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DATA DA PUBLICAÇÃO 04/10/2013 | Setecidades
Cetesb analisa há 16 meses remediação do Rodoanel Sul
Cetesb analisa há 16 meses remediação do Rodoanel Sul Área da represa que era utilizada por moradores para lazer foi aterrada para a construção de ponte do trecho Sul do Rodoanel no Jardim Canaã, em São Bernardo. Foto: Andris Bovo
Área da represa que era utilizada por moradores para lazer foi aterrada para a construção de ponte do trecho Sul do Rodoanel no Jardim Canaã, em São Bernardo. Foto: Andris Bovo
Dersa aterrou mais de 500 metros do manancial para construir ponte do trecho Sul do Rodoanel

Faz exatamente um ano e quatro meses que a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) analisa o projeto paisagístico proposto pela Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.) para reduzir o dano ambiental que a autarquia causou na represa Billings, ao aterrar mais de 500 metros do braço do manancial para construção de uma ponte do trecho Sul do Rodoanel, no Jardim Canaã, em São Bernardo. A Cetesb não explicou o motivo da demora, apenas destacou que a proposta segue em análise.

“A demora soa ruim até porque falamos de dois órgãos estaduais. Empreendedor e licenciador são praticamente a mesma pessoa, o que leva a crer que há cumplicidade entre eles para que nem o mínimo seja feito”, avaliou Virgilio Alcides de Farias, advogado ambientalista e membro do Movimento de Defesa da Vida ABC. Enquanto o projeto está em análise, a área segue abandonada.

Os moradores do Jardim Canaã e a Prefeitura de São Bernardo não aceitam o projeto paisagístico proposto da Dersa para reduzir o impacto ambiental no local. A comunidade exige que a autarquia estadual devolva as áreas de lazer. A obra varreu do mapa a prainha e danificou o lago Caulim.

Em nota, a Dersa afirmou que o projeto não prevê áreas de lazer e ressaltou que a primeira proposta previa a construção do Parque Billings, recusado pela Prefeitura.

Os moradores estiveram na Assembleia Legislativa em setembro. Os líderes dos partidos se comprometeram a agendar reunião entre moradores, Dersa e secretário estadual de Transportes, Jurandir Fernandes.

“Queremos saber por que os R$ 40 milhões que seriam investidos no parque não podem ser diluídos em melhorias no bairro e outras regiões afetadas pelo rodoanel”, afirmou Evaldo Pereira Carvalho, presidente da Associação Desportiva Social e Cultural Los Angeles e Canaã.

Parque ainda aguarda desapropriações

O entrave das compensações ambientais do Jardim Canaã se estende também ao Parque Riacho Grande, que segue parado. Neste caso, o problema não está nas mãos da Cetesb ou da Dersa, mas da Justiça, que precisa desapropriar 26% dos imóveis da área do futuro parque.

Com 222 hectares, o parque fica na estrada Pedra Branca, entre os bairros Areião, Vila Sabesp e Vila Estudante, na região do Montanhão. No local está previsto investimento de R$ 23 milhões. Da área total, a maior parte (183,8 hectares) precisou ser desapropriada. A sede e as portarias do parque já estão prontas.

A Dersa informou que o plano de manejo, elaborado pela Universidade de São Paulo, já está pronto. O plano de gestão do parque prevê uma unidade de conservação de proteção integral, que permite realização de pesquisas científicas e desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental e de turismo ecológico.

Além dos processos judiciais de desapropriação, para que o parque entre em funcionamento, a Dersa informou que é necessário que o município assuma a administração do local. No entanto, a Prefeitura explicou que só assumirá a administração quando as pendências fundiárias estiverem resolvidas.

Moradores querem negociar com a Dersa

Os moradores buscam negociar com a Dersa uma saída para o dano ambiental criado pelo Rodoanel Sul, mas Evaldo Pereira Carvalho, da Associação Desportiva Social e Cultural Los Angeles e Canaã, garantiu que a comunidade não se acomodará mediante negativas da autarquia estadual.

“Se for preciso, vamos entrar com recurso no Ministério Público para exigir que a Dersa cumpra o convênio assinado com o município”, afirmou. O documento de 2010 estabelece medidas compensatórias e reparadoras da implantação do Rodoanel Sul.

A princípio, estava previsto que o espaço abrigaria o Parque Billings, orçado em R$ 40 milhões. Porém, em setembro de 2011, a Prefeitura recusou a proposta porque exigiria a ampliação do aterro, uma vez que a área alaga na cheia da represa. A Dersa optou por montar projeto paisagístico do arquiteto Ruy Ohtake para a área.

Para a Prefeitura, o valor destinado à obra paisagística seria mais bem utilizado para sanar outros problemas ambientais no entorno da represa. A Administração propôs que o recurso fosse usado para a remoção de 1,5 mil famílias que hoje ocupam áreas da Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A.), praticamente dentro da represa. Porém, a Dersa não aceitou.

Por Claudia Mayara - ABCD Maior
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