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DATA DA PUBLICAÇÃO 22/09/2016 | Setecidades
Cidades possuem 50 mil espaços para enterro em cemitérios
Cidades possuem 50 mil espaços para enterro em cemitérios Cemitério da Vila Curuçá, em Santo André, um dos únicos que possue lugares para sepultamentos públicos. Foto: Andréa Iseki
Cemitério da Vila Curuçá, em Santo André, um dos únicos que possue lugares para sepultamentos públicos. Foto: Andréa Iseki
Cemitérios públicos mantêm jazigos perpétuos e valas públicas com rotatividade de exumações

A morte é algo que muita gente evita até pensar. Por isso, comprar um jazigo em cemitério particular não é uma prioridade no orçamento familiar. Não são todos, mas os cemitérios municipais possuem espaços para enterros onde o corpo deve ser exumado após a decomposição para dar lugar para outra pessoa. São quase 50 mil espaços somando cemitérios de quatro cidades, uma vez que Mauá e Ribeirão Pires não repassaram informações sobre esses locais. Nas vagas públicas, é necessário apenas que o falecido seja residente do município. Não é cobrada taxa de sepultamento.

Os jazigos perpétuos são lugares para enterro de famílias que possuem a concessão do terreno. Alguns cemitérios só possuem valas perpétuas sem nenhuma vaga para novos enterros. No cemitério de Paranapiacaba, localizado na parte alta da vila andreense, apenas moradores locais podem ser enterrados. E mesmo que muitos cemitérios públicos estejam com lotação máxima, nenhuma prefeitura pretende investir na construção de novos lugares para a morte.

Santo André

Em Santo André são cinco os cemitérios municipais: Cemitério da Saudade (Vila Assunção), Cemitério Cristo Redentor (Vila Pires), Cemitério Sagrado Coração de Jesus (Camilópolis), Cemitério Nossa Senhora do Carmo (Curuçá), Cemitério Bom Jesus de Paranapiacaba. Conforme informou a Prefeitura, os cemitérios Nossa Senhora do Carmo e Bom Jesus de Paranapiacaba são os únicos que permitem sepultamentos temporários para quem não possui concessão de jazigo perpétuo. O Nossa Senhora do Carmo possui 115 quadras que somam 46 mil vagas para enterros . “O corpo fica na sepultura temporária por 3 anos até se decompor, deste modo a utilização das vagas é constante visto que após esse período os restos mortais são exumados e transferidos para nichos”, informou a municipalidade.

São Bernardo

O cemitério Bairro dos Casa, em São Bernardo, é o único com espaços públicos. As vagas são liberadas conforme o número de exumações e a demanda. De acordo com a Prefeitura, em média são feitas 1,4 mil exumações por ano. Mais de 9,5 mil corpos estão sepultados em 960 jazigos. Os demais cemitérios da cidade são apenas para famílias que possuem concessão. Ela são o Vila Euclides com 35 mil corpos sepultados em 48 mi jazigos; Vila Paulicéia, que possui 46 mil jazigos perpétuos e população de 30 mil corpos e o cemitério Baeta Neves, com pouco mais de 13 mil corpos em 21 mil jazigos.

Diadema

No cemitério público de Diadema, as exumações também são feitas para liberar novos espaços. Conforme a administração, “nos locais públicos são sepultados nas gavetas em Columbários, tanto verticais quanto comuns. É exumado com três anos dos sepultamentos, assim há rotatividade entre vagar e ocupar gavetas. Com relação a Jazigos, não há uma relação da quantidade de gavetas vazias, pois não há tempo determinado para os familiares providenciarem exumação, somente conforme a necessidade da própria família”.

São Caetano

Os cemitérios de São Caetano têm 5.167 sepulturas perpétuas, com exceção do cemitério Santa Paula, em que todos os jazigos são perpétuos. As vagas públicas são 3.116 gavetas para adultos e 1504 para crianças, no Cemitério da Saudade. Os corpos são mantidos nas gavetas por três anos e depois deste prazo a família tem de fazer a exumação.

Por Renan Fonseca - ABCD Maior
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