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DATA DA PUBLICAÇÃO 23/10/2014 | Internacional
Celebridades e multas são ''armas'' da Califórnia contra desperdício de água
Estado dos EUA enfrenta terceiro ano de seca e tem abastecimento afetado.

Lady Gaga e Conan O'Brien gravaram vídeos para conscientizar população.


Montagem compara a região da Ponte Enterprise, que cruza o Lago Oroville, na Califórnia. A primeira foto é de 20 de julho de 2011. A segunda, de 19 de agosto de 2014.

A exemplo de São Paulo, o mais populoso estado americano, a Califórnia, também enfrenta um longo período de estiagem que ameaça o abastecimento de água da população.

Há 3 anos, o estado tenta evitar os efeitos do pior período de seca de sua história, obrigando o governo local a tomar medidas drásticas para conservar recursos hídricos e reduzir o desperdício, em uma campanha que inclui a aplicação de multas diárias a quem cometer ilegalidades relacionadas ao uso de água e a participação de celebridades como Lady Gaga, pedindo economia.

Com 37,6 milhões de habitantes, a Califórnia tem registrado queda nos níveis de chuva e, consequentemente, a redução dos níveis de seus rios e reservatórios. De acordo com o Centro Nacional de Mitigação à Seca dos Estados Unidos, 81% do território enfrenta estiagem extrema e 58,4% do estado vive dias de seca excepcional – classificação mais grave, segundo o órgão americano.

Assim, o governador local, o democrata Edmund Jerry Brown, que concorre à reeleição ainda este ano, declarou em janeiro situação de emergência e pediu à população que reduzisse em 20% o consumo de água, no intuito de evitar racionamento.

Em julho, ficou determinado que, por nove meses, quem utilizasse água potável para lavar calçadas e regar gramados ou lavasse carros com mangueira sem controle de vazão, e fosse flagrado, poderia ser multado em US$ 500 por dia e que as agências responsáveis pelo abastecimento em condados e cidades tinham que apresentar planos de segurança hídrica. Quem não cumprisse a ordem estaria sujeito a multa de US$ 10 mil diários.

Descontos e apelo de celebridades
Outra campanha desenvolvida concede desconto na conta de água de quem retirar voluntariamente o gramado de suas casas durante a seca, a fim de evitar o uso de água para regar a grama e outras plantas. Segundo o governo, até agosto já foram pagos US$ 42,9 milhões em descontos a quem aderiu à medida.

Foram criados ainda dois portais na internet, um que atualiza a população sobre o estágio da seca e outro que conscientiza os usuários sobre a necessidade de economizar água, além de dar dicas de redução do desperdício.

O “saveourwater.com” (salve nossa água, na tradução do inglês) apela para vídeos com artistas, como o apresentador Conan O’Brien e os cantores Lady Gaga e Sammy Hagar, ex-integrante da banda Van Halen.

Segundo o governo da Califórnia, desde que as medidas foram implementadas, 11,5% das moradias e fábricas instaladas no estado aderiram à economia de água. Em julho passado, o índice era de 7,5%. Em algumas áreas, como na região do Rio Sacramento, a população conseguiu economizar 22,6% em relação ao volume gasto em períodos de não escassez.

Mesmo assim, 10 dos 12 principais reservatórios do estado estão com níveis inferiores a 50% – alguns têm apenas 11% da capacidade de abastecimento – e houve 59 decretos de emergência requisitados por cidades, como a turística Santa Barbara, e condados.

Max Gomberg, Conselheiro para Mudanças Climáticas e Recursos Hídricos da Califórnia, disse ao G1 que a seca já desempregou 17 mil pessoas no setor agrícola, impactou na biodiversidade e deu prejuízo econômico de US$ 2,2 bilhões.

Segundo ele, a população entende a gravidade da crise e as ações para conservação da água desde que o poder público dê o alerta sobre o que está acontecendo. "A imposição de restrições é eficaz se o público entende que é necessária", explica.

Em comunicado divulgado pelo departamento de recursos hídricos do estado norte-americano, Felicia Marcus, presidente do Conselho estadual de água, afirma que muitas comunidades da Califórnia tem respondido seriamente à seca e tornando a conservação da água como prioridade. “O aumento é uma coisa boa. No entanto, enquanto não tivermos chuva, teremos que continuar a economia”, explica Felícia.

Por Eduardo Carvalho - G1, em São Paulo
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