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DATA DA PUBLICAÇÃO 29/01/2012 | Economia
Catadores esperam ampliar renda nas cooperativas
Catadores esperam ampliar renda nas cooperativas  Maria Vieira Rodrigues é uma das trabalhadoras da CooperPires e sobrevive do ofício. Foto: Andris Bovo
Maria Vieira Rodrigues é uma das trabalhadoras da CooperPires e sobrevive do ofício. Foto: Andris Bovo
Nova política de reciclagem vai aumentar demanda da atividade dos trabalhadores

“Isso que chamam de lixo é a minha riqueza”, afirmou a catadora da CooperPires (Cooperativa de Reciclagem de Ribeirão Pires), Maria da Conceição da Silva, que aos 76 anos explica que o ofício é essencial para manter a saúde, além de garantir o seu rendimento. “Aqui faço amizades, ocupo o meu tempo, e tenho certeza que sou útil ao meio ambiente.”

As perspectivas para o serviço de catador de material reciclável são boas na Região. Com a nova Política Nacional de Resíduos Sólidos, a partir de 2014, as prefeituras terão de elaborar os planos para a atividade, o que demandará novos postos de trabalho e equipamentos nos centros de triagem. Os cooperados esperam que a renda mensal dobre em dois anos. Atualmente o ganho médio de 300 trabalhadores de oito cooperativas de reciclagem no ABCD é de R$ 500 por mês.

O destino da coleta seletiva na Região ainda precisa avançar (ver quadro). Em São Bernardo, menos de 1% do material reciclável é coletado e destinado para empresas que reutilizarão ou encaminharão corretamente.

Com a nova legislação, os municípios de todo o país serão obrigados a estabelecer um plano municipal. A proposta abrange a ampliação da coleta seletiva da cidade, novos espaços para triagem, equipamentos que facilitem a separação, como prensas e esteiras, e capacitação profissional dos catadores.

Mais trabalho - Em São Bernardo 70 catadores trabalham atualmente em duas cooperativas. O diretor de limpeza urbana, Maurício Cardoso, afirmou que nos próximos cinco anos serão criados cerca de 700 novos postos de trabalho, já que a Administração irá dobrar a quantidade de postos de entrega voluntária do material. Além disso, estuda implantar a retirada porta a porta e investir em educação ambiental para a população. “Vamos coletar 10% do material do município nesse período, por isso, temos muitas ações a implementar”.

Em Ribeirão Pires, os catadores recebem capacitação e o novo centro de triagem está sendo equipado.“Com esteiras, mais prensas e galpões maiores acredito que a vida irá melhorar”, afirmou a catadora da CooperPires, Joana Darc Pereira da Costa, 43 anos.

Na Região, apenas Rio Grande da Serra e São Caetano não possuem cooperativas. Em Santo André, a coleta do material é realizada pelo Semasa e repassada para triagem para duas cooperativas. Nos demais municípios, a coleta é promovida com parcerias entre as cooperativas e as Prefeituras.

Atividade insere trabalhador

O sentimento comum entre os trabalhadores é o sonho de uma vida melhor. No início, a rentabilidade é mínima, cerca de R$ 50 por mês, depois aprimoram a organização, firmam parcerias de pontos de recolhimento do material e então conseguem fazer uma retirada mensal de R$ 500. O valor varia de acordo com a quantidade recolhida e o preço comercializado.

O clima no centro de triagem é alegre e descontraído. No meio de montanhas de material, os catadores separam cada item e esquecem os problemas pessoais. Cada um tem uma função, enquanto alguns realizam a separação, outros prensam e organizam os produtos que serão vendidos.

A lata de alumínio é o produto mais rentável, custa R$ 2,20 o quilo. Mas, não é o recolhido em maior quantidade. O papelão e embalagens longa vida são comercializados por R$ 0,33, a garrafa pet e outros plásticos são vendidos por R$ 0,40.

A maioria dos itens é vendida a atravessadores, em geral empresas que compram e revendem para indústrias que irão reaproveitar o material na confecção de outros itens. “ O atravessador é como um ferro velho, o preço dele é menor do que se vendessemos direto para a indústria” afirmou catadora da CooperPires, Joana Darc Pereira da Costa, 43 anos.

Para vender diretamente para as indústrias, a cooperativa precisa reunir toneladas de cada material, mas como não há espaço para o armazenamento, a saída é vender para os atravessadores para garantir a renda mensal.

O perfil dos catadores da Região é praticamente o mesmo dos demais municípios do País. São homens e mulheres entre 18 e 80 anos, muitos do interior ou de outros estados.

Por Michelly Cyrillo - ABCD Maior
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