DATA DA PUBLICAÇÃO 04/03/2016 | Cidade
Com doações, arquiteto ergue creche social em Mauá
O atendimento às 170 crianças no Recanto da Tia Amélia é bancado apenas por doações; são oferecidos cursos de informática, inglês, reforço escolar, entre outros. Foto: Andris Bovo
Espaço atende 170 crianças, mas após obra ampliará serviço gratuito para 500 crianças
O Recanto da Tia Célia, creche que atende atualmente 170 crianças de baixa renda no Jardim Ipê, em Mauá, está prestes a mudar de casa. Em 2014 o local, que funciona com doações, recebeu da Prefeitura um terreno no mesmo bairro. Porém, sem verba, a construção não foi iniciada. Se não realizasse as obras este ano, a creche perderia a área. Foi então que um arquiteto de Santo André soube da história e decidiu assumir financeiramente a intervenção.
Ricardo Petrucci é proprietário de uma construtora e atualmente 60% dos seus funcionários trabalham na obra social do Recanto da Tia Célia. O arquiteto conheceu a história do local durante almoço em Santo André, em outubro de 2015. Na época, Célia Maria da Silva, responsável pelo Recanto, contava para amigos sobre a doação do terreno que estava prestes a perder por falta de dinheiro para construir. Foi aí que Petrucci decidiu intervir. “Eu sempre ajudei crianças, mas nunca foi de uma forma tão participativa. De repente me vi nessa situação. Coloquei a cara e estou fazendo”, comentou o arquiteto.
Antes de Petrucci o projeto da creche estava orçado em R$ 1 milhão. O empresário refez o desenho e conseguiu baixar o custo para R$ 500 mil. Desde então, o maior sonho do arquiteto é ver a escola construída. Sem parceria com a Prefeitura, a obra está em ritmo acelerado. Porém a parte dos acabamentos, considerada a mais cara, é o que preocupa Petrucci. “Já gastamos R$ 250 mil, agora está ficando mais difícil. Tenho alguns amigos que ajudam, algumas pessoas mandam caminhão de terra, blocos, mas no momento precisamos de doação em dinheiro para conseguir acabar a obra até o mês de julho”, avaliou.
Recanto da Tia Célia foi iniciado em 1999; nova unidade custará R$ 500 mil. Foto: Andris Bovo
DIFICULDADES
O Recanto da Tia Célia começou em 1999 em um barraco de madeira com apenas cinco crianças. Duas semanas depois o projeto já contava com 20 alunos. “Fui criada em orfanato e sempre sonhei em ter um espaço para cuidar de crianças. Eu sofri demais no orfanato, passei muita fome. O meu maior desejo, é que essas crianças sejam adultos melhores”, afirmou Célia, lembrando que por diversas vezes, saiu na rua pedindo comida para alimentar as crianças.
O local é como qualquer outra creche, que oferece alimentação, recreação e auxílio escolar. A diferença é que a unidade é mantida apenas por doações, ao invés de recursos ou convênio com a Prefeitura. O espaço atende crianças de 3 a 14 anos e oferece cursos de informática, inglês, reforço escolar, alfabetização, aula de música, pintura e de futebol.
O Recanto da Tia Célia, creche que atende atualmente 170 crianças de baixa renda no Jardim Ipê, em Mauá, está prestes a mudar de casa. Em 2014 o local, que funciona com doações, recebeu da Prefeitura um terreno no mesmo bairro. Porém, sem verba, a construção não foi iniciada. Se não realizasse as obras este ano, a creche perderia a área. Foi então que um arquiteto de Santo André soube da história e decidiu assumir financeiramente a intervenção.
Ricardo Petrucci é proprietário de uma construtora e atualmente 60% dos seus funcionários trabalham na obra social do Recanto da Tia Célia. O arquiteto conheceu a história do local durante almoço em Santo André, em outubro de 2015. Na época, Célia Maria da Silva, responsável pelo Recanto, contava para amigos sobre a doação do terreno que estava prestes a perder por falta de dinheiro para construir. Foi aí que Petrucci decidiu intervir. “Eu sempre ajudei crianças, mas nunca foi de uma forma tão participativa. De repente me vi nessa situação. Coloquei a cara e estou fazendo”, comentou o arquiteto.
Antes de Petrucci o projeto da creche estava orçado em R$ 1 milhão. O empresário refez o desenho e conseguiu baixar o custo para R$ 500 mil. Desde então, o maior sonho do arquiteto é ver a escola construída. Sem parceria com a Prefeitura, a obra está em ritmo acelerado. Porém a parte dos acabamentos, considerada a mais cara, é o que preocupa Petrucci. “Já gastamos R$ 250 mil, agora está ficando mais difícil. Tenho alguns amigos que ajudam, algumas pessoas mandam caminhão de terra, blocos, mas no momento precisamos de doação em dinheiro para conseguir acabar a obra até o mês de julho”, avaliou.
Recanto da Tia Célia foi iniciado em 1999; nova unidade custará R$ 500 mil. Foto: Andris Bovo
DIFICULDADES
O Recanto da Tia Célia começou em 1999 em um barraco de madeira com apenas cinco crianças. Duas semanas depois o projeto já contava com 20 alunos. “Fui criada em orfanato e sempre sonhei em ter um espaço para cuidar de crianças. Eu sofri demais no orfanato, passei muita fome. O meu maior desejo, é que essas crianças sejam adultos melhores”, afirmou Célia, lembrando que por diversas vezes, saiu na rua pedindo comida para alimentar as crianças.
O local é como qualquer outra creche, que oferece alimentação, recreação e auxílio escolar. A diferença é que a unidade é mantida apenas por doações, ao invés de recursos ou convênio com a Prefeitura. O espaço atende crianças de 3 a 14 anos e oferece cursos de informática, inglês, reforço escolar, alfabetização, aula de música, pintura e de futebol.
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