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DATA DA PUBLICAÇÃO 10/04/2015 | Saúde e Ciência
Com alta de 300% no trimestre, casos de dengue disparam no ABCD
Com alta de 300% no trimestre, casos de dengue disparam no ABCD Armazenamento inadequado de água, diante da crise hídrica, pode ter favorecido proliferação do mosquito Aedes Aegypti. Foto: Amanda Perobelli
Armazenamento inadequado de água, diante da crise hídrica, pode ter favorecido proliferação do mosquito Aedes Aegypti. Foto: Amanda Perobelli
Aumento nas ocorrências é na comparação com o mesmo período do ano passado

O número de moradores do ABCD diagnosticados com dengue, doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, cresceu quase 300% no primeiro trimestre de 2015 em comparação com igual período do ano passado. Dados das prefeituras da Região apontam que 1.372 casos da doença foram confirmados nos meses de janeiro, fevereiro e março, contra 344 ocorrências em 2014. O armazenamento de água de forma inadequada, em função da crise hídrica, é apontada como um dos fatores para a alta de registros.

A maior elevação aconteceu em Mauá, que passou de seis casos no ano passado para 236 em 2015, alta de 3.833%. Desse total, 66% foram contraídos fora do município. Outros 342 casos estão sendo investigados.

Em Diadema, as confirmações passaram de 51 em 2014 para 438 neste ano, o que representa alta de 758%. A maior parte dos casos (364) é autóctone, ou seja, contraída no município. Ribeirão Pires vem em seguida com crescimento de 366%, saltando de três diagnósticos no ano passado para 14 (sendo 13 importados) neste ano.

Santo André passou de 91 ocorrências no ano passado para 298 em 2015 (72 autóctones, 91 importados, 119 sem informação do local provável de infecção e 16 com local indeterminado de infecção), alta de 227%. Rio Grande da Serra, que não teve nenhuma confirmação da doença em 2014, já registrou seis ocorrências (todas importadas) neste ano.

Em São Bernardo, o crescimento foi de 170%, com 300 casos contabilizados neste ano, sendo 174 autóctones (contraídos no município) e 126 importados (contraídos fora da cidade). No ano passado, foram 111 no total. Já São Caetano foi a única cidade do ABCD com ligeira queda, somando 80 ocorrências confirmadas em 2015, duas a menos do que o registrado em 2014.

Caso - Em março passado, o coordenador de operações Eduardo Cardoso Bianchini, 25 anos, passou a fazer parte dessas estatísticas. O morador de São Caetano tentou combater as fortes dores de cabeça e febre insistente com antigripal, sem sucesso. “Tomei remédio mas não resolveu. A dor de cabeça piorou e a febre não baixava”, lembrou.

No dia seguinte, Bianchini foi ao Pronto Socorro acompanhado do irmão mais novo, que apresentava sintomas semelhantes, e ambos foram diagnosticados com dengue. Como para combater a doença não há remédio específico, foram internados por alguns dias para tratar dos sintomas e manter a hidratação do corpo.

Maior incidência é registrada no verão
Por se tratar de doença sazonal, a proliferação do mosquito acontece em maior proporção no verão. Fatores climáticos como aumento de chuvas e das temperaturas aceleram o ciclo de reprodução do Aedes aegypti. “Se normalmente o ciclo leva 10 dias, nessas condições pode passar para uma semana”, explicou a médica veterinária Andréa Nunes, responsável pelo Controle de Roedores, Vetores e Animais Sinantrópicos, órgão da GCZ (Gerência de Controle de Zoonoses), de Santo André.

O período de vida do mosquito é de 30 dias. Já o ovo do inseto pode durar meses. “O Aedes coloca o ovo na parede do recipiente, onde não há água e pode ficar lá até que seja coberto com água, fazendo com que os ovos se multipliquem.”

As prefeituras do ABCD têm feito campanhas educativas para esclarecer a população sobre como prevenir o surgimento de criadouros e utilizado recursos como nebulização (aplicação de inseticida) em áreas de maior incidência da enfermidade. Andréa Nunes enfatiza a eficácia de cuidados simples para combater a doença, como verificar semanalmente pontos que podem proporcionar acúmulo de água.

“Temos muitos problemas com imóveis fechados para aluguel, por exemplo, porque não conseguimos contato com os donos e os agentes não conseguem entrar. As pessoas devem se preocupar em evitar criadouros. É uma questão de saúde pública, saúde coletiva e de cidadania”, salientou.

Saiba como evitar a infestação do mosquito
Cuidados simples podem evitar a infestação do mosquito transmissor da dengue. Entre as recomendações estão:


• a vedação adequada de caixas d’água e demais reservatórios, como tonéis e barris

• os pratinhos de vaso de planta devem ter areia até a borda

• manter garrafas vazias sempre de cabeça para baixo e lavar semanalmente com escova e sabão recipientes de armazenamento de água, como baldes, para evitar a permanência de ovos nas paredes internas.

Quais são os sintomas da doença?
Os sintomas da doença se manifestam, geralmente, a partir do terceiro dia depois da picada do mosquito. Saiba quais são:

• No caso de dengue clássica, são comuns febre alta, dor de cabeça e atrás dos olhos, cansaço, tonturas e perda de apetite.

• No caso de dengue hemorrágica, caso mais grave da doença, podem surgir dores abdominais, vômito,

manchas pelo corpo e dificuldade respiratória.

• Para evitar complicações, é importante procurar ajuda médica assim que os sintomas aparecerem e evitar a automedicação.

• Remédios à base de ácido acetil salicílico e anti-inflamatórios, como aspirina e AAS, podem aumentar o risco de hemorragias.

Por Rosângela Dias - ABCD Maior
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