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DATA DA PUBLICAÇÃO 11/03/2013 | Esportes
Com emoção em um tempo só, São Paulo e Palmeiras ficam no zero
Choque-Rei sai do marasmo para uma disputa emocionante no segundo tempo, com chances e expulsão, mas equipes não conseguem marcar

Não foi exatamente como na final da Copa Sul-Americana, mas podemos dizer que o clássico entre São Paulo e Palmeiras também teve só 45 minutos. Os do segundo tempo. Após uma metade de jogo enfadonha, sonolenta, até covarde por parte das equipes - o público sentiu alívio pelo apito do árbitro -, houve emoção na etapa final no Morumbi. Muito mais por vontade, disposição e indisciplina tática do que por grande qualidade. Talvez por isso, mesmo com emoção, o Choque-Rei tenha terminado sem gols.

Ney Franco ficou no meio do caminho entre dar importância ao clássico e priorizar a Libertadores. Tanto que deixou seus melhores jogadores, Jadson e Osvaldo, no banco, mas os colocou no início do segundo tempo. Também escalou Wellington e Luis Fabiano, que não poderão atuar contra o Arsenal. E deu tempo de jogo a Jadson, Osvaldo e Aloísio, que formarão o ataque na Argentina. O resultado não poderia ser dos melhores. Um time irregular e até dominado logo após a expulsão de Lúcio, que tentou dar cotovelada em Valdivia. Clique aqui e veja as notas dos jogadores do São Paulo.

Gilson Kleina entrou com uma formação mais cautelosa do que de costume, com Charles no lugar de Wesley. Foram poucos minutos de ousadia até se encolher completamente no primeiro tempo. Tudo mudou no intervalo. Com mais gente no ataque e Valdivia com a batuta, distribuindo os lances, o Verdão ficou muito mais perto do gol. Clique aqui e veja as notas dos jogadores do Palmeiras.

Durante a última semana, o São Paulo havia sido vaiado pela torcida. Já com o Palmeiras foi pior, houve até tentativa de agressão no aeroporto. Com isso, já era de se esperar um público bem aquém do que a história do clássico merece, mas de acordo com o que os times apresentaram: 18.020 pessoas pagaram ingresso no Morumbi.

Os dois voltarão a campo na quinta-feira. O Tricolor precisa vencer o Arsenal na Argentina para melhorar sua situação na Libertadores. Já o Verdão recebe o Paulista, no Pacaembu, e também necessita do triunfo para subir na tabela do estadual e tentar se firmar na zona dos oito que se classificam para as quartas de final.

O São Paulo se manteve na liderança do Paulistão, com 23 pontos e ainda um jogo a menos do que os concorrentes. O Palmeiras é o sétimo, com 17. E o tabu tricolor, que não perde para o rival no Morumbi desde 2002, permanece.

Nada, absolutamente nada!

Nos primeiros cinco minutos de jogo, o Palmeiras tinha quase 100% da posse de bola. Com seus atletas no campo do São Paulo, tentando dar velocidade às jogadas, entrando na área de Rogério Ceni. Mas bastou um susto, uma ameaça dos donos da casa, para o Verdão se encolher. Depois que Ganso deu lindo passe de calcanhar para Douglas, a bola chegou em Luis Fabiano, que chutou mal, em cima de Fernando Prass. A partida mudou.

Com os 11 jogadores no campo de defesa, o Palmeiras se fechou, e a única possibilidade de emoção no primeiro tempo passou a depender do São Paulo, que tocou para lá, tocou para cá, mas não conseguiu passar pelos zagueiros. Nada de anormal, já que os melhores jogadores do time, Jadson e Osvaldo, foram poupados para o jogo decisivo da próxima quinta-feira, contra o Arsenal.

Ney Franco, apesar de ter dito em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM que um time não pode ser dependente de uma maneira de jogar, mais uma vez não abriu mão da linha de três homens atrás do centroavante, esquema tático vitorioso no ano passado, mas que não tem se sustentado sem Lucas, o craque daquela equipe. Com Douglas adiantado, abriu-se espaço para Rodrigo Caio ser o melhor jogador dos primeiros 45 minutos na lateral direita. Nem depois de levar uma cotovelada acidental de Charles, e atuar com uma enorme proteção na boca ensanguentada, ele parou de se destacar.

Do outro lado, a vida de Valdivia realmente não anda fácil. Alvo principal de boa parte da torcida do Palmeiras, ele sofreu muitas faltas. Com boa movimentação, o chileno também não chegou a brilhar na etapa inicial, mas conseguiu bom passe para Vinícius, que recebeu em velocidade, e não conseguiu passar por Rafael Toloi. O apito final do árbitro foi um alívio para todos.

Emoção, expulsão... Mas sem gols

Os jogadores medianos não voltaram craques do intervalo, o estádio não encheu, mas o Choque-Rei ficou muito mais interessante. Do lado do Palmeiras por ousadia, descrita na entrada de Patrick Vieira no lugar de Charles, e vontade de vencer. Do lado do São Paulo por seus veteranos nervosinhos. Valdivia, que havia prometido a vitória na sexta-feira, criou bons lances, desperdiçados por Patrick Vieira, Vinícius e Juninho. A mudança de Kleina fez com que o Verdão aumentasse o campo, passasse a atuar pelos lados, abrisse a marcação tricolor. Em poucos minutos, muito mais futebol do que no primeiro tempo.

Mas o chileno mudou o jogo mesmo ao seu estilo: fez falta em Lúcio e o irritou a ponto de o zagueiro, capitão da seleção brasileira na última Copa do Mundo, soltar o cotovelo direito para trás. Não acertou, mas poderia ter acertado. O árbitro mostrou cartão vermelho.

Ney Franco começou a mexer. Jadson e Ganso, mais uma vez, não jogaram juntos. O camisa 10 entrou no lugar do 8, que saiu irritado com a substituição. Wellington, com cartão amarelo, foi trocado por Edson Silva, que recompôs a dupla de zaga com Toloi. E Luis Fabiano também saiu. Além de ter acabado de levar cartão por um carrinho estabando, Ney Franco quis deixar Jadson, Osvaldo e Aloísio juntos. Será essa sua formação ofensiva contra o Arsenal, pela Libertadores.

Com Kleber enfiado na área e muitos jogadores circulando em torno dele, inclusive Leandro, que entrou, o Verdão tentou abafar o São Paulo. Os volantes subiram seu posicionamento, os laterais também, mas a presença de Osvaldo do outro lado inibiu tanta ousadia.

O campo ficou completamente aberto e, apesar da vantagem numérica do Palmeiras, quanto mais perto do fim do jogo, maior era o equilíbrio. O Verdão teve muito campo para jogar, sobretudo nas costas de Douglas, que se lançava ao ataque, sem nenhuma noção de que o time tinha um a menos. Valdivia se cansou, os laterais do São Paulo se fixaram mais, Rafael Toloi cresceu muito na zaga, e o ímpeto diminuiu. O empate acabou sendo justo.

Por Alexandre Lozetti - G1
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