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DATA DA PUBLICAÇÃO 03/03/2008 | Cidade
Cenário favorece setor petroquímico
Um cenário moderadamente favorável, dado por uma demanda que deve se manter aquecida tanto no País quanto no Exterior, deve ajudar a impulsionar a indústria petroquímica neste ano.

A avaliação é de analistas ouvidos pelo Diário, que ressaltam, no entanto, que há alguns entraves a serem superados, principalmente no que se refere aos custos.

Essa indústria, que é uma das principais molas propulsoras da economia regional (o Pólo Petroquímico do Grande ABC responde por mais de 60% da arrecadação tributária de Mauá e por 30% da de Santo André), deverá passar, dessa forma, por desafios semelhantes aos enfrentados em 2007.

Um dos problemas é a disparada do preço da nafta (derivado do petróleo que é a principal matéria-prima do setor), que no ano passado subiu mais de 50%. No início de 2007 estava cotada a US$ 553 a tonelada e encerrou o ano a US$ 865.

Para o vice-presidente e analista sênior da Moody´s no Brasil, Richard Sippli, o panorama é “cautelosamente otimista”, por conta da elevação do petróleo, que já gira em US$ 100 o barril – o que reflete diretamente nos preços da nafta.

Mas o executivo da agência internacional de classificação de risco de crédito, avalia que há motivo para otimismo. “A economia brasileira vai se sustentar ao longo do ano, o que facilitará o repasse dos custos”, afirma.

Ele considera ainda que, nesse cenário de nafta elevada, pode haver redução de margens de lucro mas as empresas poderão ganhar em faturamento, com maior volume de vendas, devido à demanda aquecida. “Com isso, a geração de caixa poderá ser maior”, diz o analista.

Consolidação - Um fator positivo para o setor nacional é o processo de consolidação em dois grandes grupos: a Unipar, e a Braskem. A primeira se associou à Petrobras para criar a Companhia Petroquímica do Sudeste, que vai integrar operações no Grande ABC (unindo a gestão das fábricas da Petroquímica União, da antiga Suzano Petroquímica e da Polietilenos União, entre outras). A segunda também obteve parceria da estatal, para a formação do Pólo do Sul. “Esse processo é importante, em uma indústria que é globalizada”, disse Sippli.

Avaliação semelhante tem o diretor da consultoria Maxiquim, João Luiz Zuneda. “A indústria petroquímica entrou em uma nova fase que possibilitará investimentos nessas companhias”, afirmou.

Zuneda considera ainda que se não houvesse esse movimento de criação de duas companhias fortes, a atividade brasileira estaria numa situação bem mais complicada.

A expectativa do consultor é de uma fase de transição, após o final dos arranjos societários, que permitirá às companhias avançar em projetos regionais e internacionais.

Segmento já passou por consolidação

O segmento de filmes plásticos flexíveis de BOPP é um exemplo de uma atividade que já passou por um processo de consolidação, como ocorre na indústria petroquímica.

Duas grandes empresas dominam o mercado no País, a Vitopel, que em 2005 adquiriu a Votocel do grupo Votorantim, e a Apolo Filmes.

Com presença global e escritórios no Brasil, Estados Unidos e Argentina, a Vitopel conta hoje com nove linhas de produção em três unidades industriais, uma na Argentina e duas no Brasil. A planta fabril de Totoral, no país vizinho, tem capacidade média de 32 mil toneladas anuais, a de Mauá – que em 2001 triplicou sua produção, passando a 43 mil toneladas anuais – e a de Votorantim (SP), que produz 75 mil toneladas anuais.

Controlada pelos fundos de investimentos dos bancos JP Morgan, Chase e CSFB, a empresa foi inaugurada em 1988. Atualmente, além da liderança do mercado no País e na Argentina, a direção da companhia quer aproveitar o bom cenário econômico, em que a demanda está aquecida, para fazer a fabricante entrar em novo ciclo de crescimento.

“O Brasil passou por algumas complicações financeiras, mas o investimento direto estrangeiro já voltou, tanto que o dólar está caindo. O grande problema ainda é o custo do capital e a carga tributária”, disse o presidente da produtora de filmes plásticos, José Ricardo Roriz Coelho.

Por Leone Farias - Diário do Grande ABC
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