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DATA DA PUBLICAÇÃO 27/07/2013 | Geral
Cobrança de pedágio de eixos suspensos vai encarecer fretes
Cobrança de pedágio de eixos suspensos vai encarecer fretes Cobrança do eixo suspenso motivou protesto na Anchieta há cerca de um mês. Foto: Andris Bovo
Cobrança do eixo suspenso motivou protesto na Anchieta há cerca de um mês. Foto: Andris Bovo
Para assegurar lucros das concessionárias, governo do Estado começa cobrança neste domingo

O governo estadual autorizou as concessionárias das rodovias paulistas para que, a partir da 0h deste domingo (28/07), seja iniciada a cobrança de pedágio dos veículos comerciais contabilizando também os eixos suspensos. Na prática, isso significa que a tarifa dos caminhões passa a ser calculada considerando todos os eixos que compõem os veículos, independentemente de estarem em contato com o pavimento ou não.

A cobrança do eixo suspenso já havia sido anunciada há um mês como compensação pelo não reajuste das tarifas de pedágio neste ano – contratualmente era previsto um aumento de 6,5% em todas as praças da malha estadual a partir de 1º de julho. Com essa decisão, o governo afetou os trabalhadores do setor de cargas.

Na data em que ocorreria o início da cobrança, um protesto de caminhoneiros do ABCD, Baixada Santista e outras regiões do Estado travou por um dia as principais rodovias de São Paulo, inclusive a via Anchieta.

Revogação - Os manifestantes exigiam a revogação da decisão da cobrança do eixo suspenso no pedágio, além da redução do preço dos pedágios e do diesel e segurança nas rodovias. Devido às manifestações, a Artesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo), responsável por fiscalizar as concessões de rodovias no Estado, decidiu adiar, sem estabelecer uma data, o novo modelo de pedágio para caminhões. Agora a nova data foi definida.

De acordo com o presidente do Setcesp (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de São Paulo e Região), Manoel Sousa Lima Júnior, quem pagará a conta será o consumidor final. “Fatalmente essa decisão vai encarecer o frete e o sindicato é contra essa cobrança”, avisou.

Mais caros - Em geral, carretas carregadas de produtos chegam ao ponto de destino e voltam sem carga, com eixos suspensos. Conforme explicou Lima Júnior, essa rotina é prevista na planilha de custos, que agora terá de ser revista para comportar o valor extra do pedágio.

“Isso deve encarecer cerca de 30% o custo/pedágio. Não podemos afirmar quanto isso significa para o valor total do frete, porque há outras questões envolvidas, como distância, mas com certeza a conta ficará mais alta”, comentou.

O presidente do Setcesp criticou o que chamou de “mudança de regra no meio do jogo”, já que até agora as rodovias paulistas não cobravam pelos eixos suspensos. “No resto do Brasil é cobrado, mas em nenhum lugar o pedágio é tão caro como em São Paulo”, frisou.

O Setcesp não pretende convocar manifestações ou acionar a Justiça para barrar a nova cobrança, mas promete tentar o diálogo com o governo paulista para reverter a situação.

Concessionárias ganharam R$ 2 bilhões indevidamente

Em estudo realizado pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), a Artesp concluiu que empresas que exploram os pedágios paulistas tiveram um ganho indevido de R$ 2 bilhões de 2006 a 2012.

O motivo foram alterações nos contratos feitas em dezembro de 2006. A conclusão levou à abertura de processos sigilosos para anular as 10 alterações contratuais realizadas na época. Esses processos, em andamento, têm aval da Procuradoria-Geral do Estado. Não há prazo para conclusão. Os R$ 2 bilhões equivalem a cerca de três meses de arrecadação de pedágios no Estado. A Fipe foi contratada pela agência reguladora há dois anos por R$ 3,2 milhões, para avaliar os aditivos e a estrutura das concessões.

De acordo com a Artesp, os ganhos indevidos foram motivados principalmente por projeções superestimadas de recolhimento de tributos (ISS, PIS e Cofins) pelas concessionárias de rodovias; e por contas superestimadas de perdas sofridas pelas empresas em anos anteriores, como adiamento de reajuste do pedágio.

A consequência desses dois fatores foi o aumento da TIR (Taxa Interna de Retorno), que afeta a margem de lucro das empresas. Na prática, o ganho da concessionária pôde ser elevado em até 25%.

Por Angela de Paula - ABCD Maior
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