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DATA DA PUBLICAÇÃO 30/03/2017 | Setecidades
Casos de meningite em escola preocupam famílias
Casos de meningite em escola preocupam famílias Foto: Claudinei Plaza/DGABC
Foto: Claudinei Plaza/DGABC
Três casos confirmados de meningite com alunos da Emeief (Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental) Homero Thon, no bairro de mesmo nome, em Santo André, tem preocupado pais de crianças que estudam na unidade. A meningite, um processo inflamatório das meninges (membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal), pode ser letal.

Em geral, a transmissão é por meio das vias respiratórias, por gotículas e secreções da nasofaringe. A doença pode ser causada por diversos agentes infecciosos, como bactérias, vírus, parasitas e fungos, ou também por processos não infecciosos.

Ontem pela manhã, a diretora da escola, Solange Prioli, não quis detalhar a situação, alegando que a Prefeitura de Santo André havia sido notificada. Familiares reclamam da falta de informações e orientações por parte da escola.

“Hoje (ontem), aconteceu entrega de uniformes, e poderiam repassar algo para a gente. Nossos filhos estão correndo perigo”, disse uma mãe, que preferiu não se identificar. Outra, que a acompanhava e também não quis revelar o nome, não sabia sobre a doença. “Nem sei se vou mandar minha filha para a escola amanhã (hoje).”

A esteticista Evelyn de Salles Cardoso, 38 anos, teve ciência da situação na última semana. “Soube na terça-feira passada, quando um amiguinho da sala do meu filho foi parar o hospital e teve diagnóstico de meningite. A mãe da criança informou à escola, mas a diretora não comunicou ninguém. Fiquei sabendo porque conheço a mãe do menino”, critica.

A criança à qual ela se refere é Miguel Augusto, 5 anos, filho da assistente social Viviane Mondoni, 31. O garoto precisou ser isolado em ala do Hospital Santa Helena, de São Bernardo, onde ficou internado por uma semana – ele recebeu alta médica ontem. A criança foi tratada com quadro de meningite bacteriana, o tipo mais grave da doença.

Viviane recordou que o filho começou a se queixar de fortes dores na cabeça, um dos sintomas da meningite, além de febre alta, que começa abruptamente, vômito, náuseas, rigidez de nuca e manchas vermelhas na pele. “Fiquei muito assustada. Meu filho chegou ao hospital desfalecido, muito mal. Eu o vi morto”, recorda a mãe. “A diretora e as secretarias de Educação e de Saúde têm de se posicionar diante do problema. Não é possível esconder essas informações da população, muito pelo contrário, tem de orientar como devemos proceder em um caso desse”, completou. Miguel continuará o tratamento com antibiótico por mais sete dias, e deve voltar à escola no dia 3.

A Prefeitura confirmou os três casos da doença na Emeief, sendo que duas crianças contraíram a meningite viral e uma, a bacteriana. Os alunos têm entre 4 e 5 anos. Contudo, a administração pontuou que em nenhuma outra instituição de ensino da rede municipal foi registrada a doença, e que “até o momento, não foi caracterizado surto”.

Ainda segundo o Executivo, a escola comunicou os casos imediatamente à Secretaria de Educação, à Vigilância Sanitária, à Vigilância Epidemiológica e à Unidade de Saúde da Vila Humaitá. E concluiu que equipe técnica da Vigilância Epidemiológica irá hoje ao local para orientar a direção.

O Diário esteve na Emeief no período da manhã de ontem e, à tarde, comunicado sobre os casos foi fixado no caderno das crianças para conhecimento dos pais.

Infectologista descarta possível surto

O infectologista Hélio Vasconcellos Lopes, ouvido pelo Diário, acredita que os casos de meningite na Emeief Homero Thon não indicam surto. “As duas meningites virais sugerem que, provavelmente, uma das crianças teve contato com a outra e passou (a doença). A bacteriana pode pegar em qualquer lugar, não tem conceito de surto”, explica.

Períodos frios são mais propensos à incidência da doença. “As pessoas tendem a se aproximar mais e a probabilidade de transmissão, principalmente oral, é maior.”

Além de cuidados de higiene pessoal, o médico ressalta a importância de a escola orientar funcionários e pais a ficarem atentos para qualquer indício que possa levar à suspeita de meningite.

Nas demais cidades da região, apenas Mauá e Ribeirão Pires retornaram informações sobre casos de meningite: a primeira disse que, neste ano, foram registrados 11 casos , sendo dois deles em crianças em idade pré-escolar de instituições diferentes. Já a segunda informou três ocorrências, sem detalhar.

Por Vanessa de Oliveira - Diário do Grande ABC
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