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DATA DA PUBLICAÇÃO 08/04/2016 | Cultura
Coldplay: Show em SP tem pedido de casamento e coro de 45 mil fãs
Coldplay: Show em SP tem pedido de casamento e coro de 45 mil fãs Coldplay em São Paulo (Foto: Fabio Tito/G1)
Coldplay em São Paulo (Foto: Fabio Tito/G1)
Show nota 10 em alegorias e adereços mostra evolução de timidez a poperô.

Espetáculo feliz com cara de fim de novela divulga suposto ‘último disco’.


Se esta turnê for mesmo a última do Coldplay, como Chris Martin indica em entrevistas - mas sem confirmação oficial -, o episódio final em São Paulo foi bem tradicional: clima de final feliz, com direito a festa de noivado.

É provável que o futuro casamento dos fãs que ficaram noivos no palco do Coldplay nesta quinta-feira (7), no Allianz Parque, seja parecido com o show. Pulseiras coloridas, balões, papel picado e músicas para cantar de braços abertos entre um poperô eletrônico e outro podem servir para pequenos salões ou grandes estádios.
Casal fã do Coldplay celebrou noivado durante show da banda em São Paulo (Foto: Brualio Lorentz / G1)
Casal fã do Coldplay celebrou noivado durante show da banda em São Paulo (Foto: Braulio Lorentz/G1)

É questão de escala. O Coldplay, que já foi tímido, domina cada vez melhor a medida U2 de espetáculo. Os 45 mil fãs se esbaldaram por cerca de duas horas, entre pulseiras que piscavam em sincronia com as músicas e tempestades de estrelinhas recortadas. Os quatro músicos se desdobram para fazer um som potente na medida da sede de diversão.
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Na penúltima música, “Sky full of stars”, o vocalista Chris Martin fez a banda parar e atendeu ao pedido de dois casais que queriam ficar noivos com 45 mil testemunhas - a cara do estilo romântico e bonzinho da banda. As amadas aceitaram, claro. O episódio terminou com um abraço quíntuplo entre o quarteto brasileiro e o líder do quarteto inglês.

Metade do repertório vem dos dois discos mais recentes: o eufórico “A head full of dreams” e o anterior, o depressivo “Ghost stories”. Os novos hits mostraram força. O “u-hu” de “Adventure of a lifetime” conseguiu superar o “ôôô” da mais antiga “Viva la vida” como coro marcante da noite.

Já o espaço para “Ghost stories”, em detrimento de discos mais velhos e conhecidos, podia ter melado parte da festa. Mas há dois descontos. 1) A banda não fez turnê do penúltimo álbum. Faz sentido dar moral agora. 2) Ficaram boas as músicas no palco menor à frente da passarela: “Ink” e “Magic”, essa com o trunfo brasileiro de ter tocado na novela “Império”.

Eles também tocaram em um terceiro palco menor e mais perto da pista comum. Foi ali que rolou “Trouble”, do primeiro disco, “Parachutes” (2000). A música é ainda mais delicada e sofrida que “Yellow”, a outra faixa tocada da estreia. Há algo de grandioso no arranjo, mas nada indicava o que viraria o Coldplay de hoje.

Espalhados pelo show estão marcos da mutação: o teclado hipnótico de “Clocks”, o coro de arena de “Viva la vida”, o pop radiofônico de “Paradise”, a balada em Ibiza de “A sky full of stars”.

Várias surpresas que resultaram no que se vê hoje: pop feliz, certinho e eficiente, mas que não surpreende mais. Tem cara mesmo de último capítulo. Para os fãs mais apegados, fim de temporada.

Por Rodrigo Ortega - G1, em São Paulo
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