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DATA DA PUBLICAÇÃO 15/04/2012 | Economia
Com juros menores, governo pressiona os bancos privados
Com juros menores, governo pressiona os bancos privados   Bancos públicos reduziram taxas de juros para estimular o consumo interno. Foto: Luciano Vicioni
Bancos públicos reduziram taxas de juros para estimular o consumo interno. Foto: Luciano Vicioni
Governo Dilma quer manter mercado interno aquecido com o aumento do crédito e garantir empregos

O governo federal corta os juros para estimular o consumo interno com o aumento do crédito. A iniciativa ficou clara com o anúncio, esta semana, da redução das taxas dos bancos públicos. As reduções nas linhas de crédito para pessoa física chegam até 88% na Caixa Econômica Federal e 37% no Banco do Brasil.

Para o economista da Universidade Metodista, Sandro Maskio, a expectativa é de que os bancos privados sigam os públicos e cortem juros, para não perderem mercado.

“A tendência é de que, pela pressão da redução dos juros dos bancos públicos, os privados também anunciem em breve quedas nas taxas. A expectativa é de que com taxas menores, principalmente do cartão de crédito e cheque especial, a população tenha esse estímulo e consuma mais, assim garantindo um mercado interno aquecido e os empregos garantidos”, afirmou Maskio.

Incentivos - A taxa anual do cheque especial da Caixa baixou 67% com taxas praticadas agora a 1,35% ao mês (mínima). A do cartão de crédito reduziu em 40%. No financiamento de veículos caiu para 0,98%, a mínima do mês.

Além disso, a Caixa criou um novo cartão de crédito para clientes que recebem salários no banco com taxas anuais 87% mais baixas, sendo 2,85% ao mês.“Essa é uma ótima oportunidade para as famílias reorganizarem suas finanças por intermédio do acesso a linhas de crédito com melhores taxas e maiores prazos, sendo possível quitar suas dívidas mais caras”, disse o presidente da Caixa, Jorge Hereda,

O Banco do Brasil teve uma redução média de 35%. Os cortes foram em linhas como financiamento de veículos, cartões e para pequenas e médias empresas. O financiamento de veículo terá juros 19% mais baixos, com taxa a partir de 0,99% ao mês.

Bancos privados - Representantes da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) participaram de uma reunião no Ministério da Fazenda nesta semana para negociar contrapartidas como reduções tributárias do governo federal para que adotem medidas para redução dos juros dos bancos privados.
Cerca de 20 propostas de redução do spread bancário (a diferença entre a taxa de captação do recurso e a cobrada dos clientes ao conceder o empréstimo) foram apresentadas ao governo.

De acordo com a Febraban, o principal componente do spread bancário é o custo da inadimplência, que poderia cair, por exemplo, com medidas que permitissem o uso de garantias, tais como reservas de planos de previdência.

O ministro Mantega negou o pedido e fez duras críticas aos bancos privados. “Se não tivessem lucratividade, poderíamos reduzir tributos e mexer no compulsório. Mas eles (bancos) têm margem sim para aumentar o crédito. É possível fazer isso e vamos continuar com uma agenda positiva para melhorar a situação.”

Consultada sobre o assunto, a Febraban disse ao ABCD MAIOR que não tem porta-voz para responder sobre o assunto.

Trabalhadores - O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC prepara junto com outras categorias uma mobilização nacional para que os bancos privados também reduzam as taxas de juros. As estratégias serão discutidas em encontro que será realizado na segunda-feira (16/04) na sede da entidade.

“Os juros praticados pelos bancos e a taxa Selic são os maiores do mundo e lutamos para que ambas sejam mais justas. Menos juros é mais dinheiro no bolso, mais consumo, produção e emprego”, disse o presidente Sérgio Nobre.

Cooperativas de crédito têm taxas baixas

Apesar das reduções anunciadas nas taxas de juros, algumas categorias de trabalhadores já são beneficiadas por essas iniciativas. Cooperativas de crédito utilizam taxas de juros inferiores às praticadas no mercado, mais vantajosas para o bolso do consumidor.

A auxiliar administrativa CredABC, dos filiados ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Michele Maziero Malta, afirmou que as cooperativas não devem ser substituídas pelos bancos públicos.

Na CredABC, por exemplo, as taxas variam de 1% a 2,3% ao mês. Michele afirmou que 60% dos empréstimos são realizados para os trabalhadores pagaram dívidas de financiamentos, cartão de crédito e cheque especial. “A maioria utiliza o crédito para quitar as dívidas nos bancos públicos e privados, por isso as cooperativas de crédito são importantes”.

As cooperativas de crédito prestam serviços financeiros de captação e de crédito apenas aos respectivos associados, podendo receber repasses de outras instituições financeiras. A CredABC tem oito anos e 2.700 cooperados. Para ser associado é necessário pagar uma taxa inicial de R$ 200 e contribuição mensal, a partir de R$10.

Por Michelly Cyrillo - ABCD Maior
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