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DATA DA PUBLICAÇÃO 23/06/2016 | Veículos
Citroen C3 1.2: primeiras impressões
Citroen C3 1.2: primeiras impressões Citroen C3 1.2 não tem mudanças visuais (Foto: André Paixão/G1)
Citroen C3 1.2 não tem mudanças visuais (Foto: André Paixão/G1)
Compacto passa a contar com um dos motores mais econômicos do país.

Conforto e mecânica são pontos fortes; acabamento poderia ser melhor.


Dizer que tamanho e a cavalaria do motor, sozinhos, são sinônimos de eficiência é coisa do passado. Hoje, um carro eficiente é aquele que entrega uma boa relação entre desempenho e consumo de combustível. Pensando nisso, a Citroën seguiu o caminho da Peugeot e lançou no Brasil versões do hatch compacto C3 com motor 1.2 Pure Tech.

O moderno propulsor de 3 cilindros premiado mundialmente foi importado da França para substituir o 1.5 de 4 cilindros que equipava o hatch.

Este estará no C3 2017 nas 3 primeiras versões, das 5 disponíveis. As outras duas são oferecidas com motor 1.6 e câmbio automático de 4 marchas.

Veja abaixo os valores e equipamentos das configurações com motor 1.2:

Origine - R$ 46.490
Ar-condicionado, direção elétrica, vidros e travas elétricos, volante com regulagem de altura e profundidade e alarme.

Attraction - R$ 49.990
Mesmos itens da Origine, mais faróis de neblina, rádio com conexão Bluetooth e entrada USB, comandos de som na coluna de direção, rodas de liga leve e vidros elétricos traseiros.

Tendance - R$ 52.690
Mesmos itens da Attraction, mais ar-condicionado digital e para-brisa panorâmico Zenith.

Menos é mais
Com 90 cavalos, o 1.2 é apenas 3 cv menos potente do que o antecessor. O torque de 12,9 kgfm também é 1,2 kgfm menor. Mas os números, que em um primeiro momento parecem desfavoráveis, vêm acompanhados de melhorias de 32% em consumo e emissões, segundo a marca.

De acordo com os dados do Inmetro, o C3 com motor PureTech tem consumo urbano de 10,6 km/l e 14,8 km/l (com etanol e gasolina, respectivamente) e rodoviário de 11,3 km/l e 16,6 km/l (na mesma sequência).

Esses índices fazem dele e do “primo” Peugeot 208 os únicos veículos capazes de rodar mais de 10 km com um litro de etanol na cidade. Porém, o C3 consome ligeiramente mais. O Peugeot tem consumo urbano de 10,9 km/l e 15,1 km/l (com gasolina e etanol, respectivamente) e rodoviário de 11,7 km/l e 16,9 km/l (na mesma ordem).

“O motor e a calibração são exatamente os mesmos. A diferença no consumo está no peso e no coeficiente aerodinâmico” afirmou Richard Balse, da PSA Peugeot Citroën.

O motor 1.2 Pure Tech é considerado um dos mais modernos do mundo, inclusive ganhando prêmios entre os motores compactos em sua versão turbo.

No Brasil, é vendida uma variação flex e aspirada (sem turbo). Mesmo assim, há tecnologias como duplo comando variável das válvulas, sistema de partida a frio (que dispensa o "tanquinho") e coletor de escape integrado ao cabeçote.

Ao volante
Durante o teste, de aproximadamente 30 km em trechos rodoviários, com velocidade entre 60 km/h e 110 km/h, o consumo do C3 ficou em 16,1 km/l com gasolina, pouco abaixo do índice “oficial”. Ainda assim, a marca é muito boa para um veículo de 1.110 kg.

Adotar um motor menor, que visa a melhoria no consumo, poderia deixar o C3 mais lento e com pior sensação ao dirigir. O que se percebe, porém, é exatamente o contrário. Com o novo 1.2, o compacto ganhou em agilidade, já que potência e torque são oferecidos na totalidade em menores rotações.

O 3 cilindros se mostra “esperto” desde cedo e, quando exigido em ultrapassagens, por exemplo, cresce até rotações mais altas, as vezes podendo completar a manobra sem pedir que o motorista reduza uma marcha.

Além do motor, a Citroen também afirma que realizou ajustes na relação de marchas, 9% mais curta do que na versão europeia com o mesmo motor. Os engates, no entanto, continuam mais longos do que o desejado.

A linha de escape e os coxins também foram retrabalhados. O conjunto faz do C3 um carro macio, tanto pela direção elétrica quanto pela suspensão, que visa o conforto.

Descuidos
Alguns outros pontos do C3 2017 merecem destaque, ainda que não tenham mudado. O acabamento carece de maior cuidado com os materiais escolhidos. Há muito plástico duro na cabine.

Os painéis de porta, por exemplo, poderiam ter ao menos pedaços de tecido ou material diferenciado.

A ergonomia também não é das melhores. A começar pelo posicionamento do comando dos vidros elétricos, quase na vertical. Comandos de ar-condicionado e central multimídia (opcional na versão Tendance 1.2) se misturam, causando confusão no uso.

Atrás do pelotão
O objetivo da Citroën para 2016 é a manutenção do número de unidades vendidas. Para o C3, a expectativa é continuar emplacando cerca de 1 mil unidades por mês. Se conseguir, ficará à frente do 208 e do Fiat Punto no segmento. Porém, vai atrás do pelotão formado por Chevrolet Onix, Hyundai HB20, Fiat Palio, Volkswagen Gol e Fox, Renault Sandero, Nissan March e Ford Fiesta.

Vender menos do que tantos modelos não quer dizer que o C3 seja pior do que eles. Mas a má fama das montadoras francesas no pós-venda ainda causa calafrios em muitos consumidores, ainda que Peugeot e Citroën estejam implementando programas de melhoria nos serviços.

A própria fabricante do C3 tem as 3 primeiras revisões a R$ 365, abaixo dos valores cobrados pela concorrência. Além disso, há um aplicativo que permite ao proprietário acompanhar a manutenção do carro na concessionária e autorizar ou não serviços adicionais pelo smartphone. Se a oficina fizer um reparo não permitido, o cliente não paga por ele.

Conclusão
Na linha 2017, o C3 continuará sendo um modelo conhecido pelo visual moderno e o rodar confortável. Agora, com um moderno motor, também pode se firmar como referência em consumo de combustível, junto com o 208.

Mas os dois “primos” de Porto Real se descolam aí. Na tabela de preços, esqueça a versão mais barata do C3. Ela sequer traz rádios e maçanetas e retrovisor na cor do veículo. As configurações realmente competitivas são as duas mais caras, chegando aos R$ 52,6 mil.

E, neste caso, o 208, na versão Active Pack, de R$ 52.490 -- R$ 200 a menos--, além de ser ligeiramente mais eficiente com o mesmo motor, é mais bem acabado e traz ar-condicionado digital de duas zonas (independente para motorista e passageiro), airbags laterais, além dos frontais exigidos por lei, e central multimídia.

Por André Paixão - G1, em São Caetano do Sul (SP)
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