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DATA DA PUBLICAÇÃO 29/08/2008 | Veículos
Com fôlego renovado, Gol vence
Optar por um hatch compacto 1.0 significa, na maioria das vezes, abrir mão do espaço, do conforto, da potência e de todos os outros possíveis benefícios de um carro para conseguir, no fim do mês, economizar com gasolina, seguro, entre outros detalhes. No entanto, com as facilidades que o mercado brasileiro oferece hoje, gastar um pouco mais e ter, quem sabe, um veículo 1.6 um pouco mais equipado - com itens como direção hidráulica - já se tornou uma realidade.

E pensando nesse consumidor que deseja abandonar o ‘popular', o Diário colocou frente a frente três legítimos representantes dos hatches ‘saudáveis': Ford Fiesta 1.6 Flex; Renault Sandero Expression 1.6 Hi-Torque; e o renovado Volkswagen Gol 1.6 Power Total Flex. Confira agora, e sem restrições, o desfecho deste interessante duelo.

No primeiro quesito, design, o Gol mostra logo sua força. Completamente renovado, com linhas modernas e de muito bom gosto, o representante da Volks justifica o fato de se consolidar no ranking dos mais vendidos. O ‘Geração 5' simplesmente atropela o visual cansado - apesar de renovado em 2007 - do Fiesta e os ângulos agudos e exóticos do Sandero, que o transformam no carro do ‘ame-o ou deixe-o'.

No entanto, quando o assunto é conforto e espaço, o Gol derrapa um pouco e deixa o Sandero reagir. Com dimensões muito mais sugestivas para o consumidor que gosta de se sentir em casa dentro do carro, o Renault se transforma na opção de compra correta (confira as medidas no quadro abaixo). Também com medidas interessantes, o Fiesta revela um certo talento para a comodidade, algo que o Gol deixa a um pouco desejar.

Quando mudamos o rumo da prosa para design do interior e acabamento, o VW volta a liderar a corrida por um nariz de vantagem. Apesar de abusar dos plásticos - assim como seus adversários -, o Gol tem detalhes que agradam, como o acabamento cromado de alguns botões do painel central. Destaque positivo para o novo painel de instrumentos, que manteve a consagrada combinação das cores azul e vermelha.

O Fiesta, com sua parceria verde-vermelho na iluminação do painel, e o Sandero, com o predomínio do laranja, não fazem sequer sombra ao mais vendido.

Em tempo: o acabamento interno e o encaixe das peças do Fiesta e do Sandero são satisfatórios, não ficando muito atrás do rival da Volks.

De olho na linha de chegada, o Gol dá uma arrancada final no quesito desempenho. Com o novo motor VHT de 104 cv de potência a 5.250 rpm e torque de 15,6 mkgf a 2.500 rpm, quando abastecido com álcool, o Volks mostra talento e desenvoltura. Seu câmbio de fácil engate e suspensão bem acertada - ligeiramente rígida - provocam o motorista a arriscar uma condução mais esportiva. Destaque negativo para o elevado ruído do motor.

O Ford, com seu já diversas vezes elogiado motor RoCam 1.6 de 111 cv a 5.500 rpm e torque de 15,7 mkgf a 4.250 rpm, é também uma excelente opção para quem quer desempenho. E, ao contrário do Gol, seu ruído é mais agradável aos ouvidos. O propulsor Hi-Torque do Sandero não deixa a desejar diante da concorrência, mas é o menos potente dos três.

Por fim, com a vitória praticamente garantida, avaliamos os equipamentos. Os três trazem listas bastante parecidas - não muito recheadas. Tanto Gol, quanto Sandero, têm de série direção hidráulica - algo oferecido como opcional no Fiesta. E apesar de seus equipamentos serem ligeiramente mais caros, o Volks oferece uma maior gama de opcionais do que a concorrência.

Freios ABS e rodas de liga leve, por exemplo, são opções na Ford e na VW, mas não constam na lista de ‘mimos' da Renault, que, assim como as outras duas concorrentes, oferece ar-condicionado e air bag frontal.

Fator ''novidade'' influencia vendas

No momento de traçar uma estratégia de mercado, a montadora tem algumas opções: lançar um novo produto, reestilizar completamente um modelo já consagrado, ou apenas dar um tapa na estética - o chamado ‘facelift'.

Neste comparativo, cada um dos veículos sofreu a ação de alguma destas estratégias de mercado.

A de maior sucesso, com certeza, é a da Volkswagen. Utilizando um modelo devidamente consagrado em solo ‘verde-amarelo', a montadora simplesmente reformulou todo o veículo, presenteando-o com um novo fôlego de vendas.

Em junho deste ano, quando a Volks preparava para lançar o ‘Geração 5', 24.473 unidades do Gol ‘G4' foram emplacadas. No mesmo mês, o Fiat Palio, seu principal concorrente, teve 20.281 emplacamentos. Uma diferença considerada pequena pelos especialistas.

No entanto, no mês seguinte, com a chegada do novo Gol às concessionárias, o salto foi astronômico. Nada menos do que 31.081 veículos Gol foram emplacados, contra 22.077 modelos Palio. No acumulado do ano até o momento, o hatch da VW lidera com 183.682 unidades vendidas.

O Fiesta, por sua vez, vive uma situação completamente diferente. A Ford, em vez de apresentar um novo produto ao mercado, aproveitando a força do seu nome no País, apenas deu um tapa no visual do hatch no início de 2007. O resultado disso foi uma estagnação nas vendas. O Fiesta, somente para se ter uma idéia, é atualmente o 9º colocado no ranking de vendas na primeira quinzena de agosto, com 2.323 carros emplacados.

Apresentado às concessionárias em fevereiro de 2008, o Sandero prova que o lançamento de um novo produto é uma estratégia interessante para quem busca mercado no Brasil.

No seu primeiro mês de venda, o hatch da Renault teve 1.799 unidades emplacadas, o que lhe garantiu a 25ª colocação entre os mais vendidos daquele período. No entanto, nos dois meses seguintes, com seu nome melhor divulgado, foram emplacadas 3.195 e 4.452 unidades, respectivamente. Na primeira quinzena de agosto, foram 1.916 emplacamentos.

Aí fica aquela pulga atrás da orelha: mas o Fiesta, somente reestilizado, ainda vende mais do que o Sandero, que é novidade. Realmente, os números revelam isso, no entanto, é preciso destacar que o Fiesta está no mercado brasileiro há anos e a Ford tem um nome consolidado por aqui há décadas. A Renault, por sua vez, é uma empresa que agora começa a se estabelecer com maior vigor no País. E se a tendência se mantiver, é possível que as vendas do Sandero cresçam mais dentro de alguns meses.

Por Marcelo Monegato - Diário do Grande ABC
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