DATA DA PUBLICAÇÃO 16/05/2012 | Saúde e Ciência
Com novos hospitais, ABCD pode ter falta de médicos
Hospital de Clínicas, em São Bernardo, está quase pronto e inicia atendimentos ainda neste ano. Foto: Divulgação/ PMSB
Mesmos critérios para contratar e escola gratuita de medicina são propostas para mudar quadro
Com novos hospitais em funcionamento até o início de 2013, o ABCD pode ter dificuldades na contratação de médicos e outros profissionais de saúde para suprir a necessidade dos novos equipamentos. O alerta é feito por Waldir Tadeu David, presidente do Sindsaude (Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Privados de Saúde e Empresas que prestam serviços de Saúde e Atividades Afins do ABCD).
Até o final deste semestre, o Hospital de Clínicas de São Bernardo deve iniciar os atendimentos e a previsão é que até o final de 2013 esteja funcionando em sua totalidade. Em Ribeirão Pires, a ala de pronto atendimento do novo Hospital Municipal deve ser entregue ainda neste mês e as obras devem ser concluídas até o final do ano.
Em Santo André, o Centro Hospitalar em construção no terreno ao lado do PA (Pronto-Atendimento) da Vila Luzita pode ficar pronto em julho, mas ainda não há uma previsão para início das atividades.
São Caetano entregou em fevereiro o Hospital São Caetano, em abril o Complexo Municipal de Saúde, formado pelo Centro de Oncologia e Hemoterapia, e o Hospital de Olhos. Até o final deste semestre há a previsão de entrega do Hospital da Mulher.
O sindicalista lembrou ainda que há unidades hospitalares particulares sendo ampliadas e outras sendo erguidas na Região. “A Rede D’Or planeja abrir uma unidade em Mauá, os hospitais Brasil e Cristovam da Gama, em Santo André, estão ampliando alas de atendimento, entre outros casos”, exemplificou.
Setor público conta com 12,5 mil médicos
Waldir Tadeu David, presidente do Sindsaude, alerta que atualmente existem cerca de 12,5 mil profissionais de saúde atuando no setor público no ABCD e outros 25 mil atuando na saúde suplementar, de acordo com dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). “Há falta de profissionais em todas as áreas de saúde. Há casos de empresas de saúde que procuram por técnicos de enfermagem, mas não encontram profissionais disponíveis no mercado”, salientou.
No caso da saúde pública, David ressaltou que as dificuldades são ainda maiores por conta de salários. “As administrações municipais vivem uma guerra salarial para contratação de profissionais. Se São Bernardo abre concurso público para contratação de médicos com salário melhor do que Diadema, esses profissionais irão migrar”, exemplificou.
De acordo com o sindicalista, não é possível mensurar quantos profissionais seriam necessários para sanar a falta que existe no mercado. “Mesmo com as parcerias entre prefeituras e Fundação do ABC, não é possível afirmar que o problema será sanado. Há a possibilidade de que alunos, depois da residência médica, não permaneçam na Região” disse.
Cidades da Região disputam profissionais
Mário Reali, presidente do Consórcio Intermunicipal, entidade que reúne os prefeitos da Região, destacou que as cidades não podem continuar disputando profissionais entre si. “Há diferença entre os orçamentos municipais e no que as cidades podem oferecer de vencimentos para profissionais de saúde. Hoje a situação é muito desigual entre os municípios e é muito difícil manter um profissional”, disse.
Reali afirmou que é necessário estabelecer critérios para todo o ABCD para que as cidades tenham o mesmo princípio na contratação. “Mesmo critério de seleção, vencimentos e gratificações poderiam estimular o profissional a permanecer na cidade em que atua, ao invés de migrar para outro município”, afirmou.
O coordenador do Grupo de Trabalho de Saúde do Consórcio Intermunicipal, Arthur Chioro, destacou que essa é uma questão que extrapola os limites do ABCD. “Seria necessária a criação de um piso salarial para a Grande São Paulo, para que não houvesse mais concorrência entre as administrações públicas”, disse.
Para Waldir Tadeu David, presidente do Sindsaude, a resposta estaria na criação de uma escola gratuita de medicina e enfermagem no ABCD. “Essa seria um estímulo para ter novos profissionais. Temos campus da Unifesp, em Diadema, mas não temos cursos para a área de saúde. Hoje a Faculdade de Medicina do ABC, apesar de ser uma das mais baratas, é paga”, salientou.
Com novos hospitais em funcionamento até o início de 2013, o ABCD pode ter dificuldades na contratação de médicos e outros profissionais de saúde para suprir a necessidade dos novos equipamentos. O alerta é feito por Waldir Tadeu David, presidente do Sindsaude (Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Privados de Saúde e Empresas que prestam serviços de Saúde e Atividades Afins do ABCD).
Até o final deste semestre, o Hospital de Clínicas de São Bernardo deve iniciar os atendimentos e a previsão é que até o final de 2013 esteja funcionando em sua totalidade. Em Ribeirão Pires, a ala de pronto atendimento do novo Hospital Municipal deve ser entregue ainda neste mês e as obras devem ser concluídas até o final do ano.
Em Santo André, o Centro Hospitalar em construção no terreno ao lado do PA (Pronto-Atendimento) da Vila Luzita pode ficar pronto em julho, mas ainda não há uma previsão para início das atividades.
São Caetano entregou em fevereiro o Hospital São Caetano, em abril o Complexo Municipal de Saúde, formado pelo Centro de Oncologia e Hemoterapia, e o Hospital de Olhos. Até o final deste semestre há a previsão de entrega do Hospital da Mulher.
O sindicalista lembrou ainda que há unidades hospitalares particulares sendo ampliadas e outras sendo erguidas na Região. “A Rede D’Or planeja abrir uma unidade em Mauá, os hospitais Brasil e Cristovam da Gama, em Santo André, estão ampliando alas de atendimento, entre outros casos”, exemplificou.
Setor público conta com 12,5 mil médicos
Waldir Tadeu David, presidente do Sindsaude, alerta que atualmente existem cerca de 12,5 mil profissionais de saúde atuando no setor público no ABCD e outros 25 mil atuando na saúde suplementar, de acordo com dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). “Há falta de profissionais em todas as áreas de saúde. Há casos de empresas de saúde que procuram por técnicos de enfermagem, mas não encontram profissionais disponíveis no mercado”, salientou.
No caso da saúde pública, David ressaltou que as dificuldades são ainda maiores por conta de salários. “As administrações municipais vivem uma guerra salarial para contratação de profissionais. Se São Bernardo abre concurso público para contratação de médicos com salário melhor do que Diadema, esses profissionais irão migrar”, exemplificou.
De acordo com o sindicalista, não é possível mensurar quantos profissionais seriam necessários para sanar a falta que existe no mercado. “Mesmo com as parcerias entre prefeituras e Fundação do ABC, não é possível afirmar que o problema será sanado. Há a possibilidade de que alunos, depois da residência médica, não permaneçam na Região” disse.
Cidades da Região disputam profissionais
Mário Reali, presidente do Consórcio Intermunicipal, entidade que reúne os prefeitos da Região, destacou que as cidades não podem continuar disputando profissionais entre si. “Há diferença entre os orçamentos municipais e no que as cidades podem oferecer de vencimentos para profissionais de saúde. Hoje a situação é muito desigual entre os municípios e é muito difícil manter um profissional”, disse.
Reali afirmou que é necessário estabelecer critérios para todo o ABCD para que as cidades tenham o mesmo princípio na contratação. “Mesmo critério de seleção, vencimentos e gratificações poderiam estimular o profissional a permanecer na cidade em que atua, ao invés de migrar para outro município”, afirmou.
O coordenador do Grupo de Trabalho de Saúde do Consórcio Intermunicipal, Arthur Chioro, destacou que essa é uma questão que extrapola os limites do ABCD. “Seria necessária a criação de um piso salarial para a Grande São Paulo, para que não houvesse mais concorrência entre as administrações públicas”, disse.
Para Waldir Tadeu David, presidente do Sindsaude, a resposta estaria na criação de uma escola gratuita de medicina e enfermagem no ABCD. “Essa seria um estímulo para ter novos profissionais. Temos campus da Unifesp, em Diadema, mas não temos cursos para a área de saúde. Hoje a Faculdade de Medicina do ABC, apesar de ser uma das mais baratas, é paga”, salientou.
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