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DATA DA PUBLICAÇÃO 06/06/2008 | Internacional
Cinco acusados pelos ataques de 11 de setembro querem morrer como mártires
Os cinco acusados pelo 11 de Setembro, apresentados pela primeira vez a um juiz militar nesta quinta-feira em Guantánamo, anunciaram que querem ser condenados à morte para se tornarem mártires.

Os cinco homens, que apareceram pela primeira vez em público após terem passado anos nas prisões secretas da CIA (Agência Central de Inteligência), estavam todos presentes, a essa audiência destinada a estabelecer suas penas, que podem chegar à pena de morte.

O principal acusado, Khaled Cheikh Mohammed, considerado o "cérebro" dos atentados de 2001, foi o primeiro a tomar a palavra. Mohammed começou recitando versículos do Corão (Alcorão), interrompendo suas orações em alguns momentos para que fossem traduzidas para o inglês: "Deus é todo-poderoso para mim, não há outro Deus a não ser Ele, é Nele que deposito minha confiança".

Convidado pelo juiz militar Ralph Kohlmann a dizer se aceitava a ajuda de advogados civis e militares como de costume, Khaled Cheikh Mohammed, que usava um turbante branco e ostentava uma enorme barba ruiva que lhe dava um aspecto de uma pessoa mais velha do que seus 43 anos, a recusou: "vou assegurar minha defesa".

E quando o juiz lembrou que estava arriscado a ser condenado à pena capital, respondeu: "É isso que eu quero, faz muito tempo que quero ser um mártir".

Pouco depois, Wallid ben Attash apresentou a mesma determinação: "Não quero ninguém para me representar. Vou assegurar sozinho a minha defesa (...). Vocês mataram meu irmão, que era mais novo que eu, durante a guerra, e é meu desejo estar nas suas mãos".

Khaled Cheikh Mohammed, Ramzi ben al-Shaiba, Ali Abd al-Aziz Ali, Wallid ben Attash e Mustapha al-Hawsawi, presos entre 2002 e 2003 e transferidos para Guantánamo em 2006, são julgados por complô, homicídio, atentado, danos corporais graves, destruição de propriedade, terrorismo e apoio material a atos terroristas.

Todos vestidos de branco, os acusados pareciam relaxados, e alguns passaram parte da audiência brincando uns com os outros e trocando mensagens. Apenas Ramzi ben al-Shaiba, que sofre de problemas mentais, estava preso ao chão por uma corrente na sala de audiências.

Vários advogados da defesa frisaram que os cinco detidos apenas tiveram acesso a um advogado recentemente e ainda não estavam em medida de dizer se inspiravam confiança a eles. "Não acho que ele possa fazer uma escolha inteligente", declarou Thomas Durkin, advogado de ben al-Sahiba, enquanto seu cliente brincava com um outro acusado.

"Sei que são muito qualificados, são a melhor equipe, mas o problema é seu presidente George W. Bush", ressaltou Khaled Cheikh Mohammed, que se manifestou em voz firme, com um inglês correto, mas com forte sotaque.

Enquanto o juiz insistia em dizer que recusar advogados não era "uma boa idéia", ele Mohammed elevou o tom: "Estivemos (presos) 5 anos, e eles nos torturaram (...) e nos transferiram para a 'Inquisiçãolândia' em Guantánamo", denunciou, para explicar por que não confiava no procedimento.

Por Diário Online - AFP
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