DATA DA PUBLICAÇÃO 29/10/2012 | Cidade
Com Donisete Braga, Mauá consolida PT
O deputado estadual Donisete Braga (PT) venceu a disputa contra a colega de Assembleia Vanessa Damo (PMDB) e foi eleito prefeito de Mauá. Depois de campanha tensa no segundo turno, com ataques desferidos pelos dois lados, o petista obteve 120.115 votos (57,14% dos válidos), contra 90.098 (42,86%) da rival.
O resultado consolida a hegemonia do PT na cidade. O partido ganhou nas urnas as últimas cinco eleições disputadas para prefeito de Mauá. Além de Donisete, elegeu Oswaldo Dias em 1996, 2000 e 2008. Em 2004, Márcio Chaves Pires venceu o primeiro turno contra Leonel Damo (PV), mas teve o registro de candidatura cassado no segundo turno.
A estatística revela a grave dificuldade dos grupos formados pelas famílias tradicionais da cidade em recuperar o poder. O bloco, atualmente liderado por Vanessa, foi comandado por seu pai na década passada, e teve José Carlos Grecco (1993 a 1996) como último prefeito eleito - Damo governou entre 2005 e 2008 por decisão judicial.
GOVERNO PARA TODOS
Logo após as primeiras urnas serem apuradas, a militância petista começou a tomar a Avenida Portugal, onde está localizado o comitê central de Donisete. O clima festivo, embalado por sambas-enredo, foi intensificado a cada atualização da apuração feita pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A poucos metros dali, o contraste. Na Avenida Dom José Gaspar, poucos apoiadores de Vanessa circulavam cabisbaixos (leia reportagem abaixo).
A vitória do PT foi sacramentada às 18h45. Com 87% das urnas apuradas, Donisete atingiu 57,1% e já não poderia mais ser alcançado pela adversária, que registrou 42,9% na parcial. A exemplo do que ocorreu no primeiro turno, o petista deixou o comitê carregado por militantes e, após ser jogado para o alto várias vezes, foi colocado no palco. Era o êxtase.
"Serei o prefeito de todos, de quem votou em mim e de quem não votou. Quero devolver a Mauá as oportunidades que a cidade me deu", discursou o eleito, depois de jogar a camiseta que vestia para a militância. Donisete nasceu em Flora Rica, no Interior, e chegou em Mauá em 1976, aos 9 anos, após a plantação em que a família trabalhava ser destruída por uma geada.
O petista considerou que "Mauá está pronta para o crescimento" e que sua meta ao assumir o mandato, em 1º de janeiro, será "cumprir rigorosamente o plano de governo". Também exaltou o triunfo coletivo. "Não sou o vitorioso, faço parte da vitória."
DILMA E DESABAFO
Enquanto discursava no palanque, Donisete recebeu ligação da presidente da República, Dilma Rousseff (PT), que o parabenizou pela conquista. Apesar de manter tom polido na fala, o prefeito eleito desabafou quando tocou versão preparada por sua campanha da música É Mentira Dela, de Teodoro e Sampaio. O petista simulou orquestrar a militância, dançou com as irmãs e cantou o refrão com ênfase.
RACHA E UNIÃO
Donisete Braga articulou sua candidatura de última hora para substituir Oswaldo Dias. Apesar de o prefeito ter sido referendado candidato à reeleição em encontro de delegados do PT em abril, a maioria do diretório local, motivada pela baixa aprovação do governo (que poderia resultar na derrota na eleição), aderiu ao movimento do deputado. O vice-prefeito, Paulo Eugenio Pereira Júnior (PT), foi o principal fiador da troca.
O racha no partido durou algumas semanas, mas foi cicatrizado antes do início da campanha, em 6 de julho. A união interna precisou ser costurada pelo prefeito reeleito de São Bernardo, Luiz Marinho, com a ajuda dos presidentes estadual e nacional do PT, os colegas de Donisete na Assembleia Edinho Silva e Rui Falcão, respectivamente. E só foi possível com a indicação do então secretário de Obras Hélcio Silva (representante da ala de Oswaldo) como candidato a vice - Paulo Eugenio pleiteava sua manutenção no posto.
O resultado consolida a hegemonia do PT na cidade. O partido ganhou nas urnas as últimas cinco eleições disputadas para prefeito de Mauá. Além de Donisete, elegeu Oswaldo Dias em 1996, 2000 e 2008. Em 2004, Márcio Chaves Pires venceu o primeiro turno contra Leonel Damo (PV), mas teve o registro de candidatura cassado no segundo turno.
A estatística revela a grave dificuldade dos grupos formados pelas famílias tradicionais da cidade em recuperar o poder. O bloco, atualmente liderado por Vanessa, foi comandado por seu pai na década passada, e teve José Carlos Grecco (1993 a 1996) como último prefeito eleito - Damo governou entre 2005 e 2008 por decisão judicial.
GOVERNO PARA TODOS
Logo após as primeiras urnas serem apuradas, a militância petista começou a tomar a Avenida Portugal, onde está localizado o comitê central de Donisete. O clima festivo, embalado por sambas-enredo, foi intensificado a cada atualização da apuração feita pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A poucos metros dali, o contraste. Na Avenida Dom José Gaspar, poucos apoiadores de Vanessa circulavam cabisbaixos (leia reportagem abaixo).
A vitória do PT foi sacramentada às 18h45. Com 87% das urnas apuradas, Donisete atingiu 57,1% e já não poderia mais ser alcançado pela adversária, que registrou 42,9% na parcial. A exemplo do que ocorreu no primeiro turno, o petista deixou o comitê carregado por militantes e, após ser jogado para o alto várias vezes, foi colocado no palco. Era o êxtase.
"Serei o prefeito de todos, de quem votou em mim e de quem não votou. Quero devolver a Mauá as oportunidades que a cidade me deu", discursou o eleito, depois de jogar a camiseta que vestia para a militância. Donisete nasceu em Flora Rica, no Interior, e chegou em Mauá em 1976, aos 9 anos, após a plantação em que a família trabalhava ser destruída por uma geada.
O petista considerou que "Mauá está pronta para o crescimento" e que sua meta ao assumir o mandato, em 1º de janeiro, será "cumprir rigorosamente o plano de governo". Também exaltou o triunfo coletivo. "Não sou o vitorioso, faço parte da vitória."
DILMA E DESABAFO
Enquanto discursava no palanque, Donisete recebeu ligação da presidente da República, Dilma Rousseff (PT), que o parabenizou pela conquista. Apesar de manter tom polido na fala, o prefeito eleito desabafou quando tocou versão preparada por sua campanha da música É Mentira Dela, de Teodoro e Sampaio. O petista simulou orquestrar a militância, dançou com as irmãs e cantou o refrão com ênfase.
RACHA E UNIÃO
Donisete Braga articulou sua candidatura de última hora para substituir Oswaldo Dias. Apesar de o prefeito ter sido referendado candidato à reeleição em encontro de delegados do PT em abril, a maioria do diretório local, motivada pela baixa aprovação do governo (que poderia resultar na derrota na eleição), aderiu ao movimento do deputado. O vice-prefeito, Paulo Eugenio Pereira Júnior (PT), foi o principal fiador da troca.
O racha no partido durou algumas semanas, mas foi cicatrizado antes do início da campanha, em 6 de julho. A união interna precisou ser costurada pelo prefeito reeleito de São Bernardo, Luiz Marinho, com a ajuda dos presidentes estadual e nacional do PT, os colegas de Donisete na Assembleia Edinho Silva e Rui Falcão, respectivamente. E só foi possível com a indicação do então secretário de Obras Hélcio Silva (representante da ala de Oswaldo) como candidato a vice - Paulo Eugenio pleiteava sua manutenção no posto.
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