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DATA DA PUBLICAÇÃO 08/07/2015 | Setecidades
Com frio intenso, procura por albergues aumenta na região
Com frio intenso, procura por albergues aumenta na região Foto: Celso Luiz/DGABC
Foto: Celso Luiz/DGABC
Com as baixas temperaturas registradas nos últimos dias, o maior desejo é correr para baixo de um cobertor ou edredom, mas, infelizmente, nem todos têm como se proteger. Com isso, a procura pelas vagas de albergues tem aumentado na região.

No fim de semana, que foi de frio intenso, 150 pessoas receberam acolhida no período da noite em São Bernardo, preenchendo totalmente o número de vagas na Instituição de Acolhimento, localizada no Centro, que tem 20 lugares destinados às mulheres e o restante aos homens. Foram preenchidas também as 30 vagas masculinas na Casa de Integração Social, no Riacho Grande. Já na segunda-feira, o número de atendimentos passou para 170 pessoas.

O município pode ter registrado a primeira morte por hipotermia. No dia 26, uma moradora de rua, identificada como Alda Gomes, 53 anos, foi encontrada morta na Praça da Bíblia, no bairro Taboão. A Polícia Civil investiga o fato, mas não descartou a possibilidade de o óbito ter sido causado pelo frio, já que a mulher estava com pouco agasalho e seu corpo não apresentava sinais de violência.

Em Santo André, a Casa Amarela também registrou maior procura. Na sexta-feira foram atendidas 87 pessoas e no sábado, 90. No domingo, fora, 88 atendimentos e, anteontem, 93. A cidade dispõe de 80 vagas em dois albergues noturnos conveniados, além de espaços em pensões.

Apesar da possibilidade de dormir embaixo de um teto, há quem tenha enfrentado o frio nas ruas. Marcelo Pretel, 41, que fica pelos arredores da Rua Artur de Queirós, tem dois cobertores – um serve para forrar o chão e o outro para se cobrir. Para não ficar andando o dia todo carregando as mantas, ele as deixa escondidas, mas o local é descoberto. Com a garoa que caiu na tarde de ontem, a chance de encontrá-las secas era quase nula. Mesmo assim, Pretel só se rende ao albergue “quando está muito frio.”

O colega Fábio Netto das Neves, 46, prefere ficar só nas ruas e também estava com receio de perder as três cobertas por conta da chuva. Consumindo cachaça enquanto conversava com a reportagem do Diário, ele conta que não bebe com o intuito de esquentar o corpo. “O frio é tanto que nem pinga dá jeito.”

Em Mauá, o número de moradores de rua que tem buscado o albergue da cidade – que oferece 23 vagas, manteve estabilidade, sendo 13 pessoas na sexta-feira, 11 no sábado e 13 no domingo. Na segunda-feira houve leve aumento: 17.

Em Ribeirão Pires, a Prefeitura informou que a meta de atendimento da Casa da Acolhida é de 40 pessoas por mês e que, durante o inverno, pode atender até 60 moradores de rua ao fim de um mês.

São Caetano não possui albergue. Diadema e Rio Grande da Serra não retornaram as informações.

Equipes sociais reforçam abordagens

Com o objetivo de garantir proteção ao maior número de pessoas em situação de rua, a abordagem a esse público é intensificada nos períodos de frio. Em São Bernardo, a equipe que desempenha o trabalho conta com 16 educadores de segunda-feira a domingo, das 8h às 23h, na tentativa de sensibilizar para o acolhimento. Caso as pessoas não aceitem, a Prefeitura ressalta que existe a procura espontânea pelo serviço até as 19h, todos os dias da semana.

O Executivo estima que há na cidade média de 340 pessoas em situação de rua, mas salienta que este número pode ser flutuante devido à população ser transitória.

Na cidade de Santo André, embora a atuação dos agentes aconteça diariamente, no inverno os educadores sociais reforçam a sensibilização para o acolhimento e, havendo negativa do morador de rua, o mesmo assina termo de responsabilidade, assumindo o risco pessoal. Estima-se que há no município 200 moradores de rua,

Em Mauá, a abordagem é feita durante o dia, por meio de outro serviço ofertado pela Secretaria de Cidadania e Ação Social, o Centro Pop (Centro de Referência Especializado para população em situação de Rua), com horário de atendimento das 8h às 17h. O Centro Pop dispõe de carro, que leva monitores e orientadores sociais a áreas de concentração do público-alvo, na tentativa de convencimento para adesão aos serviços. A administração municipal calcula que existam, aproximadamente, 120 pessoas em situação de rua em seu território.

Por Vanessa de Oliveira - Diário do Grande ABC
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