NOTÍCIA ANTERIOR
Abastecer veículos com gasolina ainda é mais vantajoso
PRÓXIMA NOTÍCIA
36% dos consumidores fazem compras para aliviar o estresse
DATA DA PUBLICAÇÃO 13/01/2016 | Economia
Clube da GM fecha as portas no dia 31
Clube da GM fecha as portas no dia 31 Foto: Nario Barbosa/DGABC
Foto: Nario Barbosa/DGABC
O drama dos funcionários e aposentados da General Motors sobre o fechamento das portas da sede social da ADC GM (Associação Desportiva Classista General Motors) de São Caetano está chegando ao fim. Mas sem um final feliz. O Clube da GM, como é conhecido, completou 80 anos em novembro, mas só funcionará no município até o dia 31. Após essa data, os associados terão que se deslocar até a sede campestre, no Riacho Grande, em São Bernardo – distante cerca de 40 minutos –, para relaxar e se refrescar.

Embora a montadora não tenha se pronunciado a respeito do dia de encerramento nem sobre o que será feito no local, afirmou que, “após criteriosa análise das mudanças do perfil socioeconômico dos empregados associados, e extensas discussões com as diretorias dos clubes, (a GM) havia decidido reaver a utilização dos terrenos ocupados pelas sedes sociais de São Caetano, São José dos Campos e Indaiatuba (Interior)”. Conforme a fabricante justificou ao Diário em novembro de 2014, “após considerar dados estatísticos e observar que a recente movimentação urbana demonstra que somente 20% dos funcionários residem em São Caetano, a empresa optou por estabelecer ampla parceria com o Sesi (Serviço Social da Indústria)”, referindo-se ao fato de que os associados poderão utilizar as dependências das unidades dessa entidade em todo o Estado, para práticas esportivas e culturais.

A GM disse ainda que esse processo está sendo finalizado agora, com o fim das atividades da sede social do clube de São Caetano. “A sede de São José dos Campos já foi transferida para a unidade de Jambeiro, e a de São Caetano está sendo transferida para a unidade campestre localizada no Riacho Grande.”

A equipe do Diário apurou, com funcionários do Clube da GM – que é uma entidade à parte, dos associados, sem vínculo com a empresa –, que a informação que chega a eles é a de que o espaço na Avenida Goiás funcionará até o dia 31. Quando perguntados sobre o futuro do local, disseram não saber. “Acredito que ficará vazio”, arriscou um deles, sem se identificar. “Honestamente, acho que todo mundo vai ser dispensado, mandado embora. O clube vai fechar mesmo, não vai?”, questionou outro.

Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, embora ainda não tenha sido oficializada a data à entidade, o que ele escuta, extraoficialmente, é que o local encerrará as atividades no dia 31. “O sindicato conseguiu intervir no fim de 2014, quando havia previsão de fechamento em 31 de dezembro, e postergar o fim. Agora, acho que não tem mais jeito”, desabafou. Em novembro daquele ano, inclusive, cerca de 200 associados realizaram manifestação contra a desativação da sede social, encabeçada por empregados aposentados da GM.

FUTURO - De acordo com fontes que preferem não se identificar, o terreno onde hoje funciona o Clube da GM receberá quatro edifícios, sendo dois de escritórios e dois de apartamentos. “Se for isso mesmo, conforme o que eu também tenho escutado, que seja para ampliar a fábrica e gerar emprego, então poderemos concordar”, assinalou Cidão. Ele contou que uma das possibilidades que têm se cogitado é de concentrar a área burocrática da GM e do centro tecnológico nas torres corporativas. E de, nas residenciais, priorizar os trabalhadores da fabricante, oferecendo condições facilitadas de moradia para os empregados.

Outro fato que corre informalmente é a de que o Sesi teria comprado o local, porém, segundo as mesmas fontes, isso foi considerado, mas não se concretizou. A GM garantiu que não procede que o terreno, de 33,2 mil m² e avaliado em R$ 120 milhões, será vendido e, portanto, que não será para o Sesi, que também nega a transação. “O Sesi mantém relacionamento com a GM em razão de a montadora ser beneficiária de nossa entidade, que presta serviços de educação, qualidade de vida, cultura e esporte ao trabalhador da indústria e seus dependentes”, esclareceu a organização em nota.

A GM, assim como todas as montadoras instaladas no País, recolhem impostos que mantêm o Sesi e o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), que prestam serviços para os funcionários dessas indústrias. Por isso elas atendem, prioritariamente, trabalhadores do setor e seus dependentes.

Sindicato quer, junto com Prefeitura, revitalizar espaço

Inconformado com o fato de a sede social do Clube da GM ser desativada da Avenida Goiás, em São Caetano, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do município, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, revelou ao Diário que está em busca de alternativa para que os funcionários e trabalhadores aposentados possam manter seu lazer na cidade.

“Estamos conversando com a Prefeitura de São Caetano sobre a possibilidade de revitalizar um clube para oferecer aos que hoje são associados da ADC GM (Associação Desportiva Classista General Motors)”, afirmou Cidão. “Só não posso ainda dizer os nomes dos locais que cogitamos, pois não tem nada acertado por enquanto.”

Segundo o sindicalista, na semana que vem deve haver reunião com o Executivo para debater a questão e estabelecer parceria.

Procurada para repercutir o assunto, a Prefeitura não se manifestou até o fechamento desta edição.

(Colaborou Vinicius Claro)

Por Soraia Abreu Pedrozo - Diário do Grande ABC
Assine nosso Feed RSS
Últimas Notícias Gerais - Clique Aqui
As últimas | Economia
25/09/2018 | Operação mira sonegação de R$ 100 mi de grupos cervejeiros e cerca Proibida
25/09/2018 | Greve na Argentina cancela voos no Brasil nesta terça-feira
25/09/2018 | Demanda por GNV aumenta até 350% após alta na gasolina
As mais lidas de Economia
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda
Mauá Virtual
O Guia Virtual da Cidade

Todos os direitos reservados - 2024 - Desde 2003 à 7719 dias no ar.