DATA DA PUBLICAÇÃO 31/07/2013 | Setecidades
Chácara Baronesa aumenta segurança contra as drogas
Foto: Andréa Iseki/DGABC
O governo estadual promete revitalizar a Chácara Baronesa, em Santo André, até o fim do ano. A meta foi estipulada pelo secretário estadual do Meio Ambiente, Bruno Covas. Além disso, o monitoramento da área será reforçado por bases fixas e mais vigilantes 24 horas a partir da próxima semana.
Em fevereiro, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) liberou R$ 4 milhões para melhorias no espaço. Atualmente, a área de 350 mil m² em condições de APA (Área de Proteção Ambiental) é alvo de invasões, possui centenas de moradias irregulares e virou ponto de abrigo para usuários de drogas.
A intenção é transformar o espaço, localizado na divisa com São Bernardo, em parque de lazer para utilização da população. Estão previstas a instalação de muro, cerca, quadra, campo de futebol, academia ao ar livre e trilhas. Na próxima semana será lançada a licitação para contratação do pacote de serviços, que terá custo de R$ 3 milhões.
“Se não houver contestação na Justiça, a obra deve se iniciar no fim de setembro. Como não é algo tão complexo, como o Rodoanel, acredito que não teremos problemas que comprometam esse prazo”, afirmou o titular da Pasta estadual.
O restante da verba será investida na segurança do espaço. A secretaria estadual do Meio Ambiente já contratou empresa de guarda patrimonial, ao custo de R$ 1 milhão, para atuar no local. O serviço será iniciado na próxima semana. Serão 14 postos, com 56 homens se revezando em turnos com 28 profissionais em cada período.
“Desde o início do ano a gente tem reunido a coordenadoria de parque urbanos para fazer a revitalização da área, com a colocação de equipamentos mínimos para atender aos moradores da região, que devem se apropriar do espaço. Quanto mais as pessoas se sentirem donas do lugar, melhor será. A população tem de ser nossa parceira na conservação do local”, disse Bruno.
O secretário considera que a Chácara Baronesa foi pouco aproveitada nos últimos anos. “Temos essa área de grande porte, na divisa entre Santo André e São Bernardo, cidades onde falta espaço como esse, que recebe menos de 1.000 visitantes por mês. O investimento trará benefício social muito grande à região.”
HABITAÇÃO
A Chácara Baronesa abriga cerca de 700 moradias irregulares. Bruno disse que há conversas entre a Secretaria Estadual de Habitação e as administrações de Santo André e São Bernardo para solucionar o problema. “Haverá diálogo com as prefeituras para que haja também alguns benefícios em torno do parque, que melhore os acessos ao espaço. Espero conseguir trazer o governador no fim do ano para inaugurar as melhorias no parque”, prometeu o secretário.
Para evitar outras invasões, está previsto cercamento em 100% do espaço. Em locais mais críticos, será feito muro de alvenaria. As demais delimitações do parque terão gradil de ferro fixo.
O deputado estadual Orlando Morando (PSDB), que se reuniu com Bruno ontem para tratar do assunto, disse que tentará intermediar a remoção de moradias irregulares na entrada principal do local, pelo Jardim Oriental, junto à Prefeitura de Santo André. “Vou falar com o prefeito (Carlos) Grana (PT) para que busque um caminho para a remoção dessas famílias de lá, já que é uma área do município. Precisamos tratar esse problema para melhorar o aspecto visual no acesso principal do parque”, avaliou o parlamentar.
Tombamento não muda cronograma de intervenções
A Secretaria de Cultura de Santo André pediu a homologação e o tombamento da Chácara Baronesa, antigo Haras São Bernardo, no dia 25. Na prática, a medida não altera o cronograma de obras do governo do Estado. O Haras já é tombado pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico) desde 1990.
“Porém, é preciso resolver a questão da ocupação das famílias. Sem isso, não há como preservar a área tombada”, destaca o vice-presidente do Comdephaapasa (Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico-Urbanístico e Paisagístico de Santo André), Adalberto Dias.
O terreno, na divisa com São Bernardo, tem 350 mil m² e abriga cerca de 700 moradias irregulares. (Camila Galvez)
Equipe de vigilância não inibe presença de usuários de crack
Apesar da ampliação do sistema de segurança, a Chácara Baronesa continua a sofrer com os velhos problemas observados desde maio de 2012. A presença de equipe de vigilância 24 horas e instalação de câmeras neste mês não foram suficiente para coibir a presença de usuários de drogas, evitar o roubo de fios e câmeras de segurança e a ocupação de mais famílias na área verde.
Em visita ao parque, na tarde de ontem, a equipe do Diário constatou que o portão instalado pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente no ano passado segue entreaberto e a entrada das pessoas é controlada por vigilante de dentro da guarita instalada no local. O profissional tem a tarefa de monitorar as poucas câmeras que ainda restam pelo parque, a maioria próxima à portaria.
Outros dois funcionários da empresa contratada para o serviço de segurança são responsáveis pela ronda a pé. Segundo um deles, o trabalho é tranquilo, mas fica perigoso, principalmente à noite, quando um dos profissionais falta ao trabalho, situação que aconteceu ontem. No período noturno, os homens usam lanternas para percorrer o espaço, tendo em vista que a iluminação ficou comprometida em virtude do roubo de fios.
“Temos algumas trilhas definidas por onde circulamos, mas infelizmente não conseguimos evitar a presença dos usuários de drogas. Tentamos dialogar com eles para que não roubem a fiação e deixem a área, mas não surte efeito”, afirma um dos vigilantes.
Durante o período em que a equipe do Diário circulou pela área verde, apenas um usuário de crack foi avistado, no entanto, de acordo com os profissionais contratados pelo Estado para atuar na área, há pessoas que praticamente moram na Chácara Baronesa. “Aos fins de semana a circulação é mais intensa”, diz um deles. (Natália Fernandjes)
Em fevereiro, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) liberou R$ 4 milhões para melhorias no espaço. Atualmente, a área de 350 mil m² em condições de APA (Área de Proteção Ambiental) é alvo de invasões, possui centenas de moradias irregulares e virou ponto de abrigo para usuários de drogas.
A intenção é transformar o espaço, localizado na divisa com São Bernardo, em parque de lazer para utilização da população. Estão previstas a instalação de muro, cerca, quadra, campo de futebol, academia ao ar livre e trilhas. Na próxima semana será lançada a licitação para contratação do pacote de serviços, que terá custo de R$ 3 milhões.
“Se não houver contestação na Justiça, a obra deve se iniciar no fim de setembro. Como não é algo tão complexo, como o Rodoanel, acredito que não teremos problemas que comprometam esse prazo”, afirmou o titular da Pasta estadual.
O restante da verba será investida na segurança do espaço. A secretaria estadual do Meio Ambiente já contratou empresa de guarda patrimonial, ao custo de R$ 1 milhão, para atuar no local. O serviço será iniciado na próxima semana. Serão 14 postos, com 56 homens se revezando em turnos com 28 profissionais em cada período.
“Desde o início do ano a gente tem reunido a coordenadoria de parque urbanos para fazer a revitalização da área, com a colocação de equipamentos mínimos para atender aos moradores da região, que devem se apropriar do espaço. Quanto mais as pessoas se sentirem donas do lugar, melhor será. A população tem de ser nossa parceira na conservação do local”, disse Bruno.
O secretário considera que a Chácara Baronesa foi pouco aproveitada nos últimos anos. “Temos essa área de grande porte, na divisa entre Santo André e São Bernardo, cidades onde falta espaço como esse, que recebe menos de 1.000 visitantes por mês. O investimento trará benefício social muito grande à região.”
HABITAÇÃO
A Chácara Baronesa abriga cerca de 700 moradias irregulares. Bruno disse que há conversas entre a Secretaria Estadual de Habitação e as administrações de Santo André e São Bernardo para solucionar o problema. “Haverá diálogo com as prefeituras para que haja também alguns benefícios em torno do parque, que melhore os acessos ao espaço. Espero conseguir trazer o governador no fim do ano para inaugurar as melhorias no parque”, prometeu o secretário.
Para evitar outras invasões, está previsto cercamento em 100% do espaço. Em locais mais críticos, será feito muro de alvenaria. As demais delimitações do parque terão gradil de ferro fixo.
O deputado estadual Orlando Morando (PSDB), que se reuniu com Bruno ontem para tratar do assunto, disse que tentará intermediar a remoção de moradias irregulares na entrada principal do local, pelo Jardim Oriental, junto à Prefeitura de Santo André. “Vou falar com o prefeito (Carlos) Grana (PT) para que busque um caminho para a remoção dessas famílias de lá, já que é uma área do município. Precisamos tratar esse problema para melhorar o aspecto visual no acesso principal do parque”, avaliou o parlamentar.
Tombamento não muda cronograma de intervenções
A Secretaria de Cultura de Santo André pediu a homologação e o tombamento da Chácara Baronesa, antigo Haras São Bernardo, no dia 25. Na prática, a medida não altera o cronograma de obras do governo do Estado. O Haras já é tombado pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico) desde 1990.
“Porém, é preciso resolver a questão da ocupação das famílias. Sem isso, não há como preservar a área tombada”, destaca o vice-presidente do Comdephaapasa (Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico-Urbanístico e Paisagístico de Santo André), Adalberto Dias.
O terreno, na divisa com São Bernardo, tem 350 mil m² e abriga cerca de 700 moradias irregulares. (Camila Galvez)
Equipe de vigilância não inibe presença de usuários de crack
Apesar da ampliação do sistema de segurança, a Chácara Baronesa continua a sofrer com os velhos problemas observados desde maio de 2012. A presença de equipe de vigilância 24 horas e instalação de câmeras neste mês não foram suficiente para coibir a presença de usuários de drogas, evitar o roubo de fios e câmeras de segurança e a ocupação de mais famílias na área verde.
Em visita ao parque, na tarde de ontem, a equipe do Diário constatou que o portão instalado pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente no ano passado segue entreaberto e a entrada das pessoas é controlada por vigilante de dentro da guarita instalada no local. O profissional tem a tarefa de monitorar as poucas câmeras que ainda restam pelo parque, a maioria próxima à portaria.
Outros dois funcionários da empresa contratada para o serviço de segurança são responsáveis pela ronda a pé. Segundo um deles, o trabalho é tranquilo, mas fica perigoso, principalmente à noite, quando um dos profissionais falta ao trabalho, situação que aconteceu ontem. No período noturno, os homens usam lanternas para percorrer o espaço, tendo em vista que a iluminação ficou comprometida em virtude do roubo de fios.
“Temos algumas trilhas definidas por onde circulamos, mas infelizmente não conseguimos evitar a presença dos usuários de drogas. Tentamos dialogar com eles para que não roubem a fiação e deixem a área, mas não surte efeito”, afirma um dos vigilantes.
Durante o período em que a equipe do Diário circulou pela área verde, apenas um usuário de crack foi avistado, no entanto, de acordo com os profissionais contratados pelo Estado para atuar na área, há pessoas que praticamente moram na Chácara Baronesa. “Aos fins de semana a circulação é mais intensa”, diz um deles. (Natália Fernandjes)
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