DATA DA PUBLICAÇÃO 17/01/2010 | Internacional
Cinco dias após tremor, equipes enfrentam caos e violência para distribuir ajuda
Cinco dias após o terremoto de magnitude 7 que devastou o Haiti e com chances cada vez menores de encontrar sobreviventes nos escombros, as equipes de ajuda humanitária enviadas por diversos países enfrentam o caos, o aumento da violência e até mesmo a ação de gangues para tentar levar aos desabrigados suprimentos e mantimentos que chegam em toneladas ao aeroporto de Porto Príncipe.
Muitos haitianos, principalmente aqueles em áreas de colinas, de mais difícil acesso, ainda não viram a ajuda humanitária chegar. O desespero por água potável e comida é notável e os relatos de saques e de violência aumentam, principalmente à noite.
O mundo respondeu com um esforço em massa para ajudar os haitianos e aviões carregados de suprimentos e equipes de resgate chegam em intervalos de minutos no aeroporto danificado de Porto Príncipe. Mas, na cidade em que o presidente governa de uma delegacia, sem casa ou sede de governo, os haitianos simplesmente não têm infraestrutura para usar da melhor maneira esta ajuda.
Mesmo cinco dias após a tragédia, a coordenação da ajuda ainda é um desafio. O aeroporto não tem torre de controle, o porto está tão destruído que não pode receber barcos, as estradas estão bloqueadas por destroços e haitianos que temem ficar sob um telhado que pode vir abaixo e, mesmo para quem consegue passar, não há combustível.
Alguns membros das equipes de ajuda, afirma o jornal americano "New York Times", reclamam da prioridade imposta pela ONU (Organização das Nações Unidas), que focaria em retirar seus funcionários do país, resgatar possíveis sobreviventes de suas instalações e instalar suas tropas.
Reclamam também que os EUA atrasaram a chegada de aviões do Programa Mundial de Alimentos com comida, remédios e água por dois dias para a chegada de suas tropas e equipamentos e para repatriar americanos.
Mesmo quando os alimentos chegam ao aeroporto, os problemas persistem. Os americanos, que controlam o aeroporto desde quinta-feira (14), dizem que cerca de 180 toneladas de suprimentos foram entregues no aeroporto, e a maioria ainda espera ser entregue.
No gramado do que era o Palácio Presidencial, relata o jornal, cerca de 1.700 pessoas estão acampadas a espera de comida e água potável distribuídas pelas equipes de ajuda humanitária.
"Bem-vindos marines dos EUA. Nós precisamos de ajuda. Corpos aqui dentro", dizia uma placa em um prédio de Nazon, relata o jornal.
O último número do governo haitiano indicava que 25 mil corpos foram enterrados, pouco perto dos cerca de 140 mil que podem ter morrido na tragédia, segundo o próprio governo. As imagens de televisão mostram corpos visíveis sob os escombros e corpos mal cobertos nas calçadas. Mostram também a corrida desesperada quando vêem a ajuda se aproximar.
Hillary
Em meio ao aumento da tensão, o país caribenho recebeu a visita a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, a primeira autoridade do primeiro escalão do governo americano a ir ao Haiti.
Ela afirmou que seu país é "amigo e sócio" do Haiti e prometeu continuar ajudando nas tarefas de resgate e reconstrução do país, em coordenação com o governo local. Hillary também garantiu que as forças americanas ficarão no local "hoje, amanhã e previsivelmente no futuro."
A secretária destacou ainda que havia conversado com o presidente haitiano, Rene Préval, sobre a necessidade de restabelecer as comunicações, assim como os serviços de eletricidade e transporte. Estados Unidos e Haiti emitirão neste domingo um comunicado conjunto que delineará as tarefas básicas para a reconstrução do país.
Já o presidente americano, Barack Obama, disse que o terremoto no Haiti originou "uma das maiores operações de socorro" da história dos EUA. Hoje ele se reuniu com os ex-presidentes George W. Bush e Bill Clinton e anunciou a criação do "Fundo Clinton-Bush", que será comandado pelos dois e terá a missão de arrecadar doações para os haitianos.
Tragédia
O terremoto aconteceu às 16h53 desta terça-feira (19h53 no horário de Brasília) e teve epicentro a 15 quilômetros de Porto Príncipe, a capital do país.
Ainda não há um dado preciso sobre o número de mortos. A Organização Pan-americana de Saúde, ligada à ONU, diz que pode ter morrido cerca de 100 mil pessoas. Já o Cruz Vermelha estima o número de mortos entre 45 mil e 50 mil. Nesta sexta-feira, governo do Haiti afirmou estimar em 140 mil o total de vítimas.
Mais de 25 mil corpos de vítimas já foram enterrados, declarou neste sábado o primeiro-ministro haitiano, Jean-Max Bellerive. "Vinte mil corpos foram oficialmente retirados pelo Estado, sem contar aqueles retirados pela Minustah [missão de paz da ONU no Haiti], pelas ONGs e pelos voluntários, que somam por volta de 5.000 a 6.000", declarou.
Segundo o ministro da Defesa, Nelson Jobim, 17 brasileiros morreram no país --14 militares e mais três civis, entre eles a médica Zilda Arns e o chefe-adjunto civil da missão da ONU no Haiti, Luiz Carlos da Costa. O corpo de Costa foi encontrado neste sábado.
Mais 16 militares brasileiros ficaram feridos no terremoto. Eles chegaram ao Brasil nesta sexta-feira, e desde então estão internados no Hospital Geral do Exército, em São Paulo, para um período de quarentena.
Muitos haitianos, principalmente aqueles em áreas de colinas, de mais difícil acesso, ainda não viram a ajuda humanitária chegar. O desespero por água potável e comida é notável e os relatos de saques e de violência aumentam, principalmente à noite.
O mundo respondeu com um esforço em massa para ajudar os haitianos e aviões carregados de suprimentos e equipes de resgate chegam em intervalos de minutos no aeroporto danificado de Porto Príncipe. Mas, na cidade em que o presidente governa de uma delegacia, sem casa ou sede de governo, os haitianos simplesmente não têm infraestrutura para usar da melhor maneira esta ajuda.
Mesmo cinco dias após a tragédia, a coordenação da ajuda ainda é um desafio. O aeroporto não tem torre de controle, o porto está tão destruído que não pode receber barcos, as estradas estão bloqueadas por destroços e haitianos que temem ficar sob um telhado que pode vir abaixo e, mesmo para quem consegue passar, não há combustível.
Alguns membros das equipes de ajuda, afirma o jornal americano "New York Times", reclamam da prioridade imposta pela ONU (Organização das Nações Unidas), que focaria em retirar seus funcionários do país, resgatar possíveis sobreviventes de suas instalações e instalar suas tropas.
Reclamam também que os EUA atrasaram a chegada de aviões do Programa Mundial de Alimentos com comida, remédios e água por dois dias para a chegada de suas tropas e equipamentos e para repatriar americanos.
Mesmo quando os alimentos chegam ao aeroporto, os problemas persistem. Os americanos, que controlam o aeroporto desde quinta-feira (14), dizem que cerca de 180 toneladas de suprimentos foram entregues no aeroporto, e a maioria ainda espera ser entregue.
No gramado do que era o Palácio Presidencial, relata o jornal, cerca de 1.700 pessoas estão acampadas a espera de comida e água potável distribuídas pelas equipes de ajuda humanitária.
"Bem-vindos marines dos EUA. Nós precisamos de ajuda. Corpos aqui dentro", dizia uma placa em um prédio de Nazon, relata o jornal.
O último número do governo haitiano indicava que 25 mil corpos foram enterrados, pouco perto dos cerca de 140 mil que podem ter morrido na tragédia, segundo o próprio governo. As imagens de televisão mostram corpos visíveis sob os escombros e corpos mal cobertos nas calçadas. Mostram também a corrida desesperada quando vêem a ajuda se aproximar.
Hillary
Em meio ao aumento da tensão, o país caribenho recebeu a visita a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, a primeira autoridade do primeiro escalão do governo americano a ir ao Haiti.
Ela afirmou que seu país é "amigo e sócio" do Haiti e prometeu continuar ajudando nas tarefas de resgate e reconstrução do país, em coordenação com o governo local. Hillary também garantiu que as forças americanas ficarão no local "hoje, amanhã e previsivelmente no futuro."
A secretária destacou ainda que havia conversado com o presidente haitiano, Rene Préval, sobre a necessidade de restabelecer as comunicações, assim como os serviços de eletricidade e transporte. Estados Unidos e Haiti emitirão neste domingo um comunicado conjunto que delineará as tarefas básicas para a reconstrução do país.
Já o presidente americano, Barack Obama, disse que o terremoto no Haiti originou "uma das maiores operações de socorro" da história dos EUA. Hoje ele se reuniu com os ex-presidentes George W. Bush e Bill Clinton e anunciou a criação do "Fundo Clinton-Bush", que será comandado pelos dois e terá a missão de arrecadar doações para os haitianos.
Tragédia
O terremoto aconteceu às 16h53 desta terça-feira (19h53 no horário de Brasília) e teve epicentro a 15 quilômetros de Porto Príncipe, a capital do país.
Ainda não há um dado preciso sobre o número de mortos. A Organização Pan-americana de Saúde, ligada à ONU, diz que pode ter morrido cerca de 100 mil pessoas. Já o Cruz Vermelha estima o número de mortos entre 45 mil e 50 mil. Nesta sexta-feira, governo do Haiti afirmou estimar em 140 mil o total de vítimas.
Mais de 25 mil corpos de vítimas já foram enterrados, declarou neste sábado o primeiro-ministro haitiano, Jean-Max Bellerive. "Vinte mil corpos foram oficialmente retirados pelo Estado, sem contar aqueles retirados pela Minustah [missão de paz da ONU no Haiti], pelas ONGs e pelos voluntários, que somam por volta de 5.000 a 6.000", declarou.
Segundo o ministro da Defesa, Nelson Jobim, 17 brasileiros morreram no país --14 militares e mais três civis, entre eles a médica Zilda Arns e o chefe-adjunto civil da missão da ONU no Haiti, Luiz Carlos da Costa. O corpo de Costa foi encontrado neste sábado.
Mais 16 militares brasileiros ficaram feridos no terremoto. Eles chegaram ao Brasil nesta sexta-feira, e desde então estão internados no Hospital Geral do Exército, em São Paulo, para um período de quarentena.
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