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DATA DA PUBLICAÇÃO 05/04/2010 | Turismo
Castelo de Sherborne guarda até cachimbos de Raleigh
Depois de visitar a abadia e o centrinho de Sherborne, de aproveitar de um dos seus pubs e cafés, tire algumas horas para visitar o velho castelo, ou Old Castle, e o novo, também chamado de Sherborne Castle.

Comece pelo Old Castle (www.english-heritage.org.uk/sherborne), fortaleza de pedra com fosso na entrada que foi do arcebispo católico de Salisbury, isso até ter sido expropriada, em 1592, por Elizabeth 1ª, anglicana e filha de Henrique 8º e Ana Bolena.

O "herdeiro" do local foi o nobre, pirata, dublê de historiador e ainda escritor sir Walter Raleigh.

Possivelmente o aventureiro Raleigh tenha sido um amor platônico dessa rainha que nunca se casou e nem teve filhos, mas esposou a causa do protestantismo e da construção do Império Britânico.

Depois de engravidar Bess, uma aia da rainha Elizabeth 1ª, Raleigh caiu em desgraça no reino, num tempo em que já morava no Old Castle e construía o Sherborne Castle.

Ambos os castelos podem ser visitados de 1º de abril a 31 de outubro, a partir das 10h.

Em ruínas desde 1646, o velho castelo foi atacado por Oliver Cromwell durante a Guerra Civil e resistiu a 16 dias até ser ocupado. Ainda exibe o fosso e parte de seus muros de pedra em meio a um imenso gramado. Na visita, tem-se a impressão de que algum cavaleiro de armadura está para aparecer.

Do outro lado de um lago, sir Walter Raleigh construiu o novo castelo, que acabou vendido em 1617 para a nobre família Digby, que ainda hoje mora numa de suas alas.

Um ano depois da venda, Raleigh perdeu, literalmente, a cabeça, mas não a pompa. Foi decapitado na Torre de Londres a mando do rei James 1º, sucessor de Elizabeth 1ª, que vivia assombrado pela possibilidade de ser derrubado em um complô.

Nobres relíquias

Concluído em 1594, o Sherborne Castle (www.sherbornecastle.com) exige umas três horas de visitação, pois é repleto de obras de arte e de vestígios históricos e paleontológicos, que infelizmente não podem ser fotografados.

Até cachimbos de Raleigh, cujas proezas incluem ter levado o fumo e as batatas da América do Norte para o Reino Unido, integram o acervo.

Quando ele foi acusado de traição por James 1º e teve ainda a cabeça pedida pelo embaixador da Espanha, sir John Digby adquiriu o castelo.

A família Digby modernizou o local nos anos 1630 e transformou o palácio numa morada aristocrática de acordo com o conforto dos novos tempos.

Reis como Guilherme de Orange, em 1688, e George 3º, em 1789, ali estiveram, e, intacto, o acervo do Sherborne Castle reúne curiosidades e muito do luxo de várias épocas.

É permitido fotografar nos jardins e no imenso gramado, chamado de Castle Yard, onde, à beira do lago, ocorrem eventos tradicionais da cidade. O entorno tem a mesma aparência desde, pelo menos, 1753.

Na Primeira Guerra Mundial (1914-1918), a propriedade foi usada pela Cruz Vermelha e é bom lembrar que, nos arredores de Sherborne, notadamente durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), quando o local serviu de quartel-general para o Dia D, quando os aliados invadiram a Normandia, cresceu a indústria de helicópteros e equipamentos militares, que vira e mexe podem ser vistos voando, em testes de performance, nos arredores.

Acervo curioso

Refletindo o gosto dos últimos quatro séculos, as salas e salões do Sherborne Castle exibem cerâmicas alemã, chinesa e japonesa, paredes revestidas de seda, móveis de várias épocas e procedências, além de armas, bússolas, mapas, pinturas de cenas rurais e retratos da família, na parte antiga, objetos que foram de Raleigh.

No onipresente brasão dos Digby, aparece sempre a enigmática menção ao avestruz.

Também é comum o castelo hospedar cerimônias de casamento.

Por Silvio Cioffi - Editor de Turismo da Folha
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