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DATA DA PUBLICAÇÃO 11/05/2009 | Cultura
Chuva, suor e conflitos do Oasis
A chuva que castigou São Paulo e a iminência da "tempestade de merda" que deve atingir a banda inglesa Oasis - conforme previu em tom de sarcasmo o guitarrista Noel Gallagher, em alusão ao provável desfecho dos conflitos internos do grupo - não esfriaram os ânimos dos fãs. Durante o show da turnê do CD Dig Out Your Soul realizado sábado à noite na Arena Anhembi, na Capital, os roqueiros britânicos reafirmaram a capacidade de controlar o público, sem fazer força para agradar.

A multidão, composta por 17.500 pessoas, segundo a Polícia Militar, já estava entregue à celebração aos primeiros acordes da instrumental Fucking the Bushes, que abriu o espetáculo pontualmente às 22h e precedeu Rock ‘n'' Roll Star.

Blasé
Estático no meio do palco, com um pandeiro pendurado à boca - que parecia um largo e debochado sorriso -, o vocalista Liam representou sua tradicional postura blasé. Mas para alguém que na primeira excursão norte-americana, promovida na década de 1990, apresentou-se de costas para a audiência, o cantor até foi simpático.

Puxou palmas, agradeceu ao coro e disse - em forte sotaque de Manchester que desafia a compreensão até dos que dominam a língua inglesa - que seus admiradores eram "incríveis".

Responsável pelas composições mais significativas do repertório, Noel dividiu o poder com Liam e também foi espirituoso (para os padrões do Oasis, diga-se). Assim como ocorreu no último concerto do grupo, em 2006, a chuva marcou presença e motivou brincadeiras do instrumentista que chamou São Paulo de "a segunda Manchester", em referência aos elevados índices pluviométricos da cidade inglesa.

Só perdeu a paciência com os recorrentes objetos arremessados pelos fãs paulistanos ao palco e até ameaçou parar o show.

Destaque
No quesito meramente musical, Noel, que já demonstrou interesse em seguir carreira solo e declarou que a banda "é um barco à deriva", foi a estrela da noite. Apesar de não comprometer o resultado final, Liam não estava em dia inspirado e desafinou em hits como Supersonic e Champagne Supernova.

Porém, nos momentos em que o cantor retirou-se do palco e deu lugar ao guitarrista no comando do microfone, Noel brilhou na interpretação da cativante The Importance of Being Idle, destaque do CD Don''t Believe the Truth (2005).

Outras boas performances do compositor ocorreram na balada Don''t Look Back in Anger - pepita do segundo disco do Oasis What''s the Story, Morning Glory - que foi revestida com arranjo singelo e sustentado apenas por violão e a eficiente guitarra de Gem Archer.

Os fãs entoaram em uníssono o verso "por favor, não coloque sua vida nas mãos de uma banda de rock", que ilustrou bem a relação dos Gallagher. Também merecem menções honrosas o ágil baterista Chris Sharrock, o baixista Andy Bell - seguro e preciso - e o tecladista Jay Darlington. Ao final do show, o Oasis prestou tributo à sua maior referência, os Beatles, com o cover da lisérgica I''m the Walrus.

Por Dojival Filho - Diário do Grande ABC
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