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DATA DA PUBLICAÇÃO 21/03/2013 | Economia
Ciesp: AES Eletropaulo não resolve cortes de luz
Ciesp: AES Eletropaulo não resolve cortes de luz Foto: Divulgação - Diário Online
Foto: Divulgação - Diário Online
A terceira reunião entre o Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) de São Bernardo e a AES Eletropaulo, ontem, não deixou os empresários do bairro Cooperativa satisfeitos. Segundo a coordenadora do Grupo do Bairro Cooperativa/Ciesp, Maria Célia Salles, a concessionária informou que melhorias efetivas ocorrerão apenas em setembro.

Há pelo menos cinco anos os cerca de 100 empresários do bairro enfrentam problemas pontuais com a energia. Em outubro a situação se agravou, com o surgimento de várias microinterrupções do fornecimento. Por isso, as empresas se reuniram para resolver o problema coletivo e procuraram o Ciesp, que agendou várias reuniões com a AES para discutir melhorias. Mas na quinta-feira a situação foi mais alarmante. O bairro ficou sem energia elétrica entre as 8h30 e às 18h45.

Maria Célia, que também é proprietária da gráfica Macron, disse que o Ciesp realiza um levantamento para saber qual é o valor total de prejuízos que os empresários do bairro já tiveram. Mas no caso dela, em relação à quinta-feira, as perdas foram altas. "Apenas de folha de pagamento eu tive prejuízo de R$ 70 mil." A empresária contou que pagou as horas, com todos os direitos, para que os funcionários compensassem a falta de produção no domingo. Sem essa manobra de fim de semana, a empresária calculou que deixaria de faturar, aproximadamente, R$ 200 mil.

"Isso sem contar os vários chips que estão queimando, de máquinas que custam cerca de R$ 3 milhões. Essa manutenção ainda não consigo calcular, mas vai custar caro", disse Maria Célia, revelando que a energia tem sido cortada, por poucos segundos, diariamente. "Para eu religar as máquinas demora um pouco, mas é bem menos do que aqueles que têm que ligar fornos siderúrgicos, por exemplo."

Este é caso da Metalúrgica Dulong. "A cada microinterrupção de três segundos, temos que religar todas as máquinas em blocos, pois dar a partida nos motores puxa muita energia. Esse processo pode demorar até uma hora e meia", explicou o gerente industrial, Nelson Wagner Antonini. "Na terça-feira foram três microinterrupções, na segunda-feira, duas. Assim, a produtividade pode cair pela metade no dia", avaliou. "Eles consideram normal as microinterrupções de três segundos", criticou Antonini.

Para a quinta-feira, quando a energia teve interrupção de dez horas, Antonini estimou prejuízo de R$ 50 mil. A companhia gasta R$ 45 mil com conta de luz por mês.

Segundo a apresentação da concessionária ao Ciesp, serão investidos R$ 42 milhões no município para melhorar a rede até 2016, tendo em vista que R$ 6,39 milhões são previstos para este ano. Sobre a quinta-feira, a concessionária reconheceu mau estado em uma chave de energia da rede. A empresa não respondeu as perguntas feitas pelo Diário até o fechamento desta edição.

Arsesp considera anormal a sequência de interrupções

Segundo a coordenadora do Grupo do bairro Cooperativa/Ciesp, Maria Célia Salles, os empresários se movimentarão por meio do Ciesp estadual para pedir intervenção da Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo) em relação às microinterrupções e cortes constantes no fornecimento de energia no local. "Pensamos até em uma ação coletiva", destacou.

A Arsesp considerou, ontem, os casos de várias microinterrupções diárias, mesmo com duração de poucos segundos, como anormal para um fornecimento padrão de energia elétrica. No entanto, a entidade deixou claro que a legislação brasileira do setor elétrico prevê que só são considerados interrupções de fornecimento, tanto para residências quanto para empresas, os cortes que ultrapassam três minutos.

A agência orientou que cada empresa deve tentar um contrato exclusivo com a AES Eletropaulo, com previsões de multas ou reparações específicas para cada caso de interrupção.

Por Pedro Souza - Diário do Grande ABC
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