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DATA DA PUBLICAÇÃO 26/07/2016 | Educação
Ciência sem Fronteiras vai excluir graduação e focar no ensino médio
Programa será retomado com foco no ensino de línguas

O governo federal vai deixar de conceder bolsas de intercâmbio a estudantes brasileiros de graduação pelo programa Ciências sem Fronteiras (CsF). Em nota divulgada na tarde desta segunda-feira (25), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) afirmou que o programa, interrompido no ano passado, será retomado com foco no ensino de línguas "incluindo jovens pobres já no ensino médio matriculados em escolas da rede pública" e estudantes de pós-graduação.

A Capes afirma que o governo vai honrar as dívidas com os bolsistas que ainda estão no meio dos cursos no exterior. Segundo o órgão, os últimos estudantes do programa em seu molde original têm contrato de bolsa até o começo de 2017.

De acordo com a atual gestão do Ministério da Educação, uma "análise preliminar" do CsF indicou a "necessidade de aperfeiçoamento do programa, especialmente na graduação, onde as instituições de ensino participantes não foram chamadas para desempenhar um papel ativo no processo de mobilidade acadêmica".

A Capes afirma que o governo em exercício considera "elevado" o custo da graduação-sanduíche. De acordo com os dados divulgados na nota, em 2015 a Capes gastou R$ 3,248 bilhões para custear o intercâmbio de 35 mil bolsistas, "valor igual ao investido em alimentação escolar para atender 39 milhões de alunos".

De acordo com a nota, a Capes afirmou que a mudança no programa envolve um novo enfoque nos estudantes do ensino médio e no ensino de línguas tanto no exterior como no Brasil. Além disso, o órgão pretende aumentar a ênfase na mobilidade de estudantes professores e pesquisadores de pós-graduação, "com as instituições de ensino superior tendo uma participação mais ativa nos seus processos de internacionalização".

Mercadante rebate críticas
Aloizio Mercadante, ministro da Educação do governo Dilma, afirmou, também em nota, que o Ciência sem Fronteiras promoveu um "choque de internacionalização" que traz "benefícios duradouros para a ciência" e "representa um grande estímulo para a produção do conhecimento". Ele classificou como "um retrocesso inaceitável" a suspensão de novas bolsas para estudantes de graduação.

De acordo com Mercadante, o CsF enviou 73,3 mil universitários para 2.912 universidades de 54 países, e que 26,4% dos intercambistas são negros e mais da metade são de famílias com renda familiar de até seis salários mínimos. Na nota, ele afirmou ainda que quase 13 mil ex-bolsistas do CsF já terminaram a graduação e que 20% deles já iniciaram programas de pós-graduação no Brasil. Segundo Mercadante, o índice é mais alto que entre a população total de egressos da graduação (nesse caso, diz ele, menos de 5% dos graduados ingressam na pós-graduação). "Na realidade, trata-se de um governo interino que quer voltar a um Brasil em que só os ricos tinham o direito de entrar no ensino superior e de estudar no exterior", afirmou Mercadante.

Por G1, em São Paulo
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