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DATA DA PUBLICAÇÃO 20/03/2015 | Economia
Com dólar em alta, escolas dão descontos para atrair intercâmbio
Com dólar em alta, escolas dão descontos para atrair intercâmbio Os irmãos Alberto (ao centro, de óculos) e Calini (à direita) cortaram passeios do pacote original, mas seguem para os Estados Unidos para melhorar o inglês. Foto: Edu Guimarães
Os irmãos Alberto (ao centro, de óculos) e Calini (à direita) cortaram passeios do pacote original, mas seguem para os Estados Unidos para melhorar o inglês. Foto: Edu Guimarães
Subida na moeda norte-americana muda planos de jovens, mas não desestimula viagens de estudos

Mesmo com a alta do dólar nos últimos seis meses, quem planeja realizar intercâmbio consegue alternativas para não ultrapassar o valor de investimento planejado. A principal influência parte direto das agências de viagens e escolas no Exterior que realizam descontos para não perder público brasileiro. De acordo com analistas do setor, a economia nos pacotes chega a R$ 2 mil, o que equipara a cotação da moeda antes dos aumentos.

Maura Leão, diretora da Belta, empresa que reúne as principais companhias brasileiras de cursos no Exterior, diz que as instituições de ensino internacionais perceberam uma forte queda no número de matrículas de brasileiros desde o final do ano passado, e a reação têm sido as promoções. “É natural que as pessoas se assustem com os valores altos e a movimentação nas agências caia, mas a partir do momento que as escolas de fora percebem isso a reação é quase imediata, por isso os descontos”, explicou.

Na CI (Central de Intercâmbios) está em prática, inclusive, a isenção da taxa de serviço fixa de 200 dólares para novos contratos assinados, o que na cotação atual do dólar (R$ 3,29) chega a um desconto de quase R$ 700. O diretor da agência, Dario Pedron Orsini, recomenda aos estudantes optarem por estadias em casas familiares e preferir um curso semi-intensivo para diminuir os gastos no pacote final. “Com as promoções das escolas internacionais, as facilidades de cada agência, além da pesquisa mais detalhada de cada estudante, a economia na viagem pode chegar a R$ 2 mil no total”, afirmou.

Já na unidade da STB (Student Travel Bureau) em Santo André, o ritmo de venda de pacotes continuou em alta prevista de 15% nos últimos meses. A gerente Debora Lago explica que o perfil do cliente da cidade é de pesquisar muito bem todos os gastos e se programar previamente. “Mesmo com o aumento da moeda norte-americana, as pessoas que pensam em fazer intercâmbio poupam o dinheiro necessário antecipadamente e agora conseguimos taxas melhores com as escolas e com as companhias aéreas, o que fez o preço final do pacote voltar ao patamar do dólar em época de baixa”, disse.

Irmãos já estão com as malas prontas
O dólar em alta não mudou os planos dos irmãos Alberto e Calini dos Santos de passar dois meses em Los Angeles para aprimorar a fluência no idioma inglês, mas fez com que alguns passeios fossem cortados. “Fechamos o pacote em janeiro e com certeza vamos gastar mais do que havíamos planejado, por conta do transporte e alimentação, e para não fugir muito do orçamento deixaremos de ir a pelo menos três pontos turísticos que gostaríamos”, disse o estudante Alberto do Santos, 23 anos.

No caso do estudante Willian Paternezi, 20 anos, que está na Austrália desde fevereiro, o imprevisto com a alta no dólar influenciou nos gastos dentro do país. O brasileiro fechou o pacote de estudos no meio do ano passado e conseguiu aproveitar os preços baixos, mas os custos com transporte e alimentação necessitaram de incremento depois do embarque. “Precisei que meus pais me ajudassem com pelo menos R$ 1 mil a mais neste primeiro mês, além de eu ter que conseguir um trabalho antes do previsto para conseguir me sustentar”, contou.

Para o economista da faculdade Strong Esags, Eduardo Becker, a tendência é que o dólar continue em alta nos próximos meses. E alertou: a compra da moeda deve ser feita o quanto antes para as pessoas com viagem agendada. “Não adianta esperar o dólar baixar, porque essa não é a expectativa para o curto período e quem puder optar por outros destinos com moedas mais baratas é o melhor caminho”, analisou. Entre os destinos alternativos com cotação da moeda mais barata estão Canadá, Austrália e Nova Zelândia.



Por Iara Voros - ABCD Maior
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