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DATA DA PUBLICAÇÃO 08/10/2015 | Tecnologia
Cemitério São João Batista, Rio, é o 1º da América Latina a ter mapa virtual
 Cemitério São João Batista, Rio, é o 1º da América Latina a ter mapa virtual Imagem do Google do corredor de entrada do São João Batista (Foto: Reprodução/ Google Street View)
Imagem do Google do corredor de entrada do São João Batista (Foto: Reprodução/ Google Street View)
Imagens podem ser vistas no Google Street View.
Local abriga túmulos de celebridades e políticos famosos.


O Cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul do Rio, é o primeiro da América Latina a ser mapeado pelo Google Street View. A plataforma permite aos visitantes caminhar virtualmente entre os jazigos. O objetivo do projeto é revelar, na internet, detalhes sobre o território de mais de 183 mil metros quadrados, que reúne curiosidades como túmulos de artistas e políticos e uma imensa coleção de arte sob a forma de esculturas, mosaicos e vitrais que decoram os jazigos.

Para Lourival Panhozzi, diretor do núcleo de cemitérios da Rio Pax, concessionária que administra o São João Batista, o local passa por um processo de renovação no qual o tradicional se une à modernidade. “O Google nos procurou e pediu a nossa autorização para o mapeamento”, afirmou o diretor.

Todo o mapeamento do território do cemitério levou dois dias. O equipamento usado para circular entre as vielas é chamado de Trekker, parecido com o usado para mapear as ruas de carro, mas de forma compacta, acoplado a uma mochila. A área foi toda percorrida a pé.

Para o historiador Milton Teixeira, que realiza visitas guiadas ao São João Batista, as imagens do cemitério expostas para quem quiser acessar são um meio de fazer com que o local seja visto de maneira mais natural por todos.

“Esse mapeamento vai permitir que o cemitério seja desmistificado como local de morte e afastamento, e se torne um local de encontro e arte. O acervo histórico de lá é único no Brasil. São mais de 30 obras de Bernardelli, Humberto Cozzo e de outros mais que são desconhecidos dos historiadores da arte. Ao mesmo tempo, permite que encontremos personalidades da história do Brasil que não sabíamos que estavam enterradas ali”, afirmou Teixeira.

Saneamento do Rio
O Cemitério São João Batista foi inaugurado em 1852 por D. Pedro II. O objetivo era melhorar as condições de salubridade do Rio de Janeiro, após um surto de febre amarela em 1849. No ano seguinte, o enterro foi proibido nas igrejas da cidade, por facilitar a proliferação de doenças.

Antes de se tornar um cemitério, a área do São João Batista era uma chácara, que foi comprada pelo governo imperial com a venda de títulos de nobreza. A inauguração foi marcada por uma polêmica à la O Bem Amado: nenhuma família queria inaugurar o cemitério. Coube a uma filha de escravos, Rosaura, que faleceu aos quatro anos de idade, ser a primeira pessoa a ser sepultada no local. Desde então, mais de 65 mil pessoas foram enterradas no local até os dias atuais.

O Cemitério São João Batista abriga diversos túmulos de celebridades, como o da cantora Carmen Miranda, adornado por uma imagem de Santo Antônio, santo de devoção da artista. O do cantor e compositor Cazuza, que leva o epitáfio “O tempo não para”, de uma de suas mais famosas canções. Outro que cita a própria obra é o túmulo de Tom Jobim, que conta com “Longa é a arte, tão breve a vida”, da canção Querida.

O túmulo do inventor Santos Dumont, que conta com uma estátua de Ícaro, homem que usava asas e que representa o sonho de voar; o de Luís Carlos Prestes, que tem um enorme trevo de quatro folhas que faz alusão ao apelido de “Cavaleiro da Esperança”.

O local também guarda os restos mortais de sete ex-presidentes: Artur Bernardes, Artur da Costa e Silva, Emílio Garrastazu Médici, Eurico Gaspar Dutra, Floriano Peixoto, Nilo Peçanha e José Linhares.

Outro ponto que chama a atenção no imenso terreno do cemitério é o mausoléu da Academia Brasileira de Letras, que abriga os restos mortais de escritores como Machado de Assis e Guimarães Rosa.

Uma lista de túmulos considerados originais pelos pesquisadores do Google mostra uma série de exemplos de esculturas que chamam a atenção no acervo. Entre elas está a de um cachorro, símbolo de fidelidade, que adorna o túmulo da família Portella. Outro jazigo mostra uma família do século XIX com pai e mãe, sentados, e o filho, olhando para o casal.

Por Cristina Boeckel - G1, no Rio
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