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DATA DA PUBLICAÇÃO 22/02/2010 | Turismo
Chile: Santiago reluz mesmo sem cordilheira
Santiago é uma capital que cabe na palma da mão. Cidade feita para ser percorrida a pé, em que o visitante tem sempre um guia à disposição. Perdeu-se? Olhe para o lado, veja onde está a cordilheira dos Andes. Lá é o leste. Ou oriente, como os donos da casa preferem. Pena que se esconda cada vez mais. Não que a culpa seja dela. Pelo menos não totalmente.

A poluição gerada por seus quase 6 milhões de habitantes da cidade enevoa os montes. E lá fica, justamente porque as montanhas que cercam a cidade impedem a dissipação dos poluentes. Os contornos melhoram nos fins de semana, com ruas mais vazias, mas não muito.

Jaime Bórquez

Mirante no cerro San Cristóbal, de onde se vê a cidade inteira
"A situação tende a melhorar, pois existem vários programas de controle de emissão de poluentes. Mas alguns aspectos de visibilidade não estão somente associados com a poluição mas também com a neblina", diz Maria de Fátima Andrade, professora do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP.

Se as montanhas se escondem na paisagem, escolha outra orientação. Uma alternativa é a avenida Libertador Bernardo O'Higgins, a principal rua da cidade, conhecida pela alcunha de Alameda, que corta vários bairros e empresta o curso para a principal linha do metrô, que, aliás, é abarrotado, mas silencioso (há pneus diminuindo o atrito dos trens com os trilhos).

Outro guia é o rio Mapocho, que, limpo, mas com águas escuras, estabelece a fronteira entre vários bairros. A oeste está o centro, com os famigerados palácio de la Moneda e plaza de Armas. Pouco mais além, do outro lado do Mapocho, Bellavista e suas casas coloridas, que servem de palco para restaurantes turísticos e casas de jazz envolventes (sim, Santiago tem seu lado Nova Orleans). Ainda mais além, atravessando novamente o rio, fica Providencia, outra zona boêmia, com pitadas de ruas comerciais.

Envolvendo tudo, ruas limpas, trânsito organizado, táxis razoáveis (no preço e nos carros; a bandeirada é de 200 pesos chilenos; R$ 0,84), ônibus velhos, mas baratos (menos de R$ 1,50). E um povo que adora os brasileiros. Você pode arriscar seu melhor espanhol que eles sempre vão querer travar conversas em português, ou melhor, espanhol com duas ou três palavras em nosso idioma.

Seja bem-vindo

Jaime Bórquez

Corredor no Parque Florestal
O primeiro passeio a ser feito em Santiago tem de incluir certa escalada. É preciso ser apresentado à cidade lá do alto: para contemplar a cordilheira e entender a arquitetura dos bairros.

Para isso, é só escolher um dos cerros (colinas) que foram transformados em parques urbanos: o San Cristóbal e o Santa Lucia.

O primeiro, chamado oficialmente de Parque Metropolitano de Santiago, é considerado o maior do Chile, com 712 hectares. No topo, lembrando nosso Redentor, uma imagem de 14 metros da Imaculada Conceição. Para chegar ao alto, você pode subir de bonde (entrando pela calle Pio Nono) ou de teleférico (pela Pedro de Valdívia) ou caminhar (e muito, com a ressalva de que as ruas são vazias demais).

Se escolher o teleférico, ao entrar no carrinho, uma placa avisará que, em caso de falta de energia, os motores de emergência colocarão o mecanismo em funcionamento. Isso é verdade, mas você pode ficar uns dez minutos pendurado, a uns 20 metros de altura, até que isso aconteça. Ou seja, quem tem medo de altura não vai apreciar muito a vista.

Nesse caso, é melhor subir as escadas do cerro Santa Lucia, que tem uma fonte no estilo da romana fontana di Trevi. O mirante não é como o topo de San Cristóbal, mas, em época de poluição, pode não fazer tanta diferença.

Seja qual for sua opção, quando estiver no alto, fique alguns minutos olhando a cidade, reconhecendo a alameda, os bairros, a posição das montanhas. Entendeu como tudo funciona? Então desça, siga os roteiros e explore Santiago.

Juliana Doretto viajou a convite da Lufthansa e da Swiss

Por Juliana Doretto - Colaboração para a Folha de São Paulo, no Chile
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