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DATA DA PUBLICAÇÃO 22/03/2014 | Educação
Com impasse sobre local, USP Leste adia início das aulas para o dia 31
É terceira vez que as aulas dos cursos da Each são adiadas neste ano.

Unidade diz que 'plano B' apresentado pela Reitoria na quinta é 'inviável'.


A Comissão de Graduação da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (Each) da Universidade de São Paulo (USP) anunciou, na noite desta sexta-feira (21), que decidiu adiar o início das aulas do primeiro semestre de 2014 dos cursos oferecidos no campus da USP Leste. Em comunicado, a diretoria da escola disse que o início do semestre letivo agora deve acontecer no dia 31 de março, e não na próxima segunda-feira (24), conforme anunciado na quinta (20). Interditado desde janeiro por causa da contaminação do solo, o campus está não foi liberado pela Justiça para as atividades da Each.

Na quinta, a Reitoria da USP anunciou que as aulas teriam início em locais provisoriamente cedidos por outras unidades da instituição e por outras instituições públicas e privadas. Os cursos seriam distribuídos entre as faculdades de ciências da saúde da USP nas Clínicas, na Zona Oeste de São Paulo, no prédio da Facultade de Tecnologia (Fatec) em Itaquera e no campus da Universidade da Cidade de São Paulo (Unicid) perto da estação Carrão do Metrô, ambos na Zona Leste da Capital.

Porém, segundo a diretoria da Each, uma primeira análise das instalações oferecidas mostrous que havia "número insuficiente de salas, salas com capacidade limitada e sem recursos, inexistência de laboratórios e espaços para a prática". Além disso, havia "dificuldades evidentes de deslocamento para atividades docentes e discentes, dificuldades logísticas para os funcionários", o que tornou "absolutamente inviável o início das aulas no dia 24/03".

Ainda de acordo com a nota, outras opções estão sendo analisadas e que serão discutidas com professores, funcionários e estudantes na próxima semana.

Leia abaixo a íntegra do comunicado da diretoria da Each:

"Com as informações disponíveis, até o momento, das instalações que estão sendo oferecidas pela SEF, que se traduzem em número insuficiente de salas, salas com capacidade limitada e sem recursos, inexistência de laboratórios e espaços para a prática, fragmentação dos turnos, dificuldades evidentes de deslocamento para atividades docentes e discentes, dificuldades logísticas para os funcionários, entre outras, a Comissão de Graduação entende que é absolutamente inviável o início das aulas no dia 24/03.

Estamos analisando outras opções possíveis e que se adequem às necessidades do ensino, do serviço de graduação e do bom atendimento aos discentes. Informamos, por fim, que qualquer opção será discutida com professores, discentes e funcionários na próxima semana. Novo comunicado deve ser expedido após a devida apreciação de todos os envolvidos.

Em vista desta comunicação, informamos que o início das aulas fica novamente adiado para o dia 31 de março enquanto procede-se a ajustes logísticos e novos estudos para a alocação das atividades da EACH.

Lamentamos profundamente os transtornos causados pela situação e trabalharemos em conjunto para a busca de soluções negociadas com a comunidade."

Entenda o caso da USP Leste
O campus da USP Leste está interditado desde 9 de janeiro deste ano, depois que uma decisão judicial de novembro de 2013 deu um prazo para a USP resolver o problema de contaminação no solo. O novo reitor da instituição, Marco Antonio Zago, tomou posse em 25 de janeiro, e afirmou, em entrevista coletiva, que uma das prioridades da nova gestão era desinterditar o local para permitir o retorno dos estudantes.

A USP recorreu da decisão judicial, mas ainda não conseguiu desinterditar o campus. De acordo com Zago, o objetivo principal é garantir que o local seja seguro para a reabertura. Cerca de 4,5 mil pessoas frequentam o local diariamente

Entre janeiro e meados de fevereiro, a reposição de aulas de cursos que ainda não tinham terminado o semestre anterior foi feita no campus da Cidade Universitária, na Zona Oeste da Capital, usando as salas de aula do Instituto de Psicologia. Porém, desde meados de fevereiro, quando o ano letivo dos cursos da Cidade Universitária foi retomado, os veteranos da USP Leste ficaram sem espaço para as aulas.

Os cerca de mil calouros aprovados na Fuvest para cursos da Each ainda não estiveram no campus. Sua matrícula foi feita na Faculdade de Saúde Pública da USP, nas Clínicas, na Zona Oeste, e é lá também que uma comissão formada por professores e funcionários da Each tem se reunido para discutir o tema da interdição.

Desde o campus foi fechado, a USP contratou uma empresa de consultoria ambiental para estudar os problemas do solo. Em recurso apresentado à Justiça no dia 7 de março, em resposta à denúncia do Ministério Público, a Reitoria afirmou que, segundo o relatório apresentado pela empresa, "os frequentadores do local não estão submetidos a qualquer tipo de risco de contaminação, uma vez que não estão expostos a tais substâncias".

Além disso, a instituição afirma que "a concentração de gás metano nas lajes dos edifícios é perfeitamente controlável pelo sistema de extração que vem sendo implantado".

Por G1, em São Paulo
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