NOTÍCIA ANTERIOR
Concurso Miss Plus Size premia modelos do ABCD
PRÓXIMA NOTÍCIA
Vila terá Estação de Tratamento de Água
DATA DA PUBLICAÇÃO 28/08/2012 | Setecidades
Com calor e pouca chuva, aguapé prolifera na Billings
Com calor e pouca chuva, aguapé prolifera na Billings Aguapés na Billlings: tapete verde se espalha pela superfície. Foto: Rodrigo Pinto
Aguapés na Billlings: tapete verde se espalha pela superfície. Foto: Rodrigo Pinto
Para ambientalista, proliferação na represa é sinal de descuido ambiental

Um tapete verde e espesso cobre a represa Billings, no trecho do Riacho Grande, em São Bernardo, na Estação de Bombeamento de Água da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), onde se capta 4,8 mil litros de água por segundo para abastecer 1,6 milhão de moradores de São Bernardo, Diadema e parte de Santo André. Causada pelo esgoto e pelo tempo seco e quente, a proliferação de aguapés é tamanha que quem passa pela estrada Vergueiro não vê a água.

Para especialistas, umidade, calor e nutrientes são as condições ideais para o desenvolvimento das plantas aquáticas, que se alimentam de materiais orgânicos encontrados na represa graças ao esgoto despejado no manancial. Os quase 40 dias sem chuva também contribuem com a proliferação. “As algas e os aguapés fazem fotossíntese e o tempo aberto potencializa a reprodução”, explicou Carlos Henrique Oliveira, professor de gestão ambiental da Universidade Metodista.

Para a ambientalista e presidente do MDV (Movimento de Defesa da Vida) do ABCD, Ivone Arruda de Carvalho, a situação é grave, pois demonstra que o saneamento básico não é levado a sério. Apesar de a Sabesp estimar que até 2018 deixará de despejar o esgoto de São Bernardo na Billings, Ivone se mostra descrente. “Ao longo de 20 anos já vi muitos projetos, mas na prática o esgoto continua a ser jogado em grande quantidade no manancial”, comentou.

As plantas não são de todo prejudiciais para o reservatório, pois funcionam como filtros naturais e ajudam a drenar a poluição da água. Mas os aguapés se multiplicam rápido e demandam controle. Oliveira explicou que quando estão em número elevado passam a competir por alimento e quando há falta desses nutrientes, as plantas morrem, liberando elementos tóxicos na água.

A quantidade exagerada de aguapés também interfere no oxigênio da água e prejudica a captação da água. “Pode até alterar os níveis de substâncias utilizadas no tratamento da água para abastecimento, o que encarece o processo”, comentou o professor de gestão ambiental.

Em nota, a Sabesp informou que não faz o controle das plantas aquáticas porque as mesmas não interferem no abastecimento e não causam nenhum tipo de impacto na qualidade da água. A Companhia disse ainda que as plantas são comuns no reservatório durante o ano todo, mas que nas atuais condições climáticas (calor e pouca chuva), o crescimento é acelerado.

Por Cláudia Mayara - ABCD Maior
Assine nosso Feed RSS
Últimas Notícias Setecidades - Clique Aqui
As últimas | Setecidades
25/09/2018 | Acidente na Tibiriçá termina com vítima fatal
25/09/2018 | Santo André quer tombar 150 jazigos de cemitérios municipais
21/09/2018 | Região ganha 13 mil árvores em um ano
As mais lidas de Setecidades
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda
Mauá Virtual
O Guia Virtual da Cidade

Todos os direitos reservados - 2024 - Desde 2003 à 7711 dias no ar.