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Dormir pouco afeta atuação de genes no organismo, diz estudo
DATA DA PUBLICAÇÃO 25/02/2013 | Saúde e Ciência
Cientistas identificam mecanismo que favorece crescimento de tumores
Proteína 'tira freio' de RNA e faz células cancerígenas se multiplicarem.

Descoberta é passo para criar tratamento no futuro, dizem pesquisadores.


Uma pesquisa publicada na renomada revista "Nature", neste domingo (24), detalha um mecanismo ligado a uma proteína que afeta mais de 200 genes ligados à proliferação celular e ao crescimento de tumores.

Descoberto usando células de linfoma de Hodgkin (uma forma de câncer que ose origina nos gânglios do sistema linfático), o mecanismo da proteína CPEB1 é apresentado como um passo para o desenvolvimento de um tratamento para controlar o crescimento de vários tipos de câncer.

A CPEB1, dizem os cientistas, altera uma região específica de um tipo de molécula de RNA. "A CPEB1 'tira o freio' de centenas de moléculas de RNA que estimulam a desdiferenciação celular [quando a célula adulta passa a agir como embrionária] e a sua proliferação", diz o pesquisador Raúl Méndez, do Instituto de Pesquisa de Biomedicina de Barcelona, um dos principais autores do estudo.

Méndez explica que o grupo de proteínas CPEB, que inclui quatro tipos diferentes, é importante no desenvolvimento celular e na regeneração de tecidos em adultos. No entanto, se as proteínas ficam em "operação" continuamente, as células do corpo se dividem nos momentos errados e formam tumores.

"A descoberta é positiva de um ponto de vista terapêutico porque significa que, se você retirar a CPEB1 de células saudáveis, sua função passa a ser realizada por outras proteínas do mesmo grupo. No entanto, em tumores somente a CPEB1 tem a capacidade de alterar as regiões de RNA e agir. Então removê-la [a proteína], neste caso, afetaria apenas células cancerígenas", disse o pesquisador Felice Alessio Bava, também autor do estudo.

Com a descoberta, os cientistas criaram um caminho teórico para identificar moléculas que podem ser usadas em um remédio com finalidade terapêutica, para inibir a ação das proteínas CPEB em tumores, com poucos efeitos colaterais em células saudáveis.

"Não há remédio atualmente disponível que influencie a regulação da expressão genética no nível que apresentamos. Nossa descoberta abre uma hipótese terapêutica pioneira. Estamos otimistas com o potencial de colocar as proteínas CPEB no alvo", disse Méndez.

Por G1, em São Paulo
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