só em 2012, é apontado como um dos motivos para o declínio dos PCs nos últimos anos.
"Sabemos que [a expansão do mercado de tablets] é um movimento sem volta e não podemos ficar de fora", diz Oscar Clarke, presidente da HP no Brasil.
Em 2011, a HP decidiu acabar com seu tablet TouchPad semanas após o lançamento.
A missão foi abortada diante das críticas negativas do mercado e, segundo a HP, na época, pelas vendas fracas.
Hoje, a empresa diz entender que o sistema operacional do aparelho (o WebOS, herdado da Palm, comprada pela HP em 2010) era pouco atrativo aos desenvolvedores e, portanto, "pobre em aplicativos para o consumidor".
Desde o sepultamento do Touchpad, a companhia lançou tablets apenas para o mercado corporativo.
TRANSIÇÃO
Com 28% de suas receitas globais vindas de PCs, a HP enfrenta uma transição para a era da computação móvel.
Segundo dados da consultoria IDC, o mercado de computadores recuou 14% no primeiro trimestre deste ano. As vendas da HP, de acordo com a IDC, caíram 23,7%.
Além do avanço dos tablets, analistas apontaram o Windows 8 como um dos "culpados" pela retração.
Lançado em outubro, o sistema operacional da Microsoft trouxe mudanças consideradas radicais de usabilidade para o usuário.
Para Clarke, "é um fato que as vendas dos Windows 8 estão aquém das expectativas".
Mas, por trás disso, está um movimento mais amplo: o predomínio das arquiteturas e sistemas operacionais usados nos dispositivos móveis sobre os dos PCs, diz ele.
"Entendemos esse momento do mercado e estamos diversificando", afirma.
Segundo ele, a HP está lançando mais produtos com o sistema Android e não descarta a entrada em smartphones, possibilidade já levantada pela presidente mundial da HP, Meg Whitman.
Desde 2011, quando assumiu o comando da companhia fundada em 1939, Whitman lidera uma reestruturação nos negócios da empresa, que chegou a perder metade de seu valor de mercado e foi acusada por investidores de erros de gestão e perda do potencial de inovação.
EDUCAÇÃO
Em meio aos esforços para se reposicionar no mercado de consumidores finais, a HP anuncia, na próxima semana, uma nova estratégia para ampliar sua atuação no segmento de educação.
A empresa firmou parcerias com empresas como Editora Saraiva e Kroton (grupo de ensino superior) para oferecer produtos e serviços em capacitação de professores e produção de conteúdo.
O objetivo é atacar os mercados público e privado de ensino digital no Brasil.
"Vamos tentar oferecer ao mercado uma solução mais abrangente, que ajude a fazer essa mudança (para a educação digital)", diz Cláudia Braga Amaral, diretora de planejamento estratégico.
Até então, a companhia vendia apenas infraestrutura (PCs e redes, por exemplo).
A investida ocorre menos de dois anos após uma incursão frustrada num produto cujo crescimento --de 78% só em 2012, é apontado como um dos motivos para o declínio dos PCs nos últimos anos.
"Sabemos que [a expansão do mercado de tablets] é um movimento sem volta e não podemos ficar de fora", diz Oscar Clarke, presidente da HP no Brasil.
Em 2011, a HP decidiu acabar com seu tablet TouchPad semanas após o lançamento.
A missão foi abortada diante das críticas negativas do mercado e, segundo a HP, na época, pelas vendas fracas.
Hoje, a empresa diz entender que o sistema operacional do aparelho (o WebOS, herdado da Palm, comprada pela HP em 2010) era pouco atrativo aos desenvolvedores e, portanto, "pobre em aplicativos para o consumidor".
Desde o sepultamento do Touchpad, a companhia lançou tablets apenas para o mercado corporativo.
TRANSIÇÃO
Com 28% de suas receitas globais vindas de PCs, a HP enfrenta uma transição para a era da computação móvel.
Segundo dados da consultoria IDC, o mercado de computadores recuou 14% no primeiro trimestre deste ano. As vendas da HP, de acordo com a IDC, caíram 23,7%.
Além do avanço dos tablets, analistas apontaram o Windows 8 como um dos "culpados" pela retração.
Lançado em outubro, o sistema operacional da Microsoft trouxe mudanças consideradas radicais de usabilidade para o usuário.
Para Clarke, "é um fato que as vendas dos Windows 8 estão aquém das expectativas".
Mas, por trás disso, está um movimento mais amplo: o predomínio das arquiteturas e sistemas operacionais usados nos dispositivos móveis sobre os dos PCs, diz ele.
"Entendemos esse momento do mercado e estamos diversificando", afirma.
Segundo ele, a HP está lançando mais produtos com o sistema Android e não descarta a entrada em smartphones, possibilidade já levantada pela presidente mundial da HP, Meg Whitman.
Desde 2011, quando assumiu o comando da companhia fundada em 1939, Whitman lidera uma reestruturação nos negócios da empresa, que chegou a perder metade de seu valor de mercado e foi acusada por investidores de erros de gestão e perda do potencial de inovação.
EDUCAÇÃO
Em meio aos esforços para se reposicionar no mercado de consumidores finais, a HP anuncia, na próxima semana, uma nova estratégia para ampliar sua atuação no segmento de educação.
A empresa firmou parcerias com empresas como Editora Saraiva e Kroton (grupo de ensino superior) para oferecer produtos e serviços em capacitação de professores e produção de conteúdo.
O objetivo é atacar os mercados público e privado de ensino digital no Brasil.
"Vamos tentar oferecer ao mercado uma solução mais abrangente, que ajude a fazer essa mudança (para a educação digital)", diz Cláudia Braga Amaral, diretora de planejamento estratégico.
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