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DATA DA PUBLICAÇÃO 05/03/2014 | Setecidades
Com marchinhas e confetes, Folia à moda antiga atrai famílias
Com marchinhas e confetes, Folia à moda antiga atrai famílias Foto: Marina Brandão/DGABC
Foto: Marina Brandão/DGABC
As tradicionais blocos de rua e as marchinhas carnavalescas ditaram o ritmo do Carnaval do Grande ABC. Ontem, famílias – com destaque para as crianças, quase todas fantasiadas – participaram das folias na Praça Central de Ribeirão Pires e na vila de Paranapiacaba.

O refrão da música Ilariê, da Xuxa, provocou a reação da turminha que brincava na praça de Ribeirão Pires. Com sua fantasia de Minie Mouse, a pequena Pricyla Santos, 1 ano e 5 meses, pulava no colo do pai, o empresário Marcos Firmino dos Santos, 38 anos. “Gostamos de Carnaval, assim, familiar”, diz Santos. “Viemos todos os dias.

Ela se entusiasmou tanto que hoje (ontem) resolvi colocar a fantasia nela”, contou Claudia, 31, mãe da pequena foliã. “Acho importante a iniciativa da cidade de proporcionar forma de as famílias curtirem”, completa.

“A festa tem de ser assim, livre, acessível para todo mundo”, diz a aposentada Uraide Barbosa, 61. “Só de vir, a gente se sente participando, mesmo sem fantasia”, diz a dona de casa Maria Imaculada Nunes, 62 anos.

A Folia na praça foi tão democrática que uma das estrelas do pedaço era Amy Winehouse, uma cachorrinha preta de 2 anos e meio que foi festejar fantasiada de Mulher Maravilha. “É bom curtir o Carnaval com a família toda e com a liberdade de também trazer a Amy”, disse a funcionária pública Simone Silva Mario, 44.

Paranapiacaba

A doçura da personagem Peppa Pig e a valentia do Batman foram as fantasias escolhidas pelos irmãos Maria Luiza, 2, e Lucas, 4, para este Carnaval. Munidos com confetes e muita disposição para brincar, a dupla e algumas dezenas de pessoas acompanharam ontem à tarde o bloco Poucas Trancas, que fechou a Folia tradicional de Paranapiacaba. Durante os quatro dias de festa, a vila recebeu cerca de 13 mil foliões.

A assistente social Claudia Maria Oliveira, 42, mãe de Maria e Lucas, é moradora da Capital, mas fez questão de participar da festa na região. “Venho aqui desde a adolescência, quando fazia trilhas. Esta é a primeira vez que trago meus filhos, que estão adorando.” A agente de viagens Tânia Bolzan, 36, elogiou a estrutura da vila, mas com ressalvas. “Os banheiros são bem limpinhos, mas as placas de sinalização estão desatualizadas. Mesmo assim acho legal aqui, porque elas (a filhas Natalie, 6, e Lavínia, 4) podem curtir a festa tradicional de rua.”

O Poucas Trancas, bloco que agitou os pequenos e também os adultos, foi criado em 2012 e faz releitura do Carnaval do fim da década de 1970. “Nós queremos resgatar a festa de rua que se perdeu, principalmente depois desta década”, explica o vocalista Rodrigo Régis, 28. Embora ele e os outros integrantes do bloco também tenham uma banda de rock, o músico acredita que os ritmos são todos ‘irmãos’ e, por isso, não existe preconceito. “A essência do Carnaval e do rock é a mesma, são populares. Nós não temos trancas, travas, limites. Só queremos fazer música.” Eles encerraram a apresentação no Clube União Lyra Serrano.

Além do quarteto de ontem, outro bloco que se apresentou durante estes dias foi o das Bruacas, que tem quase 40 anos. E os filhos destes foliões seguiram o exemplo dos precursores e criaram o Paraná Folia, que fez sua primeira apresentação no ano passado e, neste ano, ganhou até palco para cantarem, o que atraiu muitos jovens para vila. O público de 2012 durante os quatro dias de Folia foi de 10,2 mil pessoas.

Por Andréa Ciaffone e Miriam Gimenes - Diário Online
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